sábado, 20 de agosto de 2016

Detalhes Importantes Sobre Redação de Correspondência Via Internet

Mesmo através da Internet,
há regras que precisam
ser respeitadas.

Toda regra existe por alguma razão. As regras de redação têm a função de facilitar a comunicação, que é constituída pelo envio e recebimento de informações e pela reação (entendimento, resposta, etc.) de quem as recebe. Portanto, as regras são detalhes muito importantes em muitas situações. Eu tenho visto que os artigos sobre a correspondência oficial e a comercial estão sempre entre os mais procurados no Redafácil. Isto me fez lembrar sobre as necessidades específicas das redações de correspondência em geral e da preservação de algumas regras de redação nelas.
Quando se redige qualquer correspondência - inclusive por e-mail - é preciso manter princípios gerais quanto à mensagem, ao estilo de linguagem, às formas de tratamento, aos modelos padronizados e quanto ao endereçamento. A razão disto é simples: algumas pessoas cometem o erro de achar que a correspondência via Internet não precisa seguir as mesmas regras de uma correspondência via Correios. Lembre-se: por mais íntimo que seja o relacionamento entre duas pessoas, uma correspondência de pedido de emprego, de relação de negócios, de interesses profissionais, etc., não pode ser como uma correspondência qualquer com expressões tais como "E aí, meu irmão?", "Pois é, cara!", ou com o uso do "internetês". A correspondência é assim chamada porque constitui o  modo de organizar elementos de um documento. Isto significa que a desconsideração das regras para esta finalidade prejudica a comunicação. Quando se trata de relações oficiais ou comerciais, pode causar pedidos indeferidos, avisos incompreendidos e várias outras inconveniências que afetam a vida prática. 
Quanto ao conteúdo do texto, este precisa ser muito bem definido. Vem daí a ração pela qual o "internetês" precisa ser evitado. O rementente tem que demonstrar ideias claras, sem deixar possibilidades de dúvidas quanto ao que quer dizer. Por isto as palavras precisam ser completas e ortograficamente corretas, além de terem que estar sequencialmente bem organizadas. Essa sequência precisa ser, inclusive, cronológica. Seguir a tradicional regra do começo, meio e fim ainda é uma das melhores formas de evitar entendimentos equivocados. 
Não basta expor ideias corretamente. É preciso levar em conta algumas características do destinatário (a pessoa a quem a mensagem é dirigida): sua procissão, sua posição social, etc. Não adianta, por exemplo, fazer um pedido com um texto repleto de razões particulares. É preciso optar pela melhor maneira de obter o atendimento desejado, e para isto seus argumentos precisam ser baseados em leis municipais, estaduais e federais e nos seus direitos dentro dos limites estabelecidos por elas. 
Quanto ao resto, basta seguir os mesmos conselhos válidos para todos os tipos de redação:clareza, concisão, correção, tratamento respeitoso em qualquer situação, harmonia, polidez, etc. Estes são valores que sempre facilitam resultados satisfatórios. O contrário disto só trará mais aborrecimento para ambas as partes.

Obs.: eu me referi principalmente a correspondências via e-mail mas as mesmas regras também são necessárias em correspondências via sites profissionais, comerciais ou de relacionamentos comerciais e profissionais como, por exemplo, o LinkedIn. 

Foto: Arquivo Google. 

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Redafácil Tem Mais de Dez Mil Leitores Assíduos no Brasil

Ontem
o blog foi acessado
por pessoas
em todos os estados brasileiros 
e em outros países. 


O site de estatísticas Revolver Maps, que fornece os dados de geolocalização mostrados no globo e no mapa no cabeçalho do blog, mostrou que durante o dia de ontem o Redafácil recebeu acessos de leitores de todos os estados do Brasil. Segundo os dados, o número de pessoas que acessam o blog assiduamente no Brasil já passa de 10.650. Eles fazem parte de um grande número de leitores frequentes que estão no Brasil e outros 44 países. 
O Revolver Maps informa que o que ocorreu ontem é um fato que vem se repetindo desde 19 de abril deste ano, quando o site começou a calcular as estatísticas do Redafácil. Entretanto, especificamente ontem, vieram acessos de 60 municípios do Paraná, 108 de São Paulo, 72 do Rio Grande do Sul, 27 do Rio de Janeiro, 79 da Bshia, três do Distrito Federal (inclusive Brasília), 29 do Pará, 18 do Espírito Santo, 17 do Mato Grosso do Sul, 18 da Paraíba, 115 de Minas Gerais, 10 de Sergipe, 24 do Maranhão, 16 do Piauí, 15 de Alagoas, 36 de Pernambuco, 36 do Rio Grande do Norte, nove do Amazonas, 39 do Ceará, 44 de Santa Catarina, 19 do Mato Grosso, 37 de Goiás, seis de Rondônia,  seis de Tocantins, um do Amapá, 19 do Acre e um de Roraima. 
Também ontem os leitores que acessaram o Redafácil nos Estados Unidos estavam em 39 cidades de 19 estados: nove na Califórnia, uma (Nova Iorque) no estado de Nova Iorque, cinco na Flórida, uma em Connecticut, duas no estado de Washington, uma em West Virginia, uma na Carolina do Norte, duas no Kansas, uma no Wisconsin, três em Nova Jersey, cinco na Virgínia, duas em Indiana, uma em Illinois, uma (Washington, a capital do país) no Distrito de Columbia, uma na Pensilvânia, duas no Tennessee, uma na Geórgia e uma em Iowa. Os demais países citados pelo Revolver Maps foram Federação Russa, Angola, Moçambique, Portugal, Venezuela, Colômbia, Japão, França, Noruega, Cabo Verde, México, Alemanha, Espanha, Suíça, Panamá, Bélgica, Argentina, Canadá, Costa Rica, Peru, Luxemburgo, Países Baixos, Guiné-Bissau, Índia, República Dominicana, Irlanda, Chile, Lituânia, África do Sul, Timor-Leste, Bolívia, República Checa, Reino Unido, Moldávia, Hong Kong, Itália, Austrália, Equador, Quênia e Jordânia. 
Segundo o Blogger, hoje, de zero hora às 14:30, o Redafácil foi aceesado por grande número de pessoas no Brasil, Estados Unidos, Rússia, Angola, França, Moçambique, China, Alemanha, Índia e Quênia. Estes foram apenas os dez países com maior número de leitores naqueles momentos. 

Fonte: Revolver Maps

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Estudantes: evitem o excesso de prosopopeias.

Muito frequentes
nas histórias em quadrinhos
e nos desenhos animados,
elas se refletem
nas redações dos estudantes.


A ilustração usada neste artigo é uma das tiras da série "Calvin & Hobbes" (no Brasil, "Calvin & Haroldo"), do norte-americano Bill Waterson. A quem não conhece a série, explico que "Haroldo" é um tigrinho de pelúcia, mas para Calvin, que tem seis anos, ele é um amigo de verdade que pensa, fala, etc.
Este é apenas um dos muitos exemplos de prosopopeias que frequentemente surgem em histórias em quadrinhos e desenhos animados: muitos personagens (o Pato Donald, Mickey, o Pica-Pau, etc.) são animais com características humanas. 
Nas redações, as prosopopeias também sao usadas com muita frequência embora nem sempre sejam intencionais. Sao recursos de linguagem muito comuns no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), em vestibulares e em concursos públicos que atribuem sentimentos e outras características próprias dos humanos a objetos e seres de outras espécies. Portantanto, prosopopeia é o mesmo que personificação. É uma figura de linguagem em que objetos, seres não humanos ou pessoas que já faleceram ganham personificação. 
Não é errado usar esses recursos numa redação. Há situações em que as prosopopeias são ideias excelentes quando se tornam metáforas. Entretanto, numa prova, quando são muito usadas, podem causar aos corretores a falsa impressão de que os autores quiseram prolongar o texto para ocupar espaços (ou, como se diz popularmente,  tentaram "encher linguiça"). Aconselho principalmente aos estudantes: usem as prosopopeias com moderação.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

A Importante Relação Entre Redação e Leitura

Obs.: a palavra "ideias"
está acentuada
porque a ilustração foi feita
antes da última reforma ortográfica.
 
A opinião na ilustração
é de Pablo Neruda.

Ele não estava totalmente equivocado nem absolutamente certo. Para muita gente - especialmente no Brasil, país onde o ensino de redação não recebe a prioridade necessária - expor as ideias não é tão facil quanto o poeta chileno pensava. A dificuldade se agrava devido a um outro fato lamentável: infelizmente, o hábito de ler não é o que se poderia chamar de uma tradição brasileira
Antes que alguém me pergunte o que o hábito de ler tem a ver com redação, volto a dizer o que digo frequentemente: quem lê mais escreve sempre cada vez melhorCompor uma redação é uma atividade que requer o domínio de capacidades linguísticas que só quem lê frequentemente aprende com facilidade. A redação está intimamente ligada à literatura porque envolve o ato de formular pensamentos e o de expressá-los por escrito. Fazer uma redação não é apenas escrever, é escrever tão corretamente quanto possível e organizar as ideias sobre o tema coerentemente. A linguagem escrita está relacionada com a literária não em sentido estrito, mas pela natureza do trabalho escrito: é feito para que alguém o leia e compreenda o que está escrito. 
A condição básica para se obter um bom nível de redação é a presença clara do conteúdo que se quer expressar, e isto se adquire lendo boas obras literárias. Só podemos enunciar claramente o que conhecemos bem, mas é necessário um ótimo domínio sobre as regras textuais para comprovar esse conhecimento. O leitor só se convencerá do grau de conhecimento do redator se este expor suas ideias clara e corretamente. 
Vem daí, para a redação, a importância de uma boa bagagem cultural de seu autor. O ato de escrever tem que ser fundamentado num hábito já radicado a partir do ensino escolar, mas principalmente de um hábito de leitura. Somente a leitura é capaz de fazer com que quem tenha que fazer redações (e todos nós sempre temos) assuma uma disciplina mental para isto. Essa disciplina se dá pela autocrítica e pela observação cuidadosa do que outras pessoas escreveram. Isto acontece por uma razão fácil de ser compreendida: a redação é uma formulação de pensamentos que precisam ser organizados de forma criativa. Isto só pode ser revelado por quem vê frequentemente diferentes estilos redacionais para aprender a aperfeiçoar o seu próprio. Ou seja: isto só pode ser conseguido por quem lê muito.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Realidade Atual Exige Novo Conceito para "Dissertação"

"Dissertar"
não significa apenas
descrever fatos
e emitir opiniões.


O estudante de nível médio é alguém que está se preparando para um curso de nível superior. Portanto, precisa, desde o mais cedo possível, aprender a produzir redações de alto nível. No mundo atual, a dissertação, que é o tipo de redação mais exigido no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), já não é simplesmente a descrição de fatos. 
No Enem, exige-se como dissertação simplesmente um texto com opiniões e argumentos. Opiniões são ideias sobre realidades. Nem sempre são ideias corretas, mas sempre são importantes. Portanto as análises baseadas em opiniões nem sempre condizem com ideias provenientes de observações melódicas dos fatos. Isto significa que, desde o mais cedo possível, os alunos precisam aprender o seguinte:
Os fatos são elementos variáveis que geram hipóteses. Estas são elementos testáveis que geram teorias. As teorias geram implicações, previsões e conclusões que trazem à tona novas observações que revelam novos fatos que poem confirmar ou negar teorias. Teorias negadas provocam novas hipóteses e novas observações sistemáticas.
Este parece ser um método científico. Entretanto, num mundo cada vez mais globalizado, com concorrências num mercado de trabalho cada vez mais exigente, a redação dissertativa exigida nas provas não pode continuar sendo apenas um texto com opiniões e poucas argumentações. O aluno precisa aprender a dissertar por meio de uma tese. Não tão extensa quanto uma tese universitária, mas uma tese mostrando sua capacidade de aplicação de um método de análise e interpretação. A argumentação não deve mais ser apenas uma defesa de suas opiniões, e sim uma demonstração de lógica no texto citando exemplos reais que induzam os leitores à aceitação da tese. O grande problema é que, no Brasil, a péssima qualidade está muito aquém disto. O resultado que se reflete nas redações no Enem todos os anos espelha o nível de aprendizagem de uma maneira geral.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Visitas ao Redafácil Aumentam Cerca de 30% por Dia

A informação
é do Alexa.com.

O Alexa.com informa que, desde sua criação, o Redafácil vem recebendo acessos de cada vez mais leitores e até hoje não foi registrada uma rejeição sequer. O site informa também que nos últimos 30 dias o blog, que oferece "dicas" para redação, tem recebido um acréscimo de 30 por cento de visitas por dia. Entre outros sites de redação que o recomendam a seus leitores, constam "O Blog de Redação" e o "Refinando a Escrita".
O Redafácil é um blog sazonal. O número de visitas aumenta consideravelmente durante os períodos de aulas no Brasil. Este é um dado compreensível: muitos dos leitores são estudantes que o procuram nesses períodos. Entretanto, como confirma o site SimilarWeb, a maioria dos leitores do blog o acessam em horários de trabalho e nos locais em que trabalham.
O Alexa.com é o site do Alexa, um serviço da Amazon que informa quantos usuários da Internet visitam um determinado blog ou site por dia, semana, mês e ano. É possível obter esses dados fornecendo apenas o endereço eletrônico (URL) do blog. Os dados são resultantes de cálculos e por aproximação.
Na coluna coluna que mostra as visitas mais recentes e as que estão ocorrendo enquanto você lê este artigo, você vê em quais cidades do Brasil e em que outros países os leitores estão. Clicando no mapa abaixo do cabeçalho, abrirá uma página com informações mais abrangentes. 

terça-feira, 9 de agosto de 2016

A Diferença entre "Eficiente" e "Eficaz"

Ao invés de fazer
uma redação eficiente,
tente fazer
uma redação eficaz.


Em muitos dicionários, as palavras "eficiente" e "eficaz" são citadas como se tivessem o mesmo significado. Entreanto são palavras com significados diferentes, e se você conhecer essa diferença, seu nível de redação pode melhorar muito. Suas redações, se já são eficientes, poderão se tornar eficazes.
Um plano eficiente é um plano que traz bons resultados. Um plano eficaz é um plano que traz ótimos resultados. Numa empresa, um funcionário eficiente é um funcionário que sabe fazer seu trabalho, mas um funcionário eficaz é o que faz seu trabalho sempre de uma forma cada vez melhor.
Isto significa que a eficiência é a capacidade de fazer bem feito e a eficácia é a capacidade de fazer cada vez melhor. Agora que você já sabe disso, deixe de fazer redações apenas eficientes e torne-as cada vez mais eficazes.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

"Paralimpíada" ou "Paraolimpíada"?

Muita gente usa
as duas palavras.
Estudantes querem saber
qual é a correta?


Como a olimpíada deste ano está ocorrendo no Brasil, há estudantes que vêem nisto um motivo para o evento ser um possível tema para a redação no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) que ocorrerá em novembro. Por isto muitos deles querem saber se o nome correto do evento do qual participam atletas com deficiências é "paralimpíada" ou "paraolimpíada".
Em primeiro lugar é preciso lembrar que, apesar de profissionais de comunicação dizerem constantemente "olimpíadas de 2016", a forma correta é "olimpíada de 2016". Os esportes praticados são vários, mas o conjunto dos jogos é apenas uma olimpíada. O emprego da palavra "olimpíadas" (plural) só correto ao se referir a duas ou mais olimpíadas. Por exemplo: as olimpíadas de 2006 e 2014.
Quanto às palavras "paralimpíada" e "paraolimpíada", eu prefiro a segunda. No Brasil era considerada a correta até poucos anos, quando o "o" foi suprimido para ser adotada a palavra usada nos demais países onde o português é a língua oficial: "paralimpíada". O prefixo para se deve ao fato de ser um evento paralelo à olimpíada. Pela mesma razão, a palavra paraolímpico foi substituída por paralímpico.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Desinformação Causa Desenvolvimento Insuficiente em Redações

Ao ensinar redação,
o professor tem que ensinar o aluno
a observar a abrangência dos temas.
Alunos e professores
têm que estar atentos a isto.


Os enganos cometidos pelos estudantes são facilmente notados em redações no Exame Nacional de Ensino Médio e nos vestibulares todos os anos. Um deles é pensar que o desenvolvimento é a parte principal. Numa redação, todas as partes são igualmente importantes. A introdução, como o nome já indica, tem a função de introduzir o leitor no tema sobre o qual ele lerá. O desenvolvimento é uma sequência da introdução e também tem a função de preparar o leitor para o que ele lerá na conclusão. 
A redação tem que ser sucinta, mas não pode ser curta demais. Por isto os estudantes precisam se manter muito bem informados sobre todos os fatos importantes que acontecem no país e no mundo. Qualquer notícia em destaque ou fato que gere polêmica pode ser um tema para redação. Uma leitura superficial dos fatos não será suficiente para escrever um texto qualitativo, e isto certamente dificultará o desenvolvimento. Essa dificuldade é facilmente percebida pelos corretores. Eles percebem quando, no desenvolvimento da redação, o aluno tenta suprir sua falta de conhecimentos e consequentemente foge ao tema. O desenvolvimento se torna longo mas, ainda assim, insuficiente e desvinculado do tema. Quando isto ocorre, é claro que prejudica também a conclusão. 
Isto me leva a dar alertas e sugestões também aos professores. É importante que eles apertem seus alunos sobre cuidados necessários com os temas de grande abrangência. Cabe aos professores ensinar os alunos a identificar palavras-chaves que lhes permitam traçar os melhores caminhos para os desenvolvimentos mais adequados ao possível tema a ser proposto. 
Para isto, sugiro que os professores apliquem provas simuladas de redação em salas de aula usando como reforço textos motivacionais. Mais conhecidos como "textos de apoio", eles ajudam o estudante a ampliar seus conhecimentos sobre o tema desenvolvido
O aluno precisa dessas informações para obter mais informações para si mesmo. Nesses simulados, o professor pode criar meios para descobrir se - e até que ponto - isto acontece com seus alunos. Isto pode ser feito pelo menos duas vezes por mês, com temas de grande e pequena abrangência. Isto permitirá que o aluno se famiarize com as duas situações.