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segunda-feira, 15 de abril de 2013

Por que escrevemos "obsessão" (com "s") e "obcecado" e "obcecar" (com "c")?

"Obsessão" 
é a tendência
em desejar insistentemente
algo impossível.
"Obcecado" 
é a condição
de quem não consegue
ver a possibilidade
de algo capaz de ocorrer. 


Muitas pessoas pensam que "obcecar", "obcecado" e "obcecar-se" são palavras derivadas de "obsessão". Por isto, erram na grafia escrevendo "obsecar", "obsecado" e "obsecar-se". Isto tem causado muitas confusões em redações no Enem, em concursos públicos, etc. O que ocorre é que em muitos idiomas algumas palavras são escritas de acordo com seus fonemas (a maneira como são pronunciadas), e outras, segundo suas origens etimológicas (*). 
Este é o caso de muitas palavras aparentemente relacionadas entre si na língua portuguesa. Embora "obsessão", "obcecar(-se)" e "obcecado" sejam palavras provenientes de um mesmo idioma (o latim), as duas últimas não são derivadas da primeira. É muito fácil evitar de esquecer as formas corretas de escrevê-las. Basta lembrar o seguinte:
"Obsessão" vem da palavra latina "obsessione", que significa um desejo muito forte, uma ideia fixa, uma determinação em realizar ou conseguir algo impossível. Por isto, a grafia correta é com "s", não com "c".  Já "obcecar" vem da palavra também latina "obcaecare" (pronuncia-se "obcecare"), que significa "tornar cego", "cegar". Por isto, "obcecar" e suas derivadas "obcecado" e "obcecar-se" devem ser grafadas com "c", não com "s". 

(*) "Etimologia" é a parte da gramática através da qual é estudada a história das palavras, de suas origens e de seus significados. 

Fontes: 

  • "Novo Manual da Língua Portuguesa", de diversos autores - Editora Globo.
  • "Dicionário Aurélio Buarque de Holanda" - Editora Nova Fronteira.