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terça-feira, 26 de setembro de 2017

Os Tipos de Discursos

"Discurso"
é um texto 
feito para ser lido 
perante uma audiência.


Principalmente por estarem acostumadas a ouvir discursos políticos, muitas pessoas perguntam o que um discurso tem a ver com uma redação, já que o discurso é a mensagem falada e a redação é a mensagem lida. Na verdade o discurso é uma mensagem proferida por alguém perante uma audiência presencial (uma plateia ou pequeno grupo de pessoas) ou não presencial (através do rádio, da televisão, etc.). Pode ser improvisado (quando o discursante ou orador o profere sem se basear num texto) ou escrito (quando é lido ou cujo texto serve como base para o que é dito pelo orador). A redação não é um texto, é o processo através do qual se escreve um texto. Isto incluiu relatórios, peças de publicidade, notícias, cartas, requerimentos, ofícios, e todos os tipos de textos, cada qual com finalidades específicas. Entre estes constam os que são escritos para se tornarem discursos. O tipo de redação para estes textos é a redação discursiva.
Nas provas como o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), concursos públicos, vestibulares, são exigidas redações discursivas. Isto não significa que as redações dos participantes serão lidas em público. Significa apenas que o objetivo é verificar a capacidade dos participantes produzirem textos qualitativos para se tornarem discursos ou servirem como base para eles. No Brasil, um grande problema quanto a isto é que os professoras de Língua Portuguesa raramente ensinam isto a seus alunos, e estes também raramente aprendem pelo menos as noções básicas de diferenças entre os tipos de discursos. O resultado disto não pode ser outro senão o alto índice de reprovação em redações em todos os tipos de provas. 

O discurso, falado ou escrito, envolve a comunicação dentro de um determinado contexto. Esse contexto diz respeito à pessoa que fala (orador), às pessoas para quem ele fala (audiência ou público) e sobre o que se fala (o assunto ou tema). Nas redações feitas no Enem, sempre é proposto um determinado tema, o que significa que que elas têm que ser sempre redações discursivas. Ou seja, têm que ser discursos. Esses discursos podem ser diretos, indiretos e indiretos livres. O texto é um discurso direto quando expõe a fala de um personagem (real ou fictício) destacando-o com travessões, aspas ou de alguma outra forma, como se as palavras fossem do personagem, não do autor do texto. Exemplos:

- Eu não sabia disto.
- "Eu não sabia disto" - disse o rapaz.

Então ele disse: "eu não sabia disto."
- Por que você não compareceu à aula ontem? - perguntou-lhe o professor.

Num discurso indireto, registra-se a fala do personagem sob a influência do autor do texto. Os tempos verbais são modificados para facilitar o entendimento do leitor em relação à pessoa que fala. É uma transformação do discurso direto para uma outra forma de transmitir a mensagem. Exemplo:

Discurso direto:
- "Eu não sabia disto" - disse o rapaz.
Discurso indireto:
O rapaz disse que ele não sabia disto.


No discurso indireto livre, a narração é interrompida para que se inclua uma fala do personagem sem precisar do uso de recursos gráficos como as aspas, os travessões, etc. Nele as falas dos personagens surgem de forma abrupta, o que requer muita atenção da pessoa que o lê, principalmente quando esta o apresentar em público, pois a forma como a audiência entenderá o que foi lido dependerá da forma como a leitura foi feita. Exemplo:

Pediram ao rapaz que explicasse detalhadamente sobre o ocorrido, mas ele continuava a dizer que não sabia do que se tratava. 

Em outras palavras: num discurso indireto livre, o autor não usa as palavras do personagem; revela-se interpretação pessoal do que o personagem disse ou de como ele o disse.
Os vários tipos de redação existentes dentro de um mesmo tipo (neste caso, os três tipos de redação discursiva) permitem ao estudante ou ao candidato a um cargo público demonstrar sua capacidade de produzir os textos conforme sua criatividade e, ao mesmo tempo, de maneira adequada a cada tema. Entretanto, os estudantes terão dificuldade para entender isto se os professores não lhes ensinam sobre isto durante as aulas.  Se você é estudante e seu professor não lhe ensina esses detalhes, cobre isto dele. É um direito seu e um dever dele. 
Você também pode treinar em casa. Faça esses tipos de redação usando o computador. Você não poderá fazer isto na prova porque, além de não poder contar com um computador, um dos objetivos da redação será verificar sua capacidade de escrever corretamente, sem corretores automáticos ou outros recursos facilitadores. No entanto, pode fazer isto em casa. Para treinar ainda melhor, escreva sua redação tal como terá que fazer na prova também.

terça-feira, 3 de novembro de 2020

A Importância do Cuidado com a Ordem das Palavras no Texto



Em algumas situações,

a mudança da ordem das palavras 

muda também o sentido da frase. 

 

Eu posso escrever: "Este livro é ótimo". Também posso escrever: "É ótimo, este livro." As duas frases estão corretas e têm o mesmo sentido, embora "é ótimo" ganhe maior ênfase na segunda versão. No entanto, há situações em que a modificação da ordem das palavras modifica também a informação contida na frase. Por exemplo:


- A cada 30 minutos, uma pessoa é assaltada nesta rua.

A  frase informa que, na mesma rua, ocorre um asssalto a uma pessoa a cada 30 minutos.


- Uma pessoa é assaltada a cada 30 minutos nesta rua.
Aqui, a frase informa que a mesma pessoa é assaltada a cada 30 minutos na mesma rua.

Por esta razão, numa redação, o cuidado com a ordem correta das palavras é extremamente necessário para que o leitor não tenha a possibilidade de interpretar a mensagem equivocadamente. 

"Redação" e "texto" são duas coisas diferentes. A redação é simplesmente o ato de redigir. "Redigir" significa "escrever", mas a redação é a forma como a pessoa mostra como ela  comunica através da escrita. Como a pessoa se comunica através das palavras e expressões que ela conhece, a forma como ela se comunica através da escrita é a mesma como ela se comunica através da fala. Ou seja: numa prova como as do Enem, as de concursos públicos, etc., a redação revela o grau de capacidade da pessoa se relacionar com as outras em determinadas situações.
A redação é o ato de escrever, mas o texto é o conjunto das palavras escritas e de sinais gráficos como os acentos (crase, agudo, circunflexo), hífens, travessões, e a pontuação. (vírgulas, pontos simples, ponto final, pontos de exclamação, pontos de interregoação). O conceito de texto não é bem definido, e por isto às vezes é confundido com "redação". Na verdade o texto é o conteúdo da redação, é a maneira como o autor manifesta suas ideias, suas opiniões, e transmite suas informações. Eis a razão pela qual o cuidado com a preservação da ordem correta das palavras se torna tão necessário. Essa ordem é o principal fator que faz com que a pessoa que lê a redação a interprete corretamente. 

sexta-feira, 13 de março de 2015

O que é a Redação Multimídia?

A redação multimídia
facilita a integração entre conteúdos impressos,
online,
para rádio e televisão e imagens
(fotografias e vídeos).
A redação multimídia
proporciona a estudantes de jornalismo
a integração de meios
com a produção de vários tipos de conteúdos.




Para entender melhor o que é uma redação multimídia, é preciso entender o que é "multimídia". "Mídia" é o conjunto de tudo que se relaciona a suportes para divulgação de informações, incluindo sistemas de rádio, televisão, imprensa (revistas, jornais, etc.), Internet, satélites de telecomunicação, etc. Em resumo, a mídia é o conjunto de tudo que se relaciona à comunicação social. A multimídia - ou multimédia - é um sistema de combinação entre textos, som e imagens, incluindo também os vários tipos de suporte de difusão e informação destacando imagens e sons. 
A redação multimídia é, portanto, uma técnica de redação utilizada como suporte às informações veiculadas por meio de imagens (vídeos e fotografias) e sons. A principal diferença entre uma redação multimídia e uma redação comum é que, no caso da multimídia, os textos podem (e devem) ser bem curtos, já que as imagens e os sons proporcionam todo o resto da informação. É algo semelhante ao que acontece com a combinação entre o texto e os desenhos numa história em quadrinhos: os textos são com pouquíssimas palavras porque os desenhos mostram todo o resto.
Após ter lido este texto, é importante que você assista ao vídeo da Universidade Metodista de São Paulo (SP). Nele são destacados os principais detalhes sobre a redação multimídia e sua importância como meio de informação do mundo atual. 

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Temas Objetivos e Temas Subjetivos

Antes de iniciar a redação,
busque o melhor entendimento possível
quanto ao tema.


Alguns estudantes perguntam o que são temas objetivos e temas subjetivos para redações. A objetividade é a melhor condição possível do que representa o tema proposto. A subjetividade é o caráter tendencioso, pessoal, de parcialidade quanto à descrição do tema. Por isto eles estão no caminho certo. Se não quiserem demonstrar parcialidade na forma de tratar o tema, é realmente necessário saber separar a objetividade da subjetividade. Porém, ao tratar de um tema numa redação, ninguém consegue ser totalmente imparcial. Principalmente numa redação dissertativa-argumentativa como as que são exigidas na maioria das provas. Para argumentar, é preciso expor opiniões, e não se pode revelar um ponto de vista e, ao mesmo tempo, ser imparcial. O que fazer, então?
Primeiro procure ter certeza de que entendeu bem o tema proposto. Leia atenta e calmamente o enunciado que contém a proposta para a redação. Esta é a melhor forma de descobrir se o tema é objetivo ou subjetivo. Um tema é objetivo quando é baseado em dados concretos como resultados de estudos, acontecimentos políticos, fatos confirmados, etc. São exemplos de temas objetivos o aquecimento global, as crises econômicas, acidentes aéreos, acidentes em trânsitos, etc. O tema se torna subjetivo quando prevalecem nos textos os pontos de vista do autor, mesmo sendo baseados em fatos comprovados. Isto não é um problema. Na verdade, numa redação argumentativa, a opinião do autor é importantíssima, desde que esteja bem argumentada.
Alguns professores cometem uma redundância quando mencionam a "dissertação subjetiva". Quando querem que você faça a dissertação de um assunto, querem que  você descreva o assunto com suas próprias palavras. Isto provoca inevitavelmente a inclusão de seus pontos de vista. Portanto, sua dissertação não tem como não ser subjetiva. Nela sempre prevalecerá o desenvolvimento de seu ponto de vista. Mesmo que seja baseada em fatos comprovados, a argumentação é sua, é a revelação da sua opinião. Note, porém, que os temas subjetivos também podem estar descritos em forma de poemas, crônicas ou em obras de ficção - inclusive porque muitas obras de ficção são baseadas em fatos reais.

Se o tema exigido for objetivo, busque ideias antes de começar a redigir. Se for subjetivo, busque ideias e enumere-as. "Enumerá-las" significa organizá-las numa sequência de números, da primeira à última. O próximo passo será estabelecer uma relação entre as ideias para realçar o enfoque no texto. Por isto é importante saber antecipadamente o o que será discutido através da sequência de parágrafos do texto. Para saber melhor sobre isto, leia o artigo sobre a paragrafação.
A paragrafação é a estrutura básica da redação. Ela deve ser feita sem que se perca a coerência interna, a coerência externa e coerência da relação entre ambas. Essas qualidades não podem faltar em redação alguma. Portanto, não acredite quando lhe disserem que uma redação com apenas um ou dois parágrafos já é suficiente. Uma boa redação tem que ter pelo menos três ou quatro parágrafos. A partir disto torna-se mais fácil contrapor as ideias no texto. A contraposição, isto é, a exposição de ideias contrárias, comprova que o autor do texto está revelando sua opinião mas não a está impondo. A imposição de ideias é um erro grave.
Antes de tudo isto, estude bem a gramática. Erros gramaticais podem fazer todo esse trabalho perder sua qualidade. É por isto que os principais destaques nas correções de redações nas provas (Enem, vestibulares, concursos públicos, etc.) são relacionados à obediência às regras gramaticais. Palavras e expressões ortograficamente erradas, ou escritas corretamente mas mal empregadas no contexto, dificultarão a compreensão do texto por parte de quem o lerá.


terça-feira, 16 de agosto de 2016

A Importante Relação Entre Redação e Leitura

Obs.: a palavra "ideias"
está acentuada
porque a ilustração foi feita
antes da última reforma ortográfica.
 
A opinião na ilustração
é de Pablo Neruda.

Ele não estava totalmente equivocado nem absolutamente certo. Para muita gente - especialmente no Brasil, país onde o ensino de redação não recebe a prioridade necessária - expor as ideias não é tão facil quanto o poeta chileno pensava. A dificuldade se agrava devido a um outro fato lamentável: infelizmente, o hábito de ler não é o que se poderia chamar de uma tradição brasileira
Antes que alguém me pergunte o que o hábito de ler tem a ver com redação, volto a dizer o que digo frequentemente: quem lê mais escreve sempre cada vez melhorCompor uma redação é uma atividade que requer o domínio de capacidades linguísticas que só quem lê frequentemente aprende com facilidade. A redação está intimamente ligada à literatura porque envolve o ato de formular pensamentos e o de expressá-los por escrito. Fazer uma redação não é apenas escrever, é escrever tão corretamente quanto possível e organizar as ideias sobre o tema coerentemente. A linguagem escrita está relacionada com a literária não em sentido estrito, mas pela natureza do trabalho escrito: é feito para que alguém o leia e compreenda o que está escrito. 
A condição básica para se obter um bom nível de redação é a presença clara do conteúdo que se quer expressar, e isto se adquire lendo boas obras literárias. Só podemos enunciar claramente o que conhecemos bem, mas é necessário um ótimo domínio sobre as regras textuais para comprovar esse conhecimento. O leitor só se convencerá do grau de conhecimento do redator se este expor suas ideias clara e corretamente. 
Vem daí, para a redação, a importância de uma boa bagagem cultural de seu autor. O ato de escrever tem que ser fundamentado num hábito já radicado a partir do ensino escolar, mas principalmente de um hábito de leitura. Somente a leitura é capaz de fazer com que quem tenha que fazer redações (e todos nós sempre temos) assuma uma disciplina mental para isto. Essa disciplina se dá pela autocrítica e pela observação cuidadosa do que outras pessoas escreveram. Isto acontece por uma razão fácil de ser compreendida: a redação é uma formulação de pensamentos que precisam ser organizados de forma criativa. Isto só pode ser revelado por quem vê frequentemente diferentes estilos redacionais para aprender a aperfeiçoar o seu próprio. Ou seja: isto só pode ser conseguido por quem lê muito.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Novas Regras para Redação no Enem Prejudicarão os Alunos


Vários erros graves foram encontrados
em todos os parágrafos
desta redação no Enem do ano passado.
isto não pode ser aceito.
Observe as explicações no artigo.
Erros crassos em redação
são cada vez mais comuns no Enem.
Com a nova medida,
as coisas tendem a piorar - principalmente para o próprio aluno.







No exemplo que está na ilustração - que é apenas um entre entre a maioria das redações que inclusive receberam notas elevadas - percebe-se claramente a gravidade do baixo nível de redação quanto à grafia. No segundo parágrafo está a palavra "alviverde", que neste caso deveria ser iniciada com letra maiúscula ("Alviverde") por se tratar da alcunha de um clube. Está escrita também a palavra "emponente", mas a grafia correta é "imponente". "Palmeiras" - o nome do clube - está escrito com inicial minúscula ("palmeiras"). As palavras "Sabe" e "sempre" estão escritas com as sílabas muito distantes entre si ("Sa be" e "sem pre"). A palavra escrita depois de "sem pre" está simplesmente irreconhecível. 
No terceiro parágrafo está escrito "a defesa que ninguém passa". A forma correta: "a defesa pela qual ninguém passa". A palavra "torcida", por vir imediatamente após um ponto (.), deveria ser iniciada com letra maiúscula ("Torcida"). "Alviverde" está novamente escrita com inicial minúscula. A frase "Por que quem sabe ser brasileiro..." não é uma pergunta, é uma afirmação; portanto, a palavra correta no seu início é "Porque", e não "Por que". Na mesma frase, está escrita a palavra "hostenta", mas a forma correta é "ostenta". 
Os erros graves contidos nessa redação são tantos que seria necessário um blog destinado exclusivamente a eles para mencionar cada um. O pior, no entanto, é que nas provas no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) redações assim se tornam mais comuns a cada ano. Agora, com as novas informações a respeito do Enem, a tendência é de que isto piore muito, e os principais prejudicados são obviamente os próprios alunos. Entretanto, um artigo publicado por Daniel Favero no Terra Notícias informa que em 2013 redações com "erros de português" (expressão que também é um erro - deve-se dizer "erros gramaticais ou ortográficos") poderão continuar obtendo nota máxima.
O raciocínio dos autores dessa ideia é de que o importante é que o aluno se expresse em sua redação. Porém esses autores parecem não levar em conta que, para o aluno se expressar de forma clara para os leitores, ele necessita muito escrever corretamente, tanto no sentido ortográfico com em relação a todas as regras gramaticais. Uma redação mal escrita obviamente gera muitos entendimentos equivocados da ideia e das informações que o autor da redação quis revelar. 

Portanto, acrescento aqui um alerta para os alunos: vocês precisam continuar se preocupando muito em melhorar suas redações inclusive ortograficamente. Se esta preocupação não for mantida, vocês poderão até obter notas máximas em redação no Enem, mas serão muito prejudicados futuramente na vida. 

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Como Fazer uma Boa Redação Promocional

Uma boa redação promocional 
só é possível 
com trabalho em equipe.


A redação promocional é um tipo de redação que não visa apenas informar sobre a existência de um determinado produto ou serviço no mercado, mas promover esse produto ou serviço. "Promover" significa destacar as vantagens do que está sendo oferecido, não com o intuito de fazer com que todos os consumidores o adquiram, mas de fazer um determinado tipo de consumidor entender por que o produto ou serviço é importante para ele. 
Público-alvo é um público específico que faz parte do que os especialistas em marketing chamam de "segmento de mercado". Trata-se de um grupo de consumidores identificado dentro do mercado, integrado por pessoas que aparentemente têm as mesmas necessidades ou pretensões de aquisição de um determinado tipo de produto ou de serviço. Quando se faz uma redação publicitária com o objetivo de promover o que está sendo oferecido - ou seja, de destacar as vantagens oferecidas pelo produto ou serviço anunciado - é preciso observar que a mensagem é destinada a pessoas com uma mesma finalidade, mas que são pessoas diferentes, de personalidades diferentes, gostos diferentes, opiniões diferentes, etc. Por isto o texto final, geralmente produzido pelo redator publicitário, é feito em regime de parceria com um diretor de arte, que é o profissional que administra a parte artística (por exemplo, uma lustração), que acrescenta funções ao texto. 
Entretanto, é possível redigir um texto promocional sem a participação do diretor de arte quando não se pode contar com ele. Neste caso, destaca-se a necessidade ainda maior da criatividade na mensagem escrita. Antes da redação ser iniciada, é necessário um estudo profundo sobre segmentação de mercado e as características de cada segmento. A partir dos resultados desses estudos (que obviamente tem que ser feito por uma equipe de profissionais), os envolvidos no trabalho precisam elaborar um processo adequado de escolha de um ou mais segmentos e definir a política de marketing para cada segmento escolhido. 
Não é um trabalho simples, pois envolve critérios demográficos, geográficos, econômicos, de personalidade, de estilo de vida de cada consumidor, de comportamento de cada consumidor, de atitudes psicológicas dos consumidores em relação ao produto ou serviço, etc. Além de tudo isto, é preciso lembrar: também há profissionais trabalhando arduamente para promover produtos e serviços concorrentes. 
Uma boa redação promocional precisa ser baseada, portanto, em critérios geográficos, psicográficos, demográficos, comportamentais, políticos, etc. Uma vez escolhido o segmento de mercado, para demonstrar numa redação o quanto o produto ou serviço é vantajoso para aquelas pessoas, é preciso fazer antes um levantamento que revele até que ponto esse segmento escolhido é vantajoso para a promoção do produto ou serviço. A dimensão do segmento, literalmente em todos os sentidos, tem que estar de acordo com a dimensão da empresa que oferece o produto ou serviço e, neste caso, o contrário também é necessário. No mundo de hoje, como o processo de globalização econômica num avanço cada vez mais acelerado, somente através de todo esse trabalho realizado por uma equipe de excelentes profissionais o retador terá capacidade de reunir dados capazes de produzir uma boa redação promocional.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Maioria dos Leitores do Redafácil tem Interesses Profissionais e Sociais

Detalhe do mapa de estatísticas do Redafácil (RevolverMaps)
quando esta postagem estava sendo feita.
Os interesses dos leitores
não são apenas
por causa das provas.





O número de leitores do Redafácil está crescendo, e os motivos pelos quais o blog é acessado são os mais variados, embora todos sejam relacionados com técnicas de redação. A partir do momento em que criei o blog (em 9 de janeiro de 2010), ele se tornou mais procurado por estudantes brasileiros interessados em se preparar para o Exame Nacional de Ensino Médio. Porém, já no primeiro mês, as estatísticas reveladas em outros sites, mas também fornecidas pelo Blogger, indicavam acessos diários de leitores de diversas cidades em vários países.
No mundo, segundo as estatísticas do Blogger, os dez países que apresentam maiores números de leitores que acessam o Redafácil diariamente são Brasil, Estados Unidos, Portugal, Rússia, Alemanha, Angola, Moçambique, Índia, França e Espanha, nesta ordem. Nos últimos 30 dias, os dez maiores países de onde vieram os acessos foram Brasil, Estados Unidos, Portugal, Espanha, Alemanha, Moçambique, Irlanda, Polônia e Rússia. As informações do RevolverMaps indicaram que hoje, de 0 hora até as 11 e meia (horário de Brasília), 92,3% dos acessos recebidos vieram do Brasil e todo o restante se dividiu entre 70 países de todos os continentes.
Atrai minha atenção o fato de muitos leitores de países não lusófonos se interessarem por um blog produzido no Brasil, sobre "dicas" para redação em português. Lembro-me, no entanto, que as regras para redação devem ser as mesmas em todos os idiomas, variando apenas as finalidades das redações, independentemente de nacionalidades. Entretanto, devo lembrar que, no caso de uma comunicação internacional, devem ser respeitadas as divergências quanto a costumes, valores éticos, religiosos e culturais entre as nações. 
Com o objetivo de procurar atender sempre melhor os leitores que buscam o Redafácil, frequentemente busco nos sites de estatísticas as origens dos acessos ao blog. Isto me ajuda a detectar os variados motivos e interesses dos leitores. No Brasil, o blog é procurado por um grande número de estudantes que pretendem se preparar para provas como o Enem e vestibulares, mas, segundo o Similar Sites, tanto no Brasil nos demais países, a maioria dos leitores do Redafácil se interessa por temas sociais, é constituída por profissionais de comunicação e tem interesses relacionados a indústrias e negócios em geral. Isto significa que, para oferecer "dicas" sobre redação, a publicação de "dicas" sobre regras ortográficas e gramaticais não basta. Segundo as opiniões publicadas em outros blogs, esta é uma das diferenças entre o Redafácil e outros blogs e sites sobre redação: aqui, há muitos artigos sobre como abordar numa redação temas polêmicos, especialmente os de caráteres profissional e social, sem deixar de reconhecer a importância das regras ortográficas e gramaticais. 
Creio que isto explica por que o artigo sobre Ideologia de Gênero. Questões relacionadas ao sexo e às orientações sexuais sempre foram temas extremamente polêmicos, pois envolvem certas tradições sociais que muitas pessoas consideram indispensáveis. Porém, como se pode observar nos comentários feitos abaixo do artigo, e como observou um dos próprios comentaristas, a página se tornou um salutar fórum de debates sobre  tema. Com isto, o Redafácil assume também um papel social como espaço aberto para debates sobre temas polêmicos sem fugir da sua função principal, que é oferecer "dicas" sobre redações. 
Entre outras coisas que o diferenciam de outros blogs e sites do mesmo gênero, está o fato de que muitos deles sempre repetem: "A redação tem que ser concisa", "o texto não deve ser muito longo", e todas as coisas óbvias que ninguém precisa dizer aos interessados - eles já sabem disto. No Redafácil, você encontrará lembretes como estes nos contextos em que eles são necessários, mas o principal objetivo do blog é mostrar exemplos de tipos imutáveis de redação cujas regras são fixas - documentos como atascurriculum vitaerelatóriosmemorandos e redações empresariais em geral. 
Esses tipos de redação são considerados imutáveis, mas são sempre necessárias adaptações de acordo coo o tempo e com cada necessidade, como mostra o artigo sobre redações empresariais. Vocês já devem ter notado que entre os "dez visitantes mais recentes", quando você abre qualquer página do Redafácil, a maioria ou a totalidade é quase sempre de Mountain View, como mostra a lista na coluna no lado direito da tela. Mountain View é uma cidade com cerca de 74.600 habitantes, situada no Condado de Santa Clara, no estado da Califórnia. Situa-se no Vale do Silício e nela estão as sedes de empresas como a Google, a Mozzila Foundation e uma subsidiária desta, a Mozzila Corporation. São três das maiores empresas relacionadas a serviços de Internet no mundo. Isto certamente não é apenas uma coincidência.
No Brasil, como mostra o mapa numa das colunas, leitores do Redafácil o acessam em literalmente todos os estados. Hoje, por exemplo, o RevolverMaps revelou acessos vindos de 148 cidades de São Paulo, 35 cidades do Rio de Janeiro, 219 cidades de Minas Gerais, 164 cidades da Bahia, 108 do Rio Grande do Sul e centenas de cidades de todos os demais estados. Também hoje, dos Estados Unidos, vieram acessos de dezenas de cidades dos estados da Califórnia, Nova York, Ilinóis, Flórida, Virgínia, Nova Jersey, Washington, Texas, Nevada, Massachusetts, Kansas, Geórgia, Distrito de Colúmbia, Carolina do Norte, Michigan, Tennesse, Minnesota, Iowa, Utah, Indiana, Pensilvânia, Missouri, Ohio, Virgínia do Oeste, Arkansas, Oklahoma, Arizona, Connecticut, Wisconsin, Maine e Alabama. 

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Redação, Texto e Ensaio

É importante
saber quais são
as diferenças
entre essas três coisas.

Muita gente pensa que "texto" é o mesmo que "redação". Ignorar as diferenças entre as duas coisas é um dos fatores que contribuem para a dificuldade no desenvolvimento de uma redação de bom nível, pois faz o autor se preocupar mais com a qualidade do texto (que obviamente é importante) e menos com a qualidade da redação (que é igualmente importante). 
O texto é uma sequência de palavras que faz com que elas complementem um sentido e permite uma interpretação de uma mensagem. É uma obra escrita original que pode constituir um livro, um documento, uma reportagem impressa, o roteiro de um filme, etc. Por ser uma sequência de palavras que constituem uma mensagem, esse conceito faz com que o texto seja confundido com a redação. A redação é o processo pelo qual se redige um texto, e "redigir" não significa apenas "escrever". "Redigir" é o ato de fazer com que o texto seja dissertativo e argumentativo, revelando a habilidade comunicativa de quem escreve. A habilidade ou incapacidade de comunicação que uma pessoa demonstra ao escrever é a mesma que ela tem ao falar, já que tanto num caso como no outro ela usa as palavras e expressões tal como aprendeu.
Há também pessoas que confundem "ensaio" com "texto" ou "redação". O ensaio é uma redação na qual o texto é referente a um determinado tema, mas de maneira que este seja exposto de forma pessoal ou subjetiva (ou seja, individual, particular, pessoal). Numa redação, o tema é apresentando com argumentação como base para explicar o ponto de vista do autor, mas não de forma a convencer o leitor de que seu pensamento está certo. No ensaio, o objetivo é revelar experiências pessoais para estabelecer o que o autor considera como realidade. Existem ensaios filosóficos, científicos, sociais, religiosos, morais, etc.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

A Lógica da Argumentação em Redação

O principal motivo
que leva muitas pessoas
a ter dificuldade em argumentar 
é o desconhecimento
da lógica da argumentação. 


Em comentários que são enviados pelos estudantes ao "Redafácil", são muitos os que solicitam "dicas" sobre como argumentar numa redação. Eles demonstram que sabem o que é uma argumentação, mas não sabem como argumentar. Muitos deles dizem que os professores explicam o que é uma argumentação em redação mas no ensinam como argumentar. Ou seja, seus professores não mencionam em sala de aula uma coisa importantíssima chamada "lógica da argumentação". Desta forma, realmente o aluno não tem condições de expor argumentos e, por isto, não tem condições de fazer uma boa redação.
A lógica é um ramo da filosofia que nos ajuda a compreender melhor e trabalhar o raciocínio. Por isto, nenhum ser humano precisa ser um filósofo, mas precisa ter pelo menos algumas noções de lógica. Quando se fala em "raciocínio lógico", a maioria da pessoas logo imagina que estamos falando em matemática. No entanto, o raciocínio lógico se genericamente a todas as atividades em que se aplicam argumentações. Ou seja, a quase tudo que fazemos na vida. 
Numa redação, a lógica de argumentação é de extrema importância, porque o raciocínio lógico é extremamente vinculado à semântica, que é a relação entre palavras, frases, sinais e símbolos e o que eles representam. É essa relação que traduz para o leitor o conjunto de ideias e informações, relacionando-as entre si para se chegar à conclusão do que o autor está dizendo através da redação.
Ensina-se de forma errada quando se diz ao aluno que a argumentação é a forma como utilizamos o raciocínio para convencer alguém de alguma coisa. Isto não é verdade. A argumentação é a forma como utilizamos as informações que temos ou recebemos tentando justificar nossos pensamentos, ideias e opiniões sobre elas, sem precisar convencer quem quer que seja.
Numa redação, a lógica de argumentação não está relacionada exatamente à realidade, mas ao que é uma realidade segundo o ponto de vista ou as experiências pessoais do redator. Portanto, ao se avaliar uma redação feita numa prova por um aluno ou um participante um concurso público, vestibular, etc., não se deve levar em consideração a opinião exposta na mesma, mas a forma como ela foi argumentada. É o que queremos dizer quando dizemos que "toda opinião deve ser respeitada, desde que seja devidamente fundamentada".
Por isto, é importante que se forneça aos alunos as diferentes noções básicas de raciocínio. Há basicamente três tipos de raciocínio: o analógico, o indutivo e o dedutivo. No analógico, usa-se a comparação de uma situação conhecida com uma desconhecida. Este tipo de raciocínio deve ser para fundamentar o que considerar mais importante, destacar os elementos mais evidentes que relacionam as duas (ou mais) situações e inibir a existência de aspectos conflitantes.
O raciocínio indutivo se relacionam a diversos casos menores - ou, como diriam representantes do governo brasileiro, "casos isolados" - relacionando-os para se chegar a uma conclusão geral. A indução se torna mais forte quando há poucas possibilidades de um "caso isolado" ser conflitante com a premissa geral. Torna-se fraca quando ocorre o contrário, pois isto gera falta de sustentabilidade para a conclusão.
No raciocínio dedutivo, não são considerados os problemas que devem ser eliminados pela analogia e pela indução. Enquanto o raciocínio indutivo parte de cada caso específico para se chegar a uma conclusão geral, o dedutivo segue o mesmo caminho em sentido contrário: parte de uma premissa geral para pelo menos uma das específicas de cada caso. Seu objetivo é provar a veracidade de uma proposição através da veracidade de outras proposições. 

Fontes:
  • "Introdução à Lógica", de Irwing M. Copi - editora Mestre Jou
  • "Oficina de Redação", de Leila Lauar Sarmento - editora Moderna

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Saiba escolher as palavras com significados adequados para a redação

Não basta verificar 
o significado da palavra no dicionário.
É preciso escolher a palavra
com o significado adequado 
para a finalidade da redação.

Dizem que a Bíblia fala por metáforas. Sabemos que a Bíblia não fala, mas diz muitas coisas. "Falar" é comunicar-se através de palavras pronunciadas, não escritas. "Dizer" é informar, seja através da fala ou da escrita. Porém, quando dizemos que a Bíblia fala por metáforas, já estamos usando uma metáfora. 
"Metáfora" é o uso de uma palavra com um significado diferente do original. Cito aqui, como exemplo, um ditado popular:
- Neste barco eu não embarco. 
Um barco é um veículo de navegação por água (rio, mar, etc.). No ditado, a palavra "barco" assume como significado a possibilidade de problemas. Também o verbo "embarcar" tem como significado original "entrar num navio, num avião, num ônibus, etc., para viajar". No ditado, "não embarcar" significa "evitar um possível problema". Temos aí, então, duas metáforas numa mesma frase. Quando eu digo que a Bíblia "fala", estou usando o verbo "falar" com o significado de "dizer", o que também é um recurso metafórico. 
É por existirem muitas metáforas e significados diferentes que, mesmo não sendo metafóricos,  podem estar relacionados a uma mesma palavra, que é preciso ter muito cuidado com a escolha das palavras para uma redação. Nem sempre verificar o significado de uma palavra num dicionário é suficiente para decidir utilizá-la adequadamente. "Merenda", por exemplo, pode ser o alimento que as crianças levam para a escola, mas pode ser também o alimento é servido na escola ou, ainda, uma refeição leve depois do almoço e antes do jantar. "Membro" pode ser uma perna, um braço, uma asa ou uma perna de uma ave, ou ainda uma pessoa em relação a sua família, a uma tribo ou a uma associação, etc. O sentido original de "menina" é "criança do sexo feminino" mas, como metáfora, pode significar "mulher jovem", "mulher de aspecto jovem" ou "mulher bonita".
São várias as situações em que procuramos uma determinada palavra num dicionário e a encontramos com vários significados, todos diferentes entre si. Por isto, como a eficácia da comunicação depende muito mais dos significados do que simplesmente das palavras, saber escolhê-las e incluí-las na redação adequadamente é muito importante. É preciso ter certeza de que elas estão de acordo com o que o contexto da redação exige. 
O contexto pode ser verbal, situacional ou experimental. Numa redação, é sempre verbal por estar expresso verbalmente (por escrito), mas pode ser ao mesmo tempo situacional (quando relata algo de acordo com uma determinada situação) ou experimental (quando se relata na redação uma experiência pessoal, um fato ocorrido com o próprio autor do texto). Palavras fora do contexto nada significam, ficam sem sentido, e prejudicam muito o sentido de toda a redação. 
No próximo artigo, serão abordados o "sentido figurado" e a "linguagem figurada". Também voltarei a me referir às metáforas com mais detalhes. Enfatizarei os tipos de metáforas frequentemente mais usados numa redação. 


Referências: 

  • "Novo Manual de Português", de Celso Pedro Luft (Editora Globo)
  • "Mini-Dicionário Aurélio Buarque de Holanda" (Editora Século XXI)

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

A redação tem que ser curta, mas não tanto.

Ilustrações: Brasil Escola
Estas ilustrações retratam
a preocupação mais constante
dos alunos
e uma realidade
que eles têm que aceitar.



O erro mais comum que os estudantes de ensino médio cometem quanto à redação é preocupar-se principalmente com a forma de obter uma boa nota em redação. Para isto, tudo que eles precisam fazer durante a prova é uma revisão geral de seu texto, lendo-o com tranquilidade antes após terminá-lo e antes de entregá-lo, para que eles mesmos constatem possíveis erros e os corrijam enquanto há tempo. Há várias outras "dicas" sobre isto no Redafácil, mas esta não deve ser a preocupação principal.
Os alunos precisam entende que não se aprende a fazer redações para obter boas notas, e sim porque boas redações sempre será necessárias em muitos momentos ao longo da vida. Infelizmente, no ensino colegial e em vestibulares do Brasil, o que se ensina sobre redação se restringe a um ensaio dissertativo que ocupe no máximo uma página para avaliar a capacidade do aluno se comunicar através da escrita. Como resultado disto, muitos alunos acham que dois ou três parágrafos - ou mesmo apenas um - são suficientes para o desenvolvimento de uma boa redação.
Isto é um erro grave, pois o processo de aprendizagem de uma redação deve ser visto como um processo preparatório para, mais tarde, como profissionais, esses aprendizes lidarem com a necessidade de escrever redações mais complexas como as específicas de áreas como publicidade, jornalismo e as elaborações de roteiros, relatórios, monografias, etc. É a partir da aprendizagem durante o ensino médio que o aluno tem que ser preparado para lidar com redações acadêmicas (IIIIIIIVV e VI).
O aprendizado da redação descritiva é importante. Ela representa uma caracterização do autor da redação quanto a uma pessoa, um objeto, um fato, etc. Entretanto, a descrição não pode ser restrita a isto. Através dela, o autor deve transmitir ao leitor uma visão ou interpretação pessoal daquilo que descreve. Ou seja, sua argumentação. Para isto, ele precisa aprender desde já a lidar com a lógica da argumentação. Somente assim o aluno poderá aprender o principal fator a ser considerado desde já na fase da aprendizagem de redação: a diferença entre a descrição objetiva e a subjetiva. Isto leva o aluno à necessidade de ter uma boa noção sobre enunciação e contexto.
Para isto, o aluno precisa adquirir o hábito de ler muito. A leitura de revistas, jornais, livros, etc., o auxiliará muito no desenvolvimento do discernimento desses detalhes. cabe, porém, ao professor auxiliar seus alunos quanto à escolha dos livros mais adequados para isto. Cabe também ao aluno aceitar de que ele, muitas vezes, precisará deixar de lado a escolha sobre o que quer ler e aceitar o fato de que terá que ler o que não quer: jornais; revistas; notícias sobre política, economia, etc. Se possível, todos os dias. É desta forma que, além de manter-se bem informado, ele também estará lidando, como leitor, com uma imensa variedade de textos.  

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Só é possível "aprender" redação escrevendo e lendo muito.

O hábito de escrever e ler
deve ser incentivado pela família, em casa,
mesmo antes da criança
iniciar o período de alfabetização. 
Não se "aprende" redação;
desenvolve-se a técnica de redação. 


Foi por isto que eu coloquei, no título do artigo, a palavra aprender entre aspas. As pessoas aprendem a escrever e, a partir disto, com o passar do tempo, desenvolvem e melhoram as formas como se expressam através da escrita tal como acontece com a comunicação através da fala. Portanto, quem pensa que aprendeu a escrever quando era criança está enganado: o aprendizado da escrita começa na infância e se prolonga por toda a vida porque, em qualquer idioma, com o passar dos anos, surgem novas regras ortográficas (novas formas de se escrever as palavras), ocorrem algumas mudanças gramaticais e, além disto, dependendo da profissão escolhida, o adulto que se preparara para o exercício da mesma precisará se familiarizar com palavras especificamente relacionadas a ela, como alguns termos da medicina, termos técnicos, etc.
Mesmo independentemente das escolhas profissionais, a necessidade de se produzir uma ótima redação surgirá com muita frequência ao longo da vida. Portanto, é importantíssimo que pais, mães, avôs, avós, tios, tias, irmãos, irmãs, enfim todos os membros da família que puderem colaborar incentivem as crianças a adquirirem os sempre importantes e saudáveis hábitos de escrever ou pelo menos de tentar escrever e ler, mesmo antes antes de ingressarem no período escolar de alfabetização. O incentivo em família é fundamental para o bom desempenho na escola.
Entretanto, a participação da no período de aprendizagem de cada pessoa não deve se restringir ao período da infância. Ela é importantíssima também na adolescência e na juventude, principalmente para ajudar no desenvolvimento dos níveis de redação. A redação nada mais é do que um processo de desenvolvimento de um texto. Porém, ela precisa ser desenvolvida porque será fundamental, em muitos momentos na vida, para a elaboração de relatórios, documentos, preenchimentos de formulários, currículos, etc. Nas provas como as do Enem, vestibulares, concursos públicos, etc., as redação tem co objetivo de avaliar não somente a capacidade do candidato expressar-se por escrito, mas também seus níveis de conhecimentos específicos ou gerais. Portanto, ele também precisará escrever muito e ler muito para se manter sempre bem informado.
Lembre-se: quando eu digo "escrever", não estou dizendo "digitar". Apesar de hoje em dia utilizarmos muito o computador para redigir, é muito importante que as pessoas mantenham o hábito de escrever usando papel e caneta ou lápis para manter e aumentar a familiaridade com as palavras e as expressões escritas. Isto será muito importante para os momentos em que se fizer necessária também a oratória.

Veja mais "dicas" aqui: 




Só é possível "aprender" redação escrevendo e lendo muito.

O hábito de escrever e ler
deve ser incentivado pela família, em casa,
mesmo antes da criança
iniciar o período de alfabetização. 
Não se "aprende" redação;
desenvolve-se a técnica de redação. 


Foi por isto que eu coloquei, no título do artigo, a palavra aprender entre aspas. As pessoas aprendem a escrever e, a partir disto, com o passar do tempo, desenvolvem e melhoram as formas como se expressam através da escrita tal como acontece com a comunicação através da fala. Portanto, quem pensa que aprendeu a escrever quando era criança está enganado: o aprendizado da escrita começa na infância e se prolonga por toda a vida porque, em qualquer idioma, com o passar dos anos, surgem novas regras ortográficas (novas formas de se escrever as palavras), ocorrem algumas mudanças gramaticais e, além disto, dependendo da profissão escolhida, o adulto que se preparara para o exercício da mesma precisará se familiarizar com palavras especificamente relacionadas a ela, como alguns termos da medicina, termos técnicos, etc.
Mesmo independentemente das escolhas profissionais, a necessidade de se produzir uma ótima redação surgirá com muita frequência ao longo da vida. Portanto, é importantíssimo que pais, mães, avôs, avós, tios, tias, irmãos, irmãs, enfim todos os membros da família que puderem colaborar incentivem as crianças a adquirirem os sempre importantes e saudáveis hábitos de escrever ou pelo menos de tentar escrever e ler, mesmo antes antes de ingressarem no período escolar de alfabetização. O incentivo em família é fundamental para o bom desempenho na escola.
Entretanto, a participação da no período de aprendizagem de cada pessoa não deve se restringir ao período da infância. Ela é importantíssima também na adolescência e na juventude, principalmente para ajudar no desenvolvimento dos níveis de redação. A redação nada mais é do que um processo de desenvolvimento de um texto. Porém, ela precisa ser desenvolvida porque será fundamental, em muitos momentos na vida, para a elaboração de relatórios, documentos, preenchimentos de formulários, currículos, etc. Nas provas como as do Enem, vestibulares, concursos públicos, etc., as redação tem co objetivo de avaliar não somente a capacidade do candidato expressar-se por escrito, mas também seus níveis de conhecimentos específicos ou gerais. Portanto, ele também precisará escrever muito e ler muito para se manter sempre bem informado.
Lembre-se: quando eu digo "escrever", não estou dizendo "digitar". Apesar de hoje em dia utilizarmos muito o computador para redigir, é muito importante que as pessoas mantenham o hábito de escrever usando papel e caneta ou lápis para manter e aumentar a familiaridade com as palavras e as expressões escritas. Isto será muito importante para os momentos em que se fizer necessária também a oratória.

Veja mais "dicas" aqui: 




quarta-feira, 17 de junho de 2015

Por que a redação é tão importante numa prova?

Dependendo do critério dos organizadores,
uma página de redação entregue assim
pode anular toda a prova.

A nota zero numa redação
não significa apenas apenas 
falta de preparo para fazer uma redação:
significa falta de preparo para a vida.

Quando a página de redação numa prova é deixada em branco, isto pode causar a anulação de toda a prova. Entretanto, raramente os organizadores alertam sobre isto. Por que eles não avisam? Porque cabe ao participante das provas (Enem, vestibular, concurso público, etc.) ter a noção de que a redação é a parte mais importante da prova. É através dela que ele demonstra sua capacidade de se comunicar de forma adequada. Quem não se comunica adequadamente por escrito também tem dificuldade de se comunicar numa entrevista para emprego, durante uma conversa formal ou mesmo informal, e demonstra também ter dificuldade de diferenciar os momentos em que, numa comunicação ou numa simples informação (comunicação é a troca de informações entre duas ou mais pessoas), a informalidade não causa problemas e a formalidade é necessária.
É importante que o participante de uma prova demonstre que sabe escrever corretamente, e por isto os cuidados com a ortografia e as regras gramaticais são necessários. Entretanto, esses cuidados não são os mais importantes. Não basta mostrar bom nível de conhecimento e domínio da língua portuguesa ou seja qual for o idioma. O mais importante é demonstrar uma vasta cultura geral através de um raciocínio concludente, e isto só pode comprovado através da redação. Por outro lado, observem bem: eu não disse que os cuidados com a forma correta de escrever as palavras e com a gramática não são necessários. Eu disse que a demonstração da forma de se comunicar pela escrita é extremamente importante, mas a obediência às regras ortográficas e gramaticais também é, pois os erros cometidos na escrita e na gramática podem dificultar o entendimento da mensagem por parte de quem a lê. Se isto ocorrer por descuido quanto à escrita, não será porque o leitor não teve capacidade de compreensão, será porque os erros do redator o induziram à incapacidade de compreender.
Os temas propostos nas provas podem ser assuntos cotidianos, algo que esteja em evidência na mídia nacional, ou simplesmente temas que pareçam abstratos, "indecifráveis" (nenhum tema é de fato indecifrável), aparentemente - apenas aparentemente - sem relação com o participante da prova. No entanto, essa aparência é proposital. É através dela que se mede o grau de interesse do participante da prova em estar sempre buscando ser uma pessoa bem informada sobre o que acontece no mundo. Num mundo cada vez mais globalizado, isto é extremamente importante. O mundo está se transformando numa espécie de nação única, através da união entre países formando blocos econômicos, e da relação cada vez mais estreita entre esses blocos econômicos. Isto envolve questões políticas, culturais, econômicas, etc., sobre as quais todos nós somos obrigados a estar constantemente bem informados. Portanto, numa redação, anota zero ou qualquer nota que não seja muito boa não é preocupante apenas em relação à prova; ela é a comprovação do despreparo para a vida. 

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

"Dicas" para se Preparar para Redação Empresarial em Processos Seletivos

No "mundo empresarial",
não se pode desperdiçar tempo. 
Por isto,
em processos seletivos, 
a redação empresarial é um dos quesitos mais importantes. 


Lembre-se que "redação empresarial" não é o mesmo que "carta comercial"; a carta comercial é um dos vários tipos de redação empresarial.  Entre os outros estão o memorando, o ofício, o parecer, etc. Se você está pensando em participar de concursos públicos e outros tipos de processo seletivo, é importantíssimo que você domine pelo menos algumas técnicas de redação empresarial. O ideal é que você faça um curso específico para aprender tais técnicas. Melhor ainda seria que essas técnicas fizessem parte do currículo do ensino médio, mas no Brasil, infelizmente, esperar isto do sistema ensino é esperar demais. 
Essas redações fazem parte da rotina de atividades desenvolvidas numa empresa, num órgão público, etc. Isto exige a formalização da escrita. Nas provas, elas servem para medir o grau de formalização da escrita do candidato para verificar se ele está apto a se comunicar ou prestar informações através da redação de forma adequada sempre que isto for necessário, seja para correspondência interna ou externa.
Esta exigência se faz necessária porque o empregador não dispõe de tempo suficiente para, no caso do candidato a emprego ser contratado, decifrar mensagens dificultadas por frases mal construídas, expressões inadequadas, pontuações erradas, etc.  Portanto, já na prova, não basta que o candidato escreva corretamente; ele precisa escrever corretamente e de maneira adequada para o que o tipo de redação se destina. Ele precisa também estar atento a todos os pormenores relacionados à linguagem culta. Isto quer dizer que, além de estudar técnicas de redação específicas, precisará se dedicar muito ao estudo da gramática. 

Ilustração: Arquivo Google.

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Nunca deixe de fazer redações com caneta ou lápis.

O hábito de escrever
"à moda antiga"

faz bem à saúde.


Mesmo que as razões profissionais e as exigências da vida atual nos obriguem a digitar textos, temos que manter o velho é sempre saudável hábito de escrever sobre papel, usando lápis ou caneta. Isto é importantíssimo para a preservação da saúde mental. Aliás, eu até já publiquei um artigo sobre isto aqui. Estudos mais recentes revelaram também que o hábito de escrever desta forma ajuda você a desenvolver sua capacidade de memorização. Se ela ainda é boa, tornar-se-à ainda melhor enquanto enquanto você mantiver o hábito. Se puder mantê-lo diariamente (pelo menos meia  hora por dia), melhor ainda. 
Segundo os especialistas, a "era digital" nos obriga a digitar mensagens e outros conteúdos nos exercícios de nossas funções profissionais e em outras situações durante o trabalho ou mesmo em casa, mas a preservação do hábito de "escrever à mão" é fundamental. O hábito de "escrever" apenas usando o celular ou o computador prejudica a assimilação de conteúdo, o que confirma o que foi dito pelo especialista brasileiro Paulo Henrique Lyma (leia o artigo ao qual me referi no parágrafo anterior). Entretanto, os benefícios da escrita com o uso da caneta ou do lápis não se limitam a isto.
Estudos mais recentes confirmam o que já foi dito antes e acrescentam que quando se trata de aprendizagem (é muito importante que os estudantes estejam atentos a isto), o hábito de escrever resumindo os conteúdos apresentados pelos professores durante as aulas e também enquanto estudam em casa é importante para facilitar a memorização dos conteúdos estudados e principalmente para preservar as boas condições do cérebro. As descobertas mais recentes revelaram que o hábito de escrever (e não "digitar") ativa a área cerebral que transforma ideias em significados. Numa redação numa prova como o Enem, por exemplo, isto é importantíssimo para resolver o problema da dificuldade na argumentação. Isto também facilita para que a pessoa que lerá a redação (no caso da prova, a pessoa que a corrigirá) decodifique a mensagem mentalmente com mais facilidade.
Eu sempre recomendo que, em casa, você faça uma redação sobre o tema que você quiser pelo menos uma vez por dia. Lembre-se: o tema que você quiser não é simplesmente um tema do qual você gosta. Tem que ser preferencialmente aquele que você percebe que atualmente está entre os mais polêmicos, os mais debatidos através da imprensa e pela sociedade em geral. Quando você faz uma redação, presume-se que ela seja dirigida a quem a lerá; portanto, tem que ser sobre algo de interesse geral, não pessoal. Além disto, a escolha do tema desta forma revelará se você é uma pessoa bem informada sobre o que está ocorrendo no mundo atual, o que é importantíssimo para que você se prepare para viver num mundo cada vez mais globalizado.
Faça sua redação em casa preferentemente usando o lápis e a borracha. É preferível evitar o uso da caneta porque, ao concluí-la, você mesmo deverá lê-la para verificar possíveis erros, palavras mal empregadas, etc., e fazer as devidas correções para o que chamamos de "texto final", que é a redação totalmente pronta. Peça para alguém em casa lê-la e dizer a você o que entendeu quanto ao que leu. É claro que a opinião dessa pessoa terá que ser a mais sincera possível. De outra forma, ela não estará lhe ajudando. Se a interpretação dela for equivocada quanto ao que você quis dizer no texto, refaça a redação de outra forma, não necessariamente no mesmo dia, mas quando isto for novamente possível, e peça a esta e outras pessoas para que a leiam novamente. Isto lhe ajudará a perceber de que maneira você melhorou quanto à sua comunicabilidade. Para entender isto melhor, leia este artigo sobre o que é a comunicabilidade e como o seu grau de comunicabilidade se revela através de uma redação. 

terça-feira, 29 de setembro de 2015

O que são "recursos linguísticos"?

Há vários recursos linguísticos, 
mas é necessário
saber escolher
os mais adequados. 


Para isto, é muito importante que quem faz uma redação saiba o que é um recurso linguístico. Esses recursos são elementos diferentes tipos e gêneros textuais, mas é necessário ter o cuidado de observar a escolha mais adequada para o tipo de redação, o tema que será abordado e as ideias que o autor pretende propor. Escrever bem exige muito exercício, desenvolvimento de técnica e muita dedicação. Comete um grave engano quem pensa que, num concurso público, por exemplo, o nível de redação é menos importante do que a demonstração do conhecimento do cargo ao qual concorre. Neste caso, a redação, como acontece no vestibular e no Exame Nacional de Ensino Médio, tem o objetivo de revelar o grau de comunicabilidade do candidato. O melhor nível possível de comunicabilidade é fundamental para o desempenho de qualquer função no exercício de um emprego o mesmo de trabalho por conta própria. 
Para comprovar seu grau de comunicabilidade, tanto o participante do Enem como o de um vestibular ou concurso público precisam revelar domínio de recursos linguísticos. Redigir um texto de forma correta e ao mesmo tempo clara e objetiva é indispensável para o sucesso nas provas e na vida. Em primeiro lugar é preciso lembrar que "texto objetivo" não é o mesmo que "texto curto. Uma redação objetiva é uma redação que apresenta ideias de forma clara, concisa, bem definida. 
Uma coisa é certa: a dificuldade para escrever vem principalmente da falta de hábito da leitura. Quem lê pouco sempre escreverá mal. Bons escritores são sempre bons leitores porque, para escreverem bem, sempre leem muito. Se você acha que lê muito mas tem dificuldades em redação, é porque você não lê tanto quanto diz ou pensa que lê. Ler não é uma questão de apenas "gostar de ler", é um hábito muito necessário para todas as pessoas. Quem lê pouco, lê mal e escreve ainda pior. Não se aprendem recursos linguísticos através de um curso ou de uma disciplina exclusiva. Na disciplina "Língua Portuguesa", aprendem-se regras gramaticais, ortografia, etc., mas os recursos linguísticos são adquiridos e desenvolvidos através da convivência e da comunicação  com outras pessoas, de muita leitura e e também da preservação do hábito de escrever sempre que for possível. Por outro lado, em sala de aula, o professor tem a obrigação de pelo menos orientar os alunos sobre como escolher os recursos linguísticos mais adequados para determinadas ocasiões. Se o professor não faz isto, o aluno deve exigir que ele o faça.
Entre os muitos recursos existentes, há, por exemplo, a inclusividade. É uma técnica utilizada para distinguir pronomes pela qual a primeira pessoa do plural, "nós", apresenta duas formas: a inclusiva (eu e você; eu e vocês) e a exclusiva, na qual a pessoa que fala se insere mas exclui alguém. Para explicar isto de uma maneira mais fácil, digamos que a inclusiva seja "nós" e a exclusiva seja "nós outros". 
Há também o registro linguístico. É um tipo de linguagem seletiva para adaptar uma expressão a um determinado grupo de pessoas ou a uma determinada situação. Neste caso é preciso ter o cuidado de fazer as escolhas léxicas e sintáticas corretas dentro do tom de do grau de linguagem mais adequados, pessoal e principalmente formalmente. Na redação, a distinção entre a linguagem formal e a informal é fundamental para se obter uma boa avaliação numa prova - e na vida. Para entender melhor a necessidade de um bom nível de conhecimento desses recursos, leia aqui.