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quarta-feira, 27 de abril de 2016

Cuidados necessários em redações para campanhas comunitárias.

Alguns exemplos de redação
para campanhas comunitárias.
Mesmo quando o texto
exige poucas frases,
é preciso ter cuidado
com as palavras e expressões a serem usadas.


É preciso também levar em consideração a qual público a mensagem se destina. No caso da "Campanha do Agasalho" mostrada na ilustração, por exemplo, há pessoas que perguntam se as pessoas que receberão as doações entendem que "remédio" é uma metáfora: não significa um medicamento contra doenças, significa solução para um problema. Porém, a mensagem não é destinada a quem receberá os agasalhos, mas às pessoas que poderão doá-los. Estas certamente entenderão a mensagem, pois a maioria delas conhece a frase muito utilizada quando dizemos "para este mal (um problema) parece que não há remédio (solução)". 
Em primeiro lugar, lembremos que "campanha comunitária" não é um nome adequado para para essas redações. A campanha inclui todo o conjunto de atividades para conseguir o objetivo final: o planejamento, a redação, a divulgação, os trabalhos de todas as pessoas envolvidas, etc. As redações, acompanhadas de ilustrações (fotos ou desenhos) ou não, constituem a comunicação comunitária. O texto tem que ser elaborado tendo como base principal a necessidade do compromisso assumido com a comunidade à qual se destina. Por precisar conter uma informação com o objetivo de prestar serviços à comunidade, a redação precisa fazer com que as pessoas que a lerão identifiquem sua relação com os interesses da comunidade e a transmitam. 
Esse tipo de redação, que pode conter 30 ou mais linhas escritas ou apenas algumas frases, surgiu a partir da necessidade de democratizar a informação. Ela tem sido uma alternativa muito interessante para promover e ampliar debates e relações entre comunicação, educação e comunidade. Como alternativa paralela à "comunicação" manipulada pelas grandes empresas de "informação", ela dá "vez e voz", por exemplo, às pessoas residentes nos bairros onde estão as famílias mais carentes de recursos, para que estas possam relatar seus problemas. É exatamente por causa disto que é preciso ter muito cuidado no uso das palavras e das expressões. Em determinadas situações, o que consideramos como "expressão popular" para nos comunicarmos com essas pessoas pode não ser, entre elas, tão popular assim ou "popular" de outras formas. O que se deve fazer, então?
A redação é feita geralmente por um morador ou por vários moradores geralmente indicados pela própria comunidade. Geralmente essas pessoas precisam de uma orientação para uma boa redação. Felizmente as universidades brasileiras estão demonstrando preocupação com isto e atualmente muitos cursos superiores de comunicação social têm disciplinas destinadas às comunicações comunitárias. Isto quer dizer que o morador de um bairro carente tem que fazer um curso de comunicação social para fazer redações com essa finalidade? Não, mas, se puder, ele pode solicitar orientações a professores ou a estudantes de comunicação social que ele conheça.
As formas como nos comunicamos cotidianamente são muito recorrentes. Por isto seria muito importante se cada pessoa se dedicasse sempre um pouco mais para conhecê-las melhor. Quem não pensa desta forma comete um erro que lhe faz perder oportunidades importantes tanto para a sua vida pessoal como para a coletividade. É claro que numa campanha de prevenção a doenças, por exemplo, a redação não pode conter gírias. Assunto sério tem que ser tratado com seriedade. Também é preciso lembrar que "forma errada de escrever as palavras e expressões" não é o mesmo que "forma popular". Não se pode, por exemplo, escrever "levar ela": aa expressão tem que ser "levá-la". Mesmo na informalidade é preciso respeitar limites.

Quem aprende mais, pode - e deve - ensinar o que aprende. Com isto, todos ganham - principalmente quem aprende e ensina. O aprendizado que aos poucos vai evoluindo, sobretudo quando a detalhes linguísticos, ajudam qualquer pessoa a se direcionar melhor e meio a tantas divergências comunicativas. Isto ajuda muito na utilização da linguagem mais adequada mesmo na informalidade, dependendo de cada finalidade. Para obter melhores informações sobre isto, os alunos sempre podem - e devem - solicitar apoio de seus professores de Língua Portuguesa, dos diretores das escolas, etc. Os alunos não devem ficar com vergonha de solicitar essas coisas. Entre outras razões, é para isto que os professores e diretores de escolas estão em seus cargos.