quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

O que é uma "linha de produtos"?

Todos estes produtos são fabricados pela Bombril.
São produtos diferentes, mas de uma mesma linha:
a de limpeza.
A linha de produtos
de um fabricante
não inclui necessariamente
todos os seus produtos. 


Isto é algo que precisa ser aprendido pelos alunos já no ensino médio: muita gente pensa que o que se chama "linha de produtos" inclui todos os produtos de uma fábrica, mas esse pensamento não é correto. Talvez isto ocorra porque são frequentes as mensagens comerciais em que se diz "veja a nossa linha de produtos" - e é realmente mostrada uma linha de produtos. Porém, atualmente as empresas fabricantes estão diversificando suas produções. Muitas empresas famosas por fabricar refrigerantes, por exemplo, agora atuam também nos ramos de vestuário, automóveis, medicamentos, etc. Assem, cada empresa fabricante produz várias linhas de produtos.
Ao tratar sobre o tema numa redação, o autor do texto precisa saber que uma linha de produtos - ou linha de produção - é um conjunto de produtos diferentes mas com a mesma finalidade. O exemplo da foto mostra uma linha de produtos para limpeza. Outro exemplo seria um conjunto de peças para vestuário. Outro exemplo: sapatos, sandálias, chinelos, tamancos, botas, tênis, sapatênis, etc., compõem uma linda de calçados. 
Além disto, uma linha de produtos também se caracteriza por sua amplitude, sua profundidade e sua extensão. A amplitude se dá pelo fato dela integrar produtos que podem ser incluídos em outras linhas. Por exemplo, produtos de limpeza junto com produtos como cremes dentais formam também uma outra linha de produtos: a de higiene. A máquina de lavar roupas pode ser  incluída nas linhas de eletrodomésticos, de limpeza e de higiene.
A profundidade da linha é observada pela quantidade de diferentes produtos que a integram. A extensão - profissionalmente conhecida como "extensão de composto de produtos" - inclui todos os itens da produção, especificando o que a empresa oferece ao mercado consumidor. Isto quer dizer que quanto mais extensa for a linha de produtos, mais adequado será o ajuste da empresa às necessidades dos consumidores. Desta forma, o sucesso da participação no mercado cresce porque a linha cada vez mais diversificada facilita a qualificação de cada produto, aproximando-o cada vez mais do que seria o ideal (aquele produto procurado pelos consumidores mais exigentes). 
A extensão também ajuda a diminuir dúvidas. Através dela, os benefícios que a empresa recebe graças aos produtos que alcançam bom desempenho compensam os problemas causados pelos que não obtiveram a performance ideal. Entretanto, os produtos mal sucedidos devem ser retirados da linha; caso contrário, poderá ocorrer uma redução na rentabilidade das versões bem sucedidas.
Acredito que esses dados sejam suficientes para vocês terem uma ideia de como se preparar para fazer uma redação sobre linhas de produtos. Entretanto, aprender mais nunca é demais. Pesquisem mais a respeito. Embora talvez nenhum de vocês pretende se tornar um empresário fabricante ou um executivo empresarial, todos vocês serão sempre consumidores de todos esses tipos de produtos. É sempre muito importante que os consumidores aprendam cada vez mais sobre o que consomem ou algum dia terão que consumir.


terça-feira, 23 de janeiro de 2018

O que é um "coaching"?

Bom relacionamento:
se um faz a linha, o outro fornece o carretel. 
Além de ser
desnecessária,
a palavra é usada
de forma errada.


Gosto da língua inglesa, entendo-a, mas na minha opinião não a razão para usar palavras de outros idiomas num texto em português se existem palavras ou expressões em português com o mesmo significado. No caso de "coaching", palavra que vem sendo muito usada quando o assunto e relacionado a atividades empresariais, além de não ser necessária, a palavra é usada de forma equivocada.
No entanto, como se trata de uma palavra já bem aceita no âmbito empresarial, se alguém preferir usá-la em suas redações, sinta-se à vontade para isto. A palavra é usada para significar "treinador", mas isto começou quando ela foi usada pela primeira vez como uma metáfora, lembrando os "cocheiros", aqueles homens que conduziam as diligências do Velho Oeste, nos Estados Unidos, no século XIX. Uma metáfora como referência à pessoa que conduz, o orientador, o norteador... enfim, o treinador. Entretanto, a palavra correta para este significado em inglês, mesmo como metáfora, é "coach". "Coaching" significa "conduzindo", a forma do verbo "conduzir" no gerúndio. "Coach" é que significa "condutor", a pessoa que tem a função de conduzir.
Se você pretende usar a palvra "coaching" (que, embora usada de forma errada, já é muito aceita) ou "coach" numa redação, é importante saber com um pouco mais de profundidade os significados a elas atribuídos no mundo dos negócios. O "coaching" é uma atividade (não a pessoa que a exerce) cujo objetivo é ajudar outras pessoas a mudar ou abandonar hábitos adquiridos para melhorar seus desempenhos funcionais, tornando-as profissionais melhores. O "coach" tem a função de apoiar os profissionais em período de qualificação em todos os níveis desse processo. 
É o "coach" quem tem que ajudar o apoio que faz um bom profissional se tornar um excelente profissional. Cabe a ele ajudar o profissional a obter a definir e obter as metas necessárias. Cabe a ele fazer o profissional não precisa se destacar mais do que seus colegas de trabalho, mas tanto quanto eles. O sucesso tem que ser alcançado pela equipe de trabalho, não apenas por cada membro dela. Por todas essas razões e pelo fato de existir a tradução correta em língua portuguesa, eu prefiro não dizer "coach" ou "coaching". Prefiro dizer "treinador de pessoal". 

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

A Origem e os Significados do Verbo "Orientar"

Estes exemplos ilustram
os significados de "orientação" e "norteamento".
"Orientação"
é uma palavra 

com vários significados
inter-relacionados.


Numa postagem no Linkedin, uma pessoa discordou da forma como a palavra "orientação" foi usada. Ela disse que, na verdade, o verbo "orientar" significa "mostrar a direção do oriente", e que isto nada tem a ver com os atos de instruir ou treinar pessoas.  Esta pessoa precisa entender que, em vários idiomas, muitas são as palavras que surgem com um determinado significado e, com o passar do tempo, ganha outros, alguns destes podendo ser até mesmo o contrário do significado original. 
Os estudantes estão acostumados a ouvir falar em "orientação profissional", "orientação social", "orientação sexual", "orientação religiosa", etc. Isto acontece porque a palavra "orientação" realmente significava, originalmente, "em direção ao oriente (ou "leste"). Entretanto, com o tempo, passou a significar a determinação de todas as direções a partir do local em que a pessoa se encontra. Mais tarde, inicialmente como uma metáfora  mas, depois, definitivamente considerada como com sentidos corretos, "orientação" também passou a ser associada a "educação", "treinamento", "demonstração" e tudo que seja referente a ensinamentos. 
Algo semelhante ocorreu com a palavra "norteamento". Inicialmente esta palavra significava "em direção ao norte". Atualmente, tem o mesmo sentido de "educação", "conscientização", etc. Ou seja: tem os mesmos significados de "orientação". Observem um detalhe: o norte e o leste, que é como também se chama o oriente, são duas direções diferentes. Entretanto, atualmente os verbos "nortear" e "orientar" são sinônimos, assim como "norteamento" e "orientação". 

O Significado de "Politicamente Correto"

Exemplos de coisas politicamente incorretas,
mas muito citadas como "politicamente corretas".
Uma expressão
muito usada,
mas nem sempre
corretamente.

Assim como tem ocorrido com palavras e expressões como "empreendedorismo", que é uma palavra incorreta (*); "planejamento estratégico", que é uma redundância (**), ou com essa mistura de futuro com gerúndio lamentavelmente praticada nos noticiários e em textos jornalísticos ("estará realizando" em vez de "realizará", por exemplo), a expressão "politicamente correto" tem se tornado mais um modismo linguístico. Neste caso, a expressão é pronunciada e escrita corretamente, mas tem sido muito usada por pessoas que querem dizer o contrário de seu significado correto. Há também outro pensamento equivocado: o de que "politicamente correto" é uma expressão que significa um conjunto de ideias impostas a pessoas, obrigando-as a renunciar a seus próprios critérios.
"Política" é o conjunto de tudo que se refere à organização, à direção e à administração de uma nação ou de um Estado. "Estado", neste caso, não é uma unidade federativa como o Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, etc. Estado (palavra iniciada sempre por "E") é o sistema de governo, seja federal, estadual ou municipal. Cada unidade federativa é um estado (palavra iniciada sempre por "e"). Também é "política" tudo que seja relacionado a direitos e deveres dos cidadãos e das cidadãs. Portanto, o "politicamente correto" é tudo que é feito honestamente, tudo que é dito sinceramente mas, acima de tudo, de forma respeitosa, sem ofensas, sem atitudes, palavras e expressões grosseiras e agressivas. 
Isto acontece desde o momento em que, há alguns anos, alguém a usou de forma irônica. Tal como a irônica expressão popular "é brincadeira", que usamos frequentemente para algo que consideramos um erro grave cometido por alguém. Em razão disto, a expressão "politicamente correto" vem sendo usada por estudantes, profissionais de diversas áreas (inclusive diplomados em nível superior) e até mesmo por pré-candidatos e militantes de partidos políticos que se preparam para concorrer nas próximas eleições para expressar o que, na verdade, é politicamente incorreto.
Isto também ocorre muito em postagens que muitas pessoas fazem nas redes sociais online. É preciso que as pessoas estejam atentas para a gravidade disso. À primeira vista, parece não ser nada demais, mas o uso incorreto tem se alastrado de tal forma que é possível perceber claramente que, numa prova em concurso público ou num vestibular, havendo questões de interpretação de textos com as expressões "politicamente correto" e/ou "politicamente incorreto", os resultados seriam desastrosos em todo o país. O mesmo ocorreria com relação a questões relacionadas à política, pelos mesmos motivos referentes ao caso dos candidatos às eleições. 
Uma pessoa que demonstra não conhecer os significados certos de "politicamente correto" e "politicamente incorreto" também demonstra não conhecer conceitos fundamentais de política. Demonstra ignorar, por exemplo, que a política é algo que na verdade todos nós praticamos constantemente. A política é o conjunto de todas as atividades relacionadas à organização, direção e administração de municípios, estados, províncias, países e nações, mas inclui também todas as atividades dos cidadãos relacionadas ao exercício da cidadania (o voto, o uso e a exigência de direitos, etc.). 
Quanto a "países e nações" (a forma como me expressei neste texto), expresso-me desta forma porque "país" e "nação" não são a mesma coisa. "Nação" é um grupo de pessoas pertencentes a uma mesma etnia ou de descendência mista (de várias etnias), que falam o mesmo idioma, mantêm os mesmos costumes e as mesmas tradições, formando o que chamamos de "povo". Uma nação é toda a população do país, mas também pode ser a população de uma cidade ou de um estado. Ou seja: algumas nações são partes de uma nação mais abrangente. Uma tribo indígena é também uma nação. Um país é uma região geográfica como o Brasil, associado a um Estado (***) que é o conjunto de instituições que formam o âmbito do governo federal. No Brasil essas instituições são as Forças Armadas (Exército, Marinha e Força Aérea). Países como o Brasil e os Estados Unidos são formados por divisões geográficas e políticas chamadas "Unidades da Federação" ou "estados", mas há países cujas unidades são chamadas "províncias", como no caso da Inglaterra, ou "departamentos", como na Argentina. Podemos resumir tudo isto dizendo que um país é uma área territorial na qual vive uma população governada por meio de uma constituição escrita, tal como a nossa Constituição da República Federativa do Brasil - ou "Constituição Federal". 
A expressão "politicamente correto" se refere ao uso de uma linguagem e/ou à realização de atitudes com a tentativa de evitar que estas possam ser interpretadas como ofensivas. É uma forma de se tentar evitar interpretações que possam considerar textos e atitudes como evidências racistas ou de qualquer tipo de preconceito. O "politicamente incorreto" expressa e demonstra ofensas e preconceitos de todo tipo, sem se preocupar com as pessoas que se sentirão ofendidas. 
Isto significa que o "politicamente correto" diz ou escreve o quer, mas tentando fazê-lo de forma respeitosa, cordial, mesmo sendo informal. O "politicamente incorreto" demonstra ser egocentrista e egoísta, faz o que quer sem se preocupar se com suas formas de se expressar ofenderá outras pessoas, agindo como quem acha que o mundo tem que girar ao seu redor, usando palavrões e desrespeitando regras. Não quer ser subordinado a regras, mas contraditoriamente tenta impor as dele. Ou seja: diz que não aceita imposições mas quer que todos aceitem o que ele tenta impor. 
Falsamente ou por desconhecimento de seu significado real, a expressão "politicamente incorreto" é indevidamente usada por muitas pessoas que demonstram posturas discriminatórias e expõem propositalmente ideias polêmicas que possam interpretadas como "imorais" - e na maioria dos casos são mesmo. Mas o problema maior é que muitas pessoas, ao usarem as expressões com significados contrários, dizem uma coisa quando querem dizer outra, e podem ser prejudicadas por isto. Quanto às pessoas que usam linguagens e praticam atitudes de fato politicamente incorretas sabendo disto, estas são as piores inimigas de si mesmas, pois elas mesmas já se prejudicam. 

(*) Incorreta porque um empreendedor pratica empreendimentos. Assim como quem pratica iatismo é "iatista" e quem pratica automobilismo é "automobilista", seguindo corretamente o que determinam as regras gramaticais, concluímos que se o nome dado à atividade fosse "empreendedorismo", seu praticante seria um "empreendedorista", não um empreendedor. 
(**) Todo planejamento é uma estratégia; portanto, não existe planejamento que não seja estratégico. 
(***) "Estado" (com "E" e não com "e") é tudo que se refere ao governo de um estado (ou uma província) e de um país, e "estado" (com "e", e não com "E") é uma unidade da federação (UF), como o Espírito Santo, o Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, etc. (no Brasil).

sábado, 20 de janeiro de 2018

Atos Jurídicos, Negociações Coletivas e Convenções Coletivas de Trabalho


Convenções coletivas
não são
atos jurídicos.

Frequentemente, nas redações jornalísticas e de profissionais de diversas categorias, quando o assunto é relativo às negociações entre sindicatos e a Justiça do Trabalho, a expressão "ato jurídico" é usada quando na verdade se trata de uma convenção coletiva de trabalho. Isto é um erro que precisa ser evitado, pois desta forma o autor da redação demonstra que desconhece o assunto sobre o qual ele escreve.  
"Ato jurídico" é um ato que causa o surgimento, a modificação ou a extinção de relações e direitos das partes envolvidas nas negociações. A convenção coletiva de trabalho determina obrigações e direitos para ambas as partes, e tanto as obrigações como os direitos estabelecidos nela devem ser respeitados durante  um determinado prazo de vigência. Deve-se ressaltar que suas cláusulas não podem ser contraditórias em relação às legislações municipais, estaduais e federais, embora elas às vezes criem para os empregados condições mais favoráveis do que as leis. 
Também percebe-se em muitas redações a convenção coletiva sendo tratada como "negociação coletiva". A convenção coletiva de trabalho é um resultado da negociação coletiva de trabalho. Essa negociação é realizada através de comissões escolhidas entre as partes envolvidas em assembleias com poder de negociação em nome das categorias por elas representadas. O primeiro passo é dado geralmente pelos sindicatos que representam as categorias profissionais dos funcionários, quando essas entidades enviam a lista de reivindicações ao sindicato que representa os empresários. Tudo que se refere à relação de trabalho pode e deve ser inserido na CCT (Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática), no Senado, dentro dos limites permitidos pelas leis. 

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Como Fazer uma Boa Redação Promocional

Uma boa redação promocional 
só é possível 
com trabalho em equipe.


A redação promocional é um tipo de redação que não visa apenas informar sobre a existência de um determinado produto ou serviço no mercado, mas promover esse produto ou serviço. "Promover" significa destacar as vantagens do que está sendo oferecido, não com o intuito de fazer com que todos os consumidores o adquiram, mas de fazer um determinado tipo de consumidor entender por que o produto ou serviço é importante para ele. 
Público-alvo é um público específico que faz parte do que os especialistas em marketing chamam de "segmento de mercado". Trata-se de um grupo de consumidores identificado dentro do mercado, integrado por pessoas que aparentemente têm as mesmas necessidades ou pretensões de aquisição de um determinado tipo de produto ou de serviço. Quando se faz uma redação publicitária com o objetivo de promover o que está sendo oferecido - ou seja, de destacar as vantagens oferecidas pelo produto ou serviço anunciado - é preciso observar que a mensagem é destinada a pessoas com uma mesma finalidade, mas que são pessoas diferentes, de personalidades diferentes, gostos diferentes, opiniões diferentes, etc. Por isto o texto final, geralmente produzido pelo redator publicitário, é feito em regime de parceria com um diretor de arte, que é o profissional que administra a parte artística (por exemplo, uma lustração), que acrescenta funções ao texto. 
Entretanto, é possível redigir um texto promocional sem a participação do diretor de arte quando não se pode contar com ele. Neste caso, destaca-se a necessidade ainda maior da criatividade na mensagem escrita. Antes da redação ser iniciada, é necessário um estudo profundo sobre segmentação de mercado e as características de cada segmento. A partir dos resultados desses estudos (que obviamente tem que ser feito por uma equipe de profissionais), os envolvidos no trabalho precisam elaborar um processo adequado de escolha de um ou mais segmentos e definir a política de marketing para cada segmento escolhido. 
Não é um trabalho simples, pois envolve critérios demográficos, geográficos, econômicos, de personalidade, de estilo de vida de cada consumidor, de comportamento de cada consumidor, de atitudes psicológicas dos consumidores em relação ao produto ou serviço, etc. Além de tudo isto, é preciso lembrar: também há profissionais trabalhando arduamente para promover produtos e serviços concorrentes. 
Uma boa redação promocional precisa ser baseada, portanto, em critérios geográficos, psicográficos, demográficos, comportamentais, políticos, etc. Uma vez escolhido o segmento de mercado, para demonstrar numa redação o quanto o produto ou serviço é vantajoso para aquelas pessoas, é preciso fazer antes um levantamento que revele até que ponto esse segmento escolhido é vantajoso para a promoção do produto ou serviço. A dimensão do segmento, literalmente em todos os sentidos, tem que estar de acordo com a dimensão da empresa que oferece o produto ou serviço e, neste caso, o contrário também é necessário. No mundo de hoje, como o processo de globalização econômica num avanço cada vez mais acelerado, somente através de todo esse trabalho realizado por uma equipe de excelentes profissionais o retador terá capacidade de reunir dados capazes de produzir uma boa redação promocional.

"Ar Condicionado" ou "Condicionador de Ar"?

O aparelho não é um "ar condicionado",
é um condicionador de ar.
Pode-se ligar
o condicionador de ar,

não o "ar condicionado".


É grande o número de pessoas que, em determinados ambientes, pedem que alguém ligue ou desligue o "ar condicionado". Muita gente diz "eu comprei um ar condicionado". Este é um erro corriqueiro até nos anúncios comerciais para vender os aparelhos.
"Ar condicionado" é - como a expressão já indica - o ar submetido a um condicionamento dentro de um ambiente (uma sala, um quarto, etc.). Esse condicionamento é um processo de remoção de ar quente, substituindo por um ar com uma temperatura mais baixa ou mais confortável. Ou seja: é um processo de resfriamento do ar no ambiente.
O nome correto do aparelho que funciona para que esse condicionamento do ar ocorra é "condicionador de ar". Algumas vezes ele é chamado "aparelho de ar condicionado", o que também não é correto, pois o aparelho não é feito de ar. Neste caso, a forma correta é "aparelho para condicionamento de ar". 

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

O Neuromarketing nas Redações Publicitárias

Na redação 
publicitária,
há coisas 
que podem contradizer
princípios éticos
sem o próprio autor perceber.

O neuromarketing é uma atividade que une a ciência do marketing à ciência neurológica para que seja analisada cientificamente a essência do comportamento dos consumidores de produtos e serviços. Frequentemente confundido com "propaganda" ou "publicidade", "marketing" é um estudo de tudo que se refere a mercado (produção, compra, venda, preços, consumo, emprego, desemprego, etc.). "Produto" é qualquer coisa que resulta de um trabalho realizado, mas em marketing é algo produzido e colocado para satisfazer desejos e necessidades de consumidores através de um sistema de comercialização que começa na produção e termina no consumo. Como a palavra indica, "produto" é tudo que resulta de uma produção. Embora os serviços também sejam resultantes de produções, há a expressão "produtos e serviços", que considera como "produto" algo palpável e usável por longos períodos (brinquedos, roupas, carros, eletrodomésticos, alimentos, medicamentos, etc.) e como "serviço" uma atividade que "serve" para atender às nossas necessidades (fornecimento de energia elétrica, transporte urbano, telefonia, tratamento de saúde, etc.). Em economia, são chamadas "serviços" todas as atividades das quais os consumidores obtêm benefícios mas não se tornam donos de um bem material. Esses detalhes fizeram surgir uma forma de comunicação entre produtores, revendedores e consumidores com o objetivo de obter resultados mais assertivos, de modo a satisfazer as necessidades de todos os setores envolvidos em todo o processo. 
Na verdade isto envolve elementos de várias ciências, como a ciência da comunicação, o marketing, a biologia, a psicologia e a neurociência. Tudo isto porque, para divulgar e promover um produto ou serviço no mercado, é preciso entender as razões dos comportamentos dos consumidores. São certas coisas que acontecem nos nossos cérebros que nos fazem reagir em relação a estímulos externos. Sabendo disto, os profissionais de marketing, propaganda e publicidade têm que recorrer a esse fato para expor no mercado o que realmente queremos ou necessitamos. Para isto, eles contam com pesquisas feitas por cientistas das áreas aqui já citadas. 
É aí que entra a necessidade do extremo cuidado ao se produzir uma redação publicitária. Sem esses cuidados, o texto pode ser antiético mesmo que esta não seja a intenção do redator. O neuromarketing o ajuda a entender melhor como funciona o sistema nervoso humano. Com isto os profissionais de marketing buscam entender melhor os desejos, impulsos e motivações das pessoas, causados como reações a determinados estímulos externos. As descobertas reveladas pelo neuromarketing podem ser usadas em qualquer tipo de publicidade: comerciais na televisão, outdoors, publicidade pela internet, em revistas, jornais, etc., e servem tanto para convencer as pessoas a comprarem determinados produtos como para adquirirem serviços ou votar neste ou naquele candidato político.
Segundo os neurologistas, a maioria dessas decisões é tomada subconscientemente, embora a pessoa sempre pense que sua decisão foi consciente. Portanto, o objetivo do neuromarketing é impactar o inconsciente do consumidor com memórias, emoções e experiências positivas. Isto fará com que ele se lembre, de maneira bem mais fácil, de um produto, um serviço, uma marca e, no caso de uma eleição, do candidato. Entretanto, nas áreas de marketing, publicidade e propaganda, tais conhecimentos ajudam a destacar as necessidades e desejos dos consumidores. A partir disto, uma redação publicitária pode ser feita com base no que o consumidor espera do produto ou serviço ao invés de tentar convencê-lo a adquirir algo que ele não necessita ou não deseja.
A metodologia é essencialmente científica. Os pesquisadores utilizam o sistema IRMF (Imagem por Ressonância Magnética Funcional) para medir a quantidade de sangue oxigenado no cérebro. Isto serve para identificar as variações das atividades da pessoa. Quanto mais uma determinada região do cérebro estiver trabalhando, maior será o consumo de oxigênio e glicose e o fluxo de sangue oxigenado para aquela região. É o que acontece quando você está assistindo a um comercial (ou qualquer outra coisa) pela televisão, ouvindo um discurso ou prestando atenção em qualquer outra coisa. Aí é que vem a questão: como ficam os princípios éticos?
Recorrendo aos ensinamentos de neurologia aos quais qualquer pessoa tem acesso fácil, considerei alguns fatores importantes referentes às atividades de algumas áreas do cérebro, abaixo relacionados.
  • O córtex pré-frontal é a área das decisões racionais, das ideias e dos planejamentos. É a área que faz você decidir comprar algo que poderá ser útil para você, para sua profissão, para sua família, etc.
  • A região chamada "corpo estriado" é responsável por instintos, desejos de recompensas e de coisas como sexo, drogas, etc. É a parte que lhe diz "preciso disto", mesmo quando você não precisa. 
  • O lobo (pronuncia-se "lóbo") temporal armazena a memória e grava o que foi captado pela audição. O lobo occipital memoriza o que é captado pela visão e registra a percepção de movimentos. Juntos, eles decodificam imagens rápidas ou lentas ou mesmo fixas (comerciais da TV, outdoors, etc.). Se você está perto de um outdoor, você a imagem fixa. Se você está num carro e passa por ele, você o vê como se ele se movimentasse passando por você. Portanto, a mensagem contida nele funciona das duas formas. 
Essas são as interpretações que os pesquisadores obtêm sobre as atividades das pessoas. Daí, surgem as revistas com capas cada vez mais "chamativas", que são as que mais alcançam vendas. Isto explica também o fenômeno de vendas altíssimas de camisetas com estampas mostrando pessoas famosas, heróis do cinema e da TV, etc. Você já notou como crescem as vendas de cadernos e outros materiais escolares que trazem nas capas e nas embalagens fotos de atividades esportivas quando se aproxima a época das Olimpíadas? Elas não crescem apenas por causa das Olimpíadas.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

O que é "Inovação Social"?

Será que
alunos do ensino médio
estão sendo
devidamente preparados
para abordar esse tema?

Talvez eu esteja enganado, mas acredito que, no Brasil, são poucos os professores que ensinam a seus alunos o que é "inovação social". Também acho que, mesmo entre os poucos que ensinam isto, são raros os que ensinam o conceito mais adequado para tal expressão, inclusive porque é uma expressão que pode abranger vários conceitos, embora todos estejam interligados. Há professores de Língua Portuguesa que ensinam que "inovar" é criar algo novo. Tal significado para este verbo não é correto. "Inovar" é trazer inovação. Ou seja, é tentar realizar o que já foi tentando, porém de uma nova maneira. "Inovar" é também produzir o que já foi produzido, mas acrescentando melhorias. 
Houve inovação, por exemplo, quando já existia a transmissão de televisão em preto e branco e alguém teve a ideia que transformou em realidade a transmissão em cores. Houve inovação quando, depois que já existia a telefonia, surgiu a telefonia móvel e, nesta área, vieram novas inovações que transformaram o telefone celular num "computador de bolso" através do qual se pode inclusive acessar a Internet. Existem inúmeros exemplos de inovação nos avanços da tecnologia, nas coisas que acontecem no dia-a-dia num ambiente de trabalho, nos afazeres domésticos, etc. Toda vez que você procura fazer algo de um jeito melhor do que já faz, isto é inovação.
Todos os temas propostos para redação no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), desde sua primeira edição, sempre foram de cunho social. Dizem que as redações no Enem têm que ser "dissertativas e argumentativas" (o que é uma redundância, pois é impossível dissertar uma questão social sem argumentá-la), os estudantes precisarão propor nos textos ideias inovadoras para solucionar problemas sociais. Como todos sabemos, o ensino no Brasil ainda é de péssima qualidade, o que nos faz duvidar que os alunos tenham essa capacidade. Cabe-nos, portanto, ajudá-los tanto quanto pudermos. Aos professores, cabe a obrigação de ensinar da forma mais correta possível.
Já está explicado acima, embora em termos simplistas, o que é uma inovação. A partir disto, tracemos uma linha de raciocínio para conceituar "inovação social". O termo pode ser usado para se referir a processos que incluam métodos e técnicas que permitam modificar, e não eliminar totalmente, sistemas sociais já existentes, adaptando-os para as necessidades exigidas pela era atual. Queiramos ou não, o mundo muda constantemente e, com isto, praticamente tudo em nossas vidas tem que ser mudado, principalmente velhos hábitos e conceitos. 
Eis aí a razão pela qual podemos resumir o conceito de "inovação social" como a realização de novas estratégias, a criação de novos conceitos e o estabelecimento de novas organizações para atender às novas exigências de novas realidades sociais de todos os tipos. Isto inclui inovações no ambiente de trabalho por iniciativa da empresa mas também ao mesmo tempo do próprio funcionário, no sistema de ensino (do fundamental ao superior), no desenvolvimento de comunidades e em tudo que diz respeito ao que se chama "sociedade civil", que é o conjunto de todas as organizações sociais e seus mecanismos de existência e sobrevivência. 
Além disto, fala-se muito em "inovação social no primeiro, no segundo e no terceiro setores. Com esse nível de qualidade no sistema de ensino brasileiro, será que são muitos os professores que ensinam aos seus alunos o que são esses setores? Acredito, mesmo, que muitos dos próprios professores nem saibam o que são esses setores. Seriam necessários artigos mais longos do que estes para conceituar detalhadamente cada um deles, mas de um modo genérico pode-se dizer o seguinte:
  1. O Primeiro Setor é o setor público. É aquele que é formado pelos órgãos públicos, que são geridos pelos governos municipais, estaduais e federais. Isto inclui serviços oferecidos pelos governos nas áreas de saúde, educação e diversos tipos de prestação de serviços aos quais todos os cidadãos têm direito.
  2. O Segundo Setor é mais conhecido como "setor produtivo", "iniciativa privada" ou simplesmente "mercado". Tal como o Primeiro Setor, tem uma função sociológica, pois exige estudos do comportamento humano em função do meio e dos processos que relacionam cada pessoa a associações, grupos e instituições (famílias, clubes, igrejas, colegas de trabalho, etc.).
  3. O Terceiro Setor inclui todas as atividades da iniciativa privada que sejam de utilidade pública e originadas da sociedade civil. Nessa área os estudos sociológicos busca definir as organizações sem vínculos com as características dos outros dois setores. É formado por entidades com finalidades públicas (atendimento às necessidades do público em geral) e sem finalidades lucrativas. Em termos mais simples, tais entidades são mais conhecidas como Organizações Não-Governamentais (ONGs). 
Se você é aluno do ensino médio ou do superior, creio que as informações acima possam lhe ajudar a fazer boas redações a respeito. Entretanto, não se contente apenas com elas. Pesquise tudo que puder a respeito para aprender mais, e exija que seus professores lhe ensinem mais sobre isto. É seu direito e sua obrigação aprender tudo isto, e lhe ajudar a aprender é obrigação dos professores - mesmo que eles não estejam satisfeitos com os salários e as condições de trabalho (os responsáveis por isto são os governantes, não os alunos).

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

As Diferenças e Relações entre Teses e Dissertações nas Redações

As redações acadêmicas têm 200 ou mais páginas.
Às vezes,
a tese é confundida
com a hipótese.


Em linguagem coloquial, a palavra "tese" é usada com o significado de "hipótese".  Isto ocorre, por exemplo, quando dizemos que "em tese, todos nós somos iguais perante as leis". Entretanto, se tomarmos por exemplo qualquer experiência científica, aprendemos que ela consiste basicamente em três etapas, nesta sequência: a hipótese, a tese e a demonstração. Isto nos faz concluir que a hipótese e a tese são coisas que, unidas, facilitam a comprovação, mas são coisas diferentes. 
De fato, uma hipótese de uma suposição ou uma especulação que pode ser comprovada ou descartada na evolução da experiência. A hipótese é usada numa redação sempre que o autor inicia sua argumentação. A hipótese é o principal fator que ajuda a fazer com que a teoria possa ser comprovada através da prática. Ela não trás afirmações definitivas, mas é o primeiro passo para isto. É ela que inicialmente trás um conjunto de condições (numa redação, as ideias) para possibilitar uma demonstração. "Demonstração", neste caso, não é a comprovação que se faz através de uma realização prática. Numa redação, a demonstração é o argumento dedutivo, considerado válido, bem fundamentado. Por isto, tal como na experiência científica, numa redação as etapas hipótese, tese e demonstração, nesta sequência, também devem ser bem consideradas.
A tese vem da palavra grega "tesis", que significa "posição". Na redação, essa "posição" é na verdade uma espécie de proposta. É por isto que no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), por exemplo, exige-se que, na redação, o aluno exponha seus argumentos e também proponha soluções viáveis para os problemas relacionados ao tema abordado. Já que o texto tem que ser dissertativo, ele terá que ser bem informado sobre o tema proposto, e terá que comprovar suas informações com base em fatos que fundamentarão seus argumentos na dissertação. Ao dissertar, ele apresenta e discute seus próprios argumentos. No caso de uma tese em redação acadêmica, o texto precisa conter cerca de 200 páginas. Veja a razão disto lendo aqui. A dissertação acadêmica também tem suas peculiaridades. Veja-as aqui.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Faça Redações Modernas Mantendo o Bom Nível de Formalidade.

Faça sua redação com recursos modernos,
mas mantenha os padrões de formalidade necessários.
É possível
e necessário
modernizar o texto
mantendo a linguagem formal.

No jornalismo, costuma-se dizer que "redação" é a forma pela qual o redator constrói a notícia num texto baseado nos fatos apurados pelo repórter. Em muitos casos o redator é o próprio repórter. A redação jornalística tem como base principal a informação mais relevante. O mesmo ocorre quando se faz uma redação no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), num vestibular, num concurso público ou em qualquer outra ocasião. Isto significa que o primeiro parágrafo deve conter informações com o objetivo de preparar o leitor para o que ele lerá, ou seja, para melhor entender o tema que está sendo tratado. Isto se chama "lide" - "aportuguesamento" da palavra "lead", palavra inglesa que significa "o que vem pela frente", e da qual se originou a palavra "líder", no nosso idioma.
Nas áreas de publicidade e propaganda  - que são duas coisas diferentes - o foco da redação tem que ser a elaboração criativa de mensagens sobre produtos, serviços, marcas e pessoas (no caso de propaganda política ou de atividades profissionais, por exemplo). Como o nome já indica, "publicidade" é uma atividade que tem por função tornar algo de conhecimento público (um produto, uma marca, uma empresa, uma pessoa, etc.). "Propaganda" é o ato de propagar algo. "Propagar" tem vários significados: "espalhar", "divulgar", "publicar", etc., mas com o intuito de promover o que está sendo publicado ou divulgado. Em termos mais simples: a publicidade de um produto informa ao público que o produto existe no mercado e a propaganda do mesmo busca convencer o consumidor sobre as vantagens que o produto tem para ele. Numa redação de publicidade e propaganda, unem-se as duas coisas.
Como se pode observar, as regras para a redação não mudam muito. O tipo de texto é que tem que ser bem elaborado para cada finalidade. Mesmo com as exigências do mundo atual, em que há a necessidade do imediatismo das mensagens via e-mail, WhatsApp, Messenger, etc., nos casos mais específicos - relações de trabalho, etc. - os padrões de redação precisam permanecer sendo aqueles de sempre. Os tipo de textos podem e devem ser modificados, usando-se termos mais modernos, mas sem perder o bom nível de formalidade. 
Enviar uma mensagem com finalidade de trocas de informações relacionadas a atividades de trabalho e profissionais em geral, para solicitar informações a uma empresa, um órgão público, etc., não é o mesmo que enviar uma mensagem qualquer para amigos ou familiares. Há a necessidade da preservação do bom senso. Ao fazer uma redação, o autor deve lembrar que um de seus objetivos é enviar informações através de um texto. Portanto, ocorre aí uma função referencial: a função informativa. Ela é a essência da comunicação. Por outro lado, as informações não são as únicas razões da redação. Elas são apenas as bases para a razão principal: a finalidade do envio da mensagem. Isto torna o cuidado com a linguagem usada extremamente necessário. 

sábado, 13 de janeiro de 2018

A Diferença entre "Departamento de Recursos Humanos" e "Departamento de Pessoal"

Primeiramente, lembre-se:
a forma gramaticalmente correta

é "departamento de pessoal".

Em muitas redações empresariais, é usada a expressão "departamento pessoal". A expressão correta é "departamento de pessoal". Quando se diz que uma coisa é pessoal, isto significa que se trata de uma coisa individual, íntima, privacidade de uma pessoa. Porém, quando a palavra "pessoal" tem o significado de um conjunto ou grupo de pessoas, o que se refere a elas é para as pessoas, das pessoas ou de pessoas. Ou seja, é "para o pessoal", "do pessoal" ou "de pessoal". Portanto, um departamento ou setor que trata dos interesses dos funcionários de uma organização é um departamento ou setor "do pessoal" ou "de pessoal".
De qualquer forma, essa é uma expressão que aos poucos vem caindo em desuso. Gradativamente a palavra vem sendo substituída por recursos humanos. Isto tem um sentido significativo. "Pessoal", como já está dito acima, é simplesmente qualquer grupo de pessoas, mas "recurso humano"demonstra com clareza muito maior que essas pessoas são seres humanos e são os principais recursos com os quais a empresa ou qualquer tipo de organização pode contar para continuar existindo. É importante lembrar que "funcionário" não é apenas uma pessoa empregada. A palavra já nos diz algo bem mais abrangente: os funcionários fazem tudo na organização funcionar. No entanto, não seria conveniente chamar o setor de recursos humanos de "departamento de funcionários", já que todos os departamentos, embora tenham outros nomes segundo suas funções, são constituídos por funcionários e também tratam dos interesses específicos dos trabalhadores do setor.
Ao fazer sua redação aplicando a expressão "recursos humanos", lembre-se de que a gestão de recursos humanos (RH), também chamada "administração de recursos humanos", gestão ou administração de pessoas, é a aplicação de técnicas para administrar as relações entre os funcionários e a própria empresa ou seja qual for o tipo de organização (órgão público ou qualquer outro). Isto significa que, seja qual for o motivo da redação, a principal mensagem contida no texto deve ser sempre dirigida com o foco sobre os objetivos da organização com argumentos que demonstrem que esses objetivos têm que ser assumidos por todos os funcionários como se fossem também os deles, individual e coletivamente.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Assédio Sexual Pode ser Tema para Redação este Ano

Há casos de assédio sexual
praticado por mulheres também.
O tema 
tem sido muito debatido
recentemente.


Tem crescido no mundo, principalmente pelas redes sociais online, um movimento contra um tipo de crime conhecido como "assédio sexual". Isto fortalece sua possibilidade de se tornar um tema proposto para redações em provas este ano. Quem estiver se preparando para o próximo Exame Nacional de Ensino Médio e os próximos vestibulares deve estar atento a esses fatos.
"Assédio" é uma operação militar realizada durante uma guerra. Ocorre quando soldados se posicionam em torno de um território onde estão seus inimigos ou uma vila ou qualquer local que pretendem invadir e subjugar. Com base nisto, "assédio" também se tornou o ato de uma pessoa subjugar ou constranger outra por meio de um domínio excessivo. Vem daí a expressão "assédio sexual", que é a forma de obrigar alguém a atender a um apelo de cunho sexual. Este tipo de crime tem ocorrido principalmente em ambientes de trabalho, com consequências prejudiciais à pessoa assediada mesmo se ela se recusar.
O maior número de denúncias tem sido feito por mulheres na condição de vítimas contra homens acusados de serem os criminosos. Porém, há também casos de mulheres que assediam homens sexualmente. O golpe começa geralmente por meio de palavras aparentemente apenas carinhosas ou ditas como se fossem elogios. Em seguida, vem ações e gestos não desejados pela pessoa assediada. Isto acontece muito em locais de trabalho, em escolas e em muitos outros ambientes.
O assédio sexual é apenas um dos muitos tipos de assédio moral. Chama-se "assédio moral" qualquer tipo de atitude de uma pessoa ao expor outra a situações constrangedoras por meio de coerção. Essa atitude abusiva é um atentado à personalidade, à dignidade e à integridade psíquica e física do assediado ou da assediada. No ambiente de trabalho, o mais frequente é o assédio descendente - aquele que vem "de cima para baixo", isto é, "dos chefes para os subordinados". Esse tipo de assédio não é apenas sexual. Em muitos casos o objetivo é fazer o trabalhador produzir mais e sem receber o salário merecido, fazendo-o ter a impressão de que não está conseguindo chegar aos objetivos da empresa (e pode ser que esses objetivos até tenham sido superados).
O assédio sexual se evidencia por meio de avanços de caráter sexual, não desejados e não aceitos pelo(a) assediado(a), gerando uma atmosfera ofensiva. A coerção se dá, em muitos casos, por meio de violência física ou mental, ou ambas. Pode ter longa duração, por meio de frequentes piadas ou trocadilhos de cunho sexual, ou por um toque físico inapropriado. Seja como for, é crime, e o criminoso ou a criminosa tem que ser denunciado(a) e punido(a).