quarta-feira, 17 de outubro de 2018

"Fake News" podem ser temas para redação no Enem 2018.

A expressão "Imprensa Marrom"
foi substituída 

pela expressão "Fake News".
Este ano, principalmente por causa das eleições, as "fake news" ou "notícias fake" têm ocupado grandes espaços nas redes sociais online e em meios de comunicação como o WhatsApp e o Messenger. Até há alguns anos, as notícias falsas ou sensacionalistas eram conhecidas como "imprensa marrom". "Fake News" é mais uma dessas expressões da língua inglesa que cada vez mais estão sendo introduzidas no nosso vocabulário popular, principalmente quando se trata de algo relacionado à comunicação via Internet, e as influências que elas causam, os intensos debates e as críticas contra elas as tornam um tema com grande possibilidade de ser sugerido para as redações do Exame Nacional de Ensino Médio deste ano.
"Imprensa marrom" foi uma expressão que começou a ser muito usada na década de 1970. Refere-se à distribuição deliberada de boatos, informações mal interpretadas e também informações falsas via jornais, revistas, televisão, rádio e, agora, também via Internet. Atualmente as expressões mais usadas para isto são "fake news" e "notícias fake". Essas informações são compartilhadas por pessoas que simplesmente acreditam nelas, mas criadas e manipuladas através de postagens feitas por alguém que as tenha interpretado equivocadamente ou tenha a real intenção de difamar alguém ou alguma organização. No Messenger e no WhatsApp, elas vem acompanhadas de alertas sensacionalistas, tais como "Urgente! Todos os seus amigos precisam saber disto.", "Veja este vídeo antes que ele seja excluído.", etc. Na maioria dos casos o conteúdo é falso.
O acesso fácil a anúncios online também contribui muito para a divulgação de informações falsas. Por isto, é necessário que o internauta tenha o máximo cuidado antes de clicar em anúncios. A quantidade de sites de notícias, anonimamente hospedados, veiculando notícias falsas, cresce muito, e as pessoas que compartilahm essas informações dizem, às vezes: "não sou autor da informação, ela está no site tal", mas quem compartilha divulga a informação e se torna culpado por isto. 

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

O Contrato de Risco

Este pode ser
um tema para redação
no Enem.


Se você é um estudante de nível médio e participará do Enem este ano, talvez você já tenha ouvido falar em contratos de risco, mas... tem certeza de que sabe o que é um contrato de risco? É importante saber, e isto tem três motivos importantes: pode ser um tema para redação no Enem e/ou no vestibular. O terceiro motivo: conhecer um pouco sobre isto poderá ser muito importante na sua vida profissional. Portanto, procure aprender desde já.
Um contrato é um pacto estabelecido entre duas ou mais pessoas, duas ou mais empresas, etc., que são obrigadas a cumprir um acordo feito sob determinadas condições. É um vínculo jurídico que estabelece responsabilidades das partes envolvidas para estabelecer uma regulamentação de interesse mútuo. O contrato de risco é muito comum quando se trata, por exemplo, da contratação de uma prestação de serviço.
Nesse tipo de acordo, o contratado (pode ser uma pessoa física ou uma empresa) presta ou realiza um serviço com investimentos necessários para a atividade, mas abre mão, pelo menos temporariamente, de remuneração na esperança de obter participação em lucros futuros. O contratante fica isento de responsabilidade quanto ao fracasso do negócio. Ou seja: cabe ao contratado assumir os riscos.
É claro que este é apenas um conceito básico. Sugiro aos estudantes que peçam apoio dos profesores para saber mais a respeito. Também pesquisem sobre o assunto em livros e enciclopédias. Há muitas enciclopédias que oferecem páginas gratuitas pela Internet, e outras informações sobre este tema podem ser encontradas em muitas delas.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Compreensão, Entendimento e Interpretação

Ilustração do autor do texto.
São três palavras correlatas,
mas com significados específicos.

Geralmente essas três palavras são interpretadas como sinônimas. Entretanto, é preciso estar atento ao contexto em que elas são inseridas para empregá-las adequadamente.
Há muita diferença, por exemplo, entre compreender e entender um texto lido. A compreensão requer questionamento, especulação, perguntas, buscas por respostas. O entendimento é a nossa capacidade de avaliar o que compreendemos. O entendimento não é o mesmo que compreensão, mas requer a compreensão. A capacidade de comreender requer fatores como a capacidade de pensar, compreender, inteligir e formar uma opinião. "Inteligir" é aprender através do pensamento e do raciocínio. "Raciocinar" é obter conclusões através da razão.
"Interpretação" é a capacidade de obter conclusões. A interpretação de um texto, por exemplo, é a obtenção de conclusões através da leitura. "Interpretar" é determinar o significado do que precisa ser compreendido. É descobrir o significado de algo (um símbolo, uma palavra, uma metáfora, etc.).

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

O Custo Brasil

O mais importante
é saber 
o que isto causa para você e sua família
no final do mês.

Ultimamente a expressão "custo Brasil" tem sido muito usada nas noticías sobre economia. Nem todas as pessoas sabem o que ela significa, mas todas precisam saber o custo Brasil influencia no que acontece com as condições financeiras das pessoas e das famílias. Por isto, procurei para esta postagem uma ilustração que pudesse representar bem o conteúdo deste artigo, e esta, da Extrapauta, foi a que considerei a melhor entre as que encontrei: uma moeda de R$ 1,00 cujos pedaços parecem ter sido arrancados com mordidas.
"Custo Brasil" é uma expressão genérica referente a um conjunto de dificuldades que encarecem o investimento no Brasil e, evidentemente, desestimulam os investidores estrangeiros. Isto dificulta o desenvolmento do país, contribui para o aumento do índice de desemprego, faz muitos desempregados buscarem o trabalho informal como alternativa para fonte de renda e gera sonegação de impostos e evasão de divisas. "Divisas", neste caso, são cheques, ordens de pagamento ou outros documentos bancários cujos valores podem ser convertidos em moedas estrangeiras. Também são chamadas "divisas" as próprias moedas usadas em transações comerciais. "Evasão de divisas" é um crime financeito pelo qual essas divisas são enviadas a outros países sem que isto seja declarado ao órgão ou instituição federal competente (o Banco Central, por exemplo). Tentarei explicar resumidamente o que é o custo Brasil e por que e como isto acontece, baseando-me em explicações dadas por economistas.
Os fatores que levam um país a ser comparado a outros países quanto à situação econômica são baseados em características regionais, geográficas e, evdientemente, comerciais. Esses fatores revelam o grau de potencialidade do mercado interno e a variedade de recursos naturais e não naturais que possam contribuir para isto. Também são levadas em consideração as dimenções dos espaços geográficos. O Brasil tem recursos naturais e geográficos que bem poderiam contribuir para seus desenvolvimento econômico, mas enfrenta problemas graves que exigem superação imediata: sistema educacional de baixa qualidade e aqueles relacionados à alimentação, saúde, saneamento básico, etc. Por muito tempo, o país teve que conviver com taxas altíssimas de inflação que agravaram os problemas de distribuição de renda. Complicando ainda mais a situação, o país acumulou no mesmo período uma dívida externa enorme. Isto fez muitos investidores estrangeiros desistirem de investir no Brasil. Durante a década de 1980, a redução no crescimento econômico foi absurda. Houve uma certa reação positiva na década seguinte, principalmente por causa do Plano Real, que entrou em vigor em 1994 como tentativa de estabilizar a inflação em níveis baixos. Entretanto, ocorreram outros fatores positivos e negativos depois disto. Em 2013, o país entrou numa recessão profunda cujos efeitos ocorrem até hoje. É aí que entra em cena o que se chama "custo Brasil".
Trata-se de um conjunto de custos de produção que dificultam as condições para que produtos brasileiros sejam colocados no mercado internacional e, ao mesmo tempo, dificultam as condições de competição dos produtos brasileiros colocados no mercado internacional com produtos similares de outros países. Esses custos são relacionados a aspectos legais, institucionais, tributários, infarestruturais, etc. Entre os aspectos legais, há a legislação trabalhista, que gera encargos sociais. Entre os problemas institucionais, um dos principais é o excesso de burocracia para a instalação de empresas no país e para a exportação de produtos. Os entraves tributários são principalmente os excessos de impostos. Os problemas infraestruturais incluem o péssimo estado de conservação de rodovias, de ferrovias, de hidrovias, nos sistemas de comunicação e na ineficiência nos portos e aeroportos. Os custos de tudo isto e os gerados por vários outros problemas geram um total que é o que se chama "custo Brasil".

terça-feira, 2 de outubro de 2018

A Polarização Política

Primeiramente,
saiba o que é
"polarização".

Quando alguém diz que a eleição deste ano no Brasil será "polarizada", parece não perceber que está dizendo algo óbvio demais: a polarização política nunca deixa de existir, seja num ano eleitoral ou não.  Portanto, para você ter certeza de que está usando o verbo "polarizar" adequadamente, preste atenção ao significado da palavra "polarização".
"Polarização" é o estabelecimento de um grau de comparação entre dois ou mais extremos diferentes. Na física, por exemplo, há a expressão "polarização eletromagnética", que se refere a uma medida para orientar vetores dos campos elétrico e magnético. Quando se trata de divergências entre pessoas ou grupos de pessoas, a polarização é uma concentração de interesses alinhados entre si, mas em extremos opostos. Quando se trata de política, o sentido de "polarização" é o do segundo exemplo aqui citado: o que envolve grupos de pessoas e suas divergências de interesses.
A polarização política se evidencia pelas discussões que revelam evidências em seus extremos idológicos (veja aqui o que é "ideologia"). As discussões estabelecem uma polarização no contexto de grupos como os partidos políticos e/ou admiradores de partidos e/ou candidatos. Nessas situações, pessoas ligadas a dois extremos principais ("esquerda" e "direita") se sobressaem muito mais do que as assumem as chamadas "posições moderadas" ou "do centro".
Em análises mais profundas, como as feitas pelos cientistas políticos, são avaliados os sistemas das ornaizações e dos processos políticos. Isto faz com que a polarização envolva um estudo da estrutura política e de suas mudanças em comparação com as mudanças dos próprios processos políticos. Isto inclui todos os sistemas políticos - ou seja, tudo que se refere a esses sistemas: segurança, justiça, direitos civis, etc.
A "polarização" à qual as pessoas se referem nas redes sociais como o Facebook é simplesmente uma intensa discussão de divergências de opinião sobre ideologias, preferências por candidatos, etc. Esta não ocorre apenas quando há uma eleição; ocorre sempre, inclusive fora da Intenet, em muitos momentos na vida.  

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Coisas que o Eleitor Precisa Saber

A honestidade dos candidatos
é importante
mas não é suficiente.

No dia 7 do próximo mês, os eleitores brasileiros terão que comparecer às suas respectivas zonas eleitorais para escolher os candidatos às eleições para os cargos de presidente e vice-presidente da República, governadores e vice-governadores dos estados, deputados estaduais e federais e senadores. Muitos são os eleitores preocupados em contribuir para eliminar a corrupção política. Para isto, precisam saber o que é corrupção e quais são os tipos de corrupção mais comuns. Sobre isto, leia aqui e aqui.
A honestidade dos candidatos é muito importante, mas há outra coisa ainda mais importante: a capacidade do candidato exercer as funções do cargo que pretende ocupar. Para isto ele precisará ter talento e vocação. A vocação é uma vontade muito forte de realizar uma atividade. O talento é a capacidade natural de realizá-la. Para ser bem sucedido nessa atividade, o candidato precisa ter as duas coisas. Portanto, não basta o eleitor votar num candidato por este ser alguém da família ou um amigo: é preciso ter certeza de que essa pessoa tem o talento e a vocação necessários para isto. Para saber se seus candidatos preferidos têm capacidade para exercer as funções que terão que cumprir se forem eleitos, o eleitor precisa saber quais são essas funções. 
Ao escolher seu candidato a presidente da Repúblia (o presidente do país), é preciso que o eleitor saiba quem é o candidato a vice-presidente junto com ele. O eleitor tem que saber que o voto para o candidato a presidente também contribui para a eleição do vice-presidente. O mesmo acontece no caso da eleição para governador e vice-governador do estado. Se você é eleitor, observe se os candidatos a vice-presidente e vice-governador são pessoas que você gostaria que governassem o país e o estado. Isto porque se seus candidatos favoritos para a presidência da República e a governadoria do estado forem eleitos, são seus respectivos "vices" que governarão o país e o estado quando os candidatos eleitos tiverem que ser substituídos.
O candidato a presidente da República promete realizar muitas coisas que, segundo ele, beneficiarão a população do país. Entretanto, para que as intenções do presidente se realizem, muitas delas terão que ser avaliadas e aprovadas pelos parlamentares federais (deputados federais e senadores). Também as realizações prometidas pelo candidato a governador do estado dependerão de aprovações dos deputados estaduais.
O presidente da República é o chefe do Poder Executivo federal. Os deputados federais são membros da Câmara Federal. Os senadores são membros do Senado. A Câmara Federal e o Senado são partes do Congresso Nacional, que executa o Poder Legislativo federal. O governador do estado é o chefe do Pode Executivo estadual. O Poder Legislativo estadual é exercido pela Assembleia Legislativa, que é composta pelos deputados estaduais. Para saber quais são as atribuições básicas dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, leia aqui.

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

"Eleição" e "pleito" não são a mesma coisa.

É preciso saber
a diferença entre
a eleição
e a concorrência
à eleição. 



"Eleição" e "pleito" são duas coisas diferentes. A concorrência à eleição é que é um tipo de pleito: o pleito eleitoral. O pleito é uma mensão a uma disputa. Por exemplo: num concurso público, ocorre o pleito entre os concorrentes a vagas para emprego. Num vestibular, há o pleito entre os candidatos a vagas num curso de nível superior. No caso do pleito eleitoral, a disputa é por vagas em cargos políticos. Isto significa que o verbo "pleitear" tem o mesmo significado dos verbos "concorrer" e "disputar".
Existe também o pleito contratual. Este é um pleito em que é solicitada a inclusão de uma determinada condição num contrato. Isto costuma ocorrer com certa frequência em contratos para serviços de construção civil: por exemplos, a adição de um novo serviço ou a solicitação de aumento do prazo para a conclusão do serviço já previsto. Portanto, "pleito" é uma palavra usada para se referir a demandas ou disputas. A eleição é o resultado do pleito já realizado.
O pleito eleitoral é a concorrência entre os candidatos aos cargos políticos - no Brasil: presidente e vice-presidente da República, governadores e vice-governadores dos estados, parlamentares federais (deputados federais e senadores), parlamentares estaduais (deputados estaduais), governantes municipipais (prefeitos e vice-prefeitos) e parlamentares municipais (vereadores). Este ano, as vagas disputadas serão para presidente e vice-presidente da República, governadores e vice-governadores dos estados e parlamentares federais e estaduais. Portanto, haverá vários pleitos ao mesmo tempo: um para cada cargo. As eleições - ou seja, os resultados desses pleitos - serão confirmadas após o escrutínio (contagem minuciosa dos votos).