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segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

A Inovação Social

A globalização mundial
pode trazer grandes contribuições
para a inovação social. 
A inovação social
é tema muito frequente
nas provas de redação,
mas com outros nomes.

Um estudante que preferiu se identificar como "anônimo" me perguntou o que é "inovação social" e por que este é um tema raramente proposto para provas como o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) ou os vestibulares. Isto não é verdade. Os temas relacionados à inovação social é que são sempre propostos com outros nomes: "ideologia de gênero", "inclusão social", "empregabilidade", "capacitação profissional", etc. O fator principal é que os estudantes precisam saber que o que se chama "inovação social" inclui tudo isto e muito mais. Inclui basicamente tudo que se refere a questões sociais. 
A globalização mundial é um fenômeno que pode trazer grandes contribuições para que as inovações sociais ocorram de modo a beneficiar muito as populações mais carentes do mundo. A globalização é um processo de integração econômica mundial originada através da abertura do comércio internacional, buscando a redução de custos e o aumento da produtividade na fabricação de mercadorias. Existem dois fatores fundamentais para sua consolidação: A queda de barreiras alfandegárias entre os países e o avanço da tecnologia, particularmente no campo da informação. Com isto, ganham um constante aperfeiçoamento as áreas de computação, televisão, radiodifusão, telefonia, Internet, etc. Isto certamente provoca mudanças significativas no processo produtivo e na forma como se fazem investimentos mundiais.
Tais mudanças trazem a necessidade de uma constante reorganização no mercado de trabalho. As empresas cortam custos; conseqüentemente, reduzem vagas. A oferta de empregos diminui muito nos setores industriais e aumenta, mas pouco, nos setores de serviços. Portanto, o mais grave problema no mercado de trabalho é o desemprego. Calcula-se que o número de pessoas desempregadas no mundo seja superior a 300 milhões. Mais de 40 por cento procuram emprego por mais de um ano, e um número bastante significativo ingressa em atividades “informais”.
Isto causou o que chamam de “desemprego estrutural”. Significa que a tendência de abertura comercial e a globalização da economia estão levando as empresas a uma luta ferrenha para obter redução de custos para enfrentar a concorrência externa. Com isto, as indústrias estão deixando de instalar suas fábricas nos grandes centros urbanos e construindo-as em regiões onde a mão de obra é mais barata. Soma-se a isto a automação como outro fator que contribui muito para a queda na oferta de empregos. As pessoas que conseguem se manter no emprego estão sendo obrigadas a cumprir cargas horárias maiores na forma de horas extras. Isto requer inovações para readaptação, tanto das empresas quanto dos funcionários. 
No Brasil, isto tem provocado maior mobilidade dos trabalhadores desde meados da década de 1990. Os empregos duradouros estão cada vez mais raros, fenômeno que se percebe principalmente entre os empregados mais jovens. Essa reordenação do mercado de trabalho formal (com registro em carteira) traz o crescimento dos trabalhos informais, atividades exercidas pelos desempregados sem obediência às leis trabalhistas e tributárias.
Calcula-se a taxa de desemprego de um país dividindo-se o número de pessoas desocupadas pelo total da população economicamente ativa. No Brasil, esse método é feito através da pesquisa domiciliar por amostragem – aquela que é feita por representantes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em residências. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse método é eficiente porque permite comparações com outros países. É a partir deste ponte que se pode perceber como a globalização, se por um lado traz problemas, por outro pode trazer soluções.
A facilidade das comparações dessas realidades entre os países é favorecida pelo avanço tecnológico nas áreas  de telecomunicação, como está explicado no segundo parágrafo. Os serviços prestados pela Internet, como as redes sociais, o WhatsApp, etc., têm se tornado realidades inclusive graças à globalização. Por meio desses sistemas, um número cada vez maior de pessoas de qualquer lugar do mundo está ganhando mais facilidade para se comunicar com outras pessoas em qualquer outro lugar do mundo. A partir disto surgem excelentes oportunidades para um número cada vez maior de pessoas contribuir para as inovações sociais.
Chama-se "inovação social" tudo que se refere a novas estratégias envolvendo conceitos e organizações, capacitando-as a atender às necessidades de todos os tipos: condições de trabalho, melhorias nas áreas de saúde, educação, segurança, etc. Entram nessa discussão o microcrédito, a educação à distância, o empreendedorismo, etc. Uma evidência de contribuição da globalização para isto: as informações sobre os problemas sociais em todos os países chegam até nós com mais rapidez. Isto tem feito com que tais problemas sejam amplamente melhor pesquisados academicamente. Desta forma, os passos a partir das discussões teóricas para a realização das práticas podem ficar mais rápidos.