quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Os Vários Significados de "Configuração"

É uma das palavras
mais usadas em informática,
mas seus significados
não se restringem 
a essa área.

Os usuários de computadores. celulares, etc., frequentemente se deparam com mensagens como "aprenda a configurar seu e-mail", "como configurar sua agenda eletrônica", "faça a configuração de seu navegador", etc. Por sua vez, em frequentes discursos, muitos políticos mencionam a situação política ou econômica que se configura no país. Isto certamente trás a muitos estudantes e a outras pessoas dúvidas com relação ao emprego mais adequados da palavra "configuração" e do verbo "configurar" em redações e em determinadas situações.
"Configuração" tem vários sinônimos: aparência, aspecto, formato, feitio, disposição, etc. No entanto, é preciso saber que "sinônimo" não é o mesmo que "significado". "Sinônimo" é uma palavra com mesmo significado de outra. "Significado" é uma explicação do sentido de uma palavra ou expressão. A palavra "significado" também tem como seu próprio significado a importância de uma palavra, uma expressão ou uma frase em relação às outras na mesma redação.
Analisando-se o significado de cada um dos sinônimos de "configuração", concluem-se os significados da própria palavra e do verbo "configurar". Quando se trata de "aparência" ou "aspecto", refere-se à imagem de algo, ao que é mostrado ou ao que interpretamos de acordo com o que vemos ou percebemos. Quanto ou formato ou feitio, tem o mesmo significado de aparência ou aspecto. Em produtos gráficos, representa as dimensões e a aparência de um impresso que pode ser um panfleto, um livro, um jornal, uma revista, etc.
Se você criar um blog, na página que surgirá para você montá-lo, surgirão orientações para você configurar o seu blog. Isto significa que você determinará, dentre as opções que lhe serão dadas, quais serão as que você executará para definir a aparência do seu blog. Quando alguém fala sobre a forma como a situação política, social ou de qualquer outra natureza "se configura", está se referindo a sua própria opinião sobre essa situação.
Tudo isto significa que, em resumo, "configuração" pode ser uma aparência física, um planejamento, a diagramação de um impresso, a interpretação pessoal de um fato, ou qualquer outra coisa relacionada a aparências, pontos de vista ou interpretações. Na área empresarial, existe a expressão "gerenciamento de configuração" (GC), que é o registro e a atualização detalhada de informações sobre a empresa para estabelecer o desempenho de seus produtos, de suas funções, etc., principalmente - mas não somente - através da informática.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

"Arbitração" ou "Arbitragem"?

As duas palavras
estão corretas,
mas nem sempre
são empregadas corretamente.

Certa vez, num evento sobre justiça, do qual eu participava, o palestrante mencionou a palavra "arbitração". No auditório, uma pessoa que estava sentada ao meu lado comentou junto ao meu ouvido: "Ele disse 'arbitração'. A palavra correta é 'arbitragem'". Eu evitei dar algumas explicações àquela pessoa porque aquele não era o momento adequado para isto. Se assim o fizesse, eu estaria deixando de prestar atenção à exposição do palestrante e causaria incômodos a outras pessoas que estavam ali por perto. Atualmente, em tempos de crise política, muitos julgamentos veiculados pela televisão, muitos debates via Internet, etc., percebo muita geente usando as duas palavras, mas muito mais "arbitragem" do que "arbitração". Porém, pergunto-me se a maioria dessas pessoas realmente conhecem seus significados ou apenas as repetem só porque as têm ouvido ou lido muito ultimamente.
Por esses temas estarem ainda em franca evidência, e por este ser um ano eleitoral no Brasil, é bem provável que eles sejam, até com certa frequência, temas propostos para muitas redações. Neste caso, saber usar as duas palavras de forma que estejam de acordo com o contexto é fundamental. As duas existem, são corretas, mas o cuidado na forma de utilizar utilizar estas, como quaisquer outras palavras, é muito importante. Esta, por exemplo, é uma situação em que o futebol ajuda a compreender melhor.
Os torcedores de times de futebol já estão muito familiarizados com a palavra "árbitro" e a expressão "trio de arbitragem". Eles sabem que o trio de arbitragem é o conjunto formado por três pessoas: o árbitro principal, que é o "juiz" da partida, e seus árbitros auxiliares, que são os "bandeirinhas". Eles têm como função a aplicação das regras do futebol durante um jogo. Ou seja: praticam a arbitragem durante o jogo. Em se tratando de tudo que se refira a questões judiciais, "arbitragem" é a função atribuída aos juízes, que também podem ser chamados de árbitros.
A arbitragem é o método utilizado pela Justiça para a resolução de conflitos judiciais. Entretanto o termo é mais usado em caso de situações informais, mas com procedimentos escritos e regras definidas por órgãos arbitrais. A sentença arbitral tem o mesmo efeito de qualquer sentença judicial, sendo o cumprimento da decisão obrigatório para todas as partes envolvidas. A arbitração é o julgamento realizado por um árbitro. Em outras palavras, é o mesmo que "arbitragem". Também pode ser usada com o mesmo significado a palavra "arbitramento". 

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Estabeleça Limites no Uso do "Internetês"

Temos que impor limites
sobre todos os hábitos
que adquirimos.
Inclusive quanto ao uso
do "internetês".

"Internetês" é um neologismo. "Neologismo" não é o uso de uma palavra que não existe gramaticalmente, é o nome que se dá ao fenômeno do surgimento de novas palavras em função de mudanças de comportamento ou devido a influências. "Internetês" é o nome que tem sido dado à "linguagem" usada principalmente pelos jovens e adolescentes que se comunicam através da Internet. Ocorre que muitos deles estão usando esse tipo de linguagem em seu dia-a-dia também fora da Internet e até em redações no Exame Nacional de Ensino Médio. Eles parecem não ter noção do quanto isto pode ser potencialmente prejudicial às suas próprias vidas. 
Ontem, ao abrir a página de pesquisas do Yahoo, vi que alguém expôs a seguinte pergunta: "Por que tanta gente está escrevendo 'mais' ao invés de 'mais'?". As respostas eram várias, mas todas elas relacionadas ao "internetês". A maioria dos que responderam parecia ser constituída por jovens demonstrando preocupação com o excessivo uso da "linguagem da Internet". Alguns chegaram a destacar essa preocupação pelo fato de que seus amigos a estão usando também "fora da Internet" (isto é, em outros momentos da vida). Eles têm razão em estar preocupados com isto. "Excesso" significa "além dos limites necessários", "abuso"; portanto, tudo que é excessivo é abusivo e, consequentemente, prejudicial.
É preciso estabelecer limites quanto ao uso das palavras abreviadas ("pq" ao invés de "por que" ou "porque", "nd" substituindo "nada", etc.) até mesmo durante o uso na própria Internet. O uso desses recursos demonstra que a maioria dos que o usam tem mesmo "preguiça" para escrever corretamente. Eles alegam que o objetivo é transmitir a mensagem de forma rápida, mas a maioria deles passa uma hora ou mais usando a Internet. Portanto, têm tempo de sobra para digitar e para ler as palavras corretas.
O problema quanto ao uso da palavra "mais" em substituição" é que, neste caso, não se trata apenas do uso do uso do Internetês. Trata-se da troca de palavras com significados diferentes. "Mais" é uma palavra que representa uma soma, uma adição, um acréscimo. Exemplos:
- Eu trouxe mais um amigo para o nosso grupo.
- Eu sei mais sobre isto do que vocês imaginam.
- Este é mais um problema que teremos que resolver.

A palavra "mas" é uma preposição adversativa. Ele representa uma contrariedade, uma condição contrária, uma oposição. Exemplos:
- Eu pretendia ir ao cinema ontem, mas tive que estudar para a prova de hoje.
- Eu quero comprar este computador, mas ele está muito caro.

Quando você substitui "mas" por "mais", você substitui uma palavra com um significado por outra palavra com outro significado. Embora isto não lhe pareça à primeira vista, isto muda totalmente o sentido do que você está querendo dizer: ao invés de justificar um impedimento ou demonstrar uma adversidade, você está adicionando um complemento como se representasse uma soma. Mesmo que o leitor perceba que você quis dizer "mas", o que você fez de fato foi uma adição à informação, não uma explicação justificando um impedimento, e isto dá ao leitor o direito de ter dificuldade quanto à interpretação.
De uma forma geral, o uso do internetês ("naum" ao invés de "não", e as palavras "abreviadas" sem necessidade: "pq", "nd", etc.) é aceitável se você estiver usando o Messenger ou o WhatsApp, e mesmo assim apenas se estiver se relacionando com alguém com quem você tenha muita intimidade. Se você fizer uma postagem ou um comentário num blog, é recomendável que escreva de forma rigorosamente correta, pois as pessoas que lerão seu texto não são obrigadas a entender o que você digita como você quiser ao invés de digitar corretamente. Se você usa o Internetês numa redação no Enem, no vestibular ou num concurso público, perde pontos exatamente porque um dos objetivos da redação nessas provas é verificar sua capacidade de escrever corretamente.
As regras ortográficas têm que ser rigorosamente seguidas em todos os momentos da sua vida. Em primeiro lugar porque, quanto mais você praticá-las, mais você se habituará a elas e eliminará muitas dificuldades nos momentos em que isto for necessário. Em segundo lugar, porque as regras gramaticais existem exatamente para facilitar a comunicação entre as pessoas. A "falta de tempo" não é justificativa para não escrever ou digitar as palavras corretamente: ninguém demora tanto assim para apertar algumas teclas ou para mover um lápis ou uma caneta. O problema não está no uso da linguagem, está no fato de que essas pessoas não estão respeitando seus próprios limites. Elas não estão separando o que pode ser usado na Internet (mesmo assim, com restrições) do que deve ser usado em muitos outros momentos na vida. É preciso ter muito cuidado com isto.


sábado, 10 de fevereiro de 2018

A Redação Interativa

"Interação" e "interatividade"
são coisas diferentes,
mas correlatas.


A interação é um fenômeno que envolve duas ou mais pessoas. É quando a ação de pelo menos uma delas provoca reações das demais. A interatividade é uma relação entre duas ou mais pessoas que pode levar a uma interação. Ser interativo é ser capaz de causar uma interatividade ou participar da interação. A interatividade não é somente uma troca de informações, é principalmente uma forma de gerar conteúdo, de obter resultados. 
É possível conseguir isto através de redações. As redações exigidas no Exame Nacional de Ensino Médio são de cunho interativo. Elas são dissertativas-argumentativas, o que obriga os estudantes a exporem suas opiniões sobre o tema proposto e argumentá-lo. Suas opiniões serão lidas por quem corrigirá as provas, e as notas que receberão serão baseadas em seus argumentos. Isto já é uma interação entre os autores das redações e as pessoas que as lerão. 
Por si mesma, a palavra "interação" já sugere seu significado como o ator de interar ou interar-se. Ou seja: tornar ou tornar-se parte de um todo. "Interação" é o envolvimento de várias pessoas numa mesma ação. Isto é, trata-se uma ação interna num grupo de pessoas. Neste caso, ao usar a palavra "interação" numa redação, tenha o cuidado de não escrever ou digitar "iteração", cujo significado é "repetição de algo que já foi dito ou realizado". Preste atenção aos significados das palavras abaixo.
  • Interar ou inteirar - fazer com que algo ou alguém faça parte de um todo.
  • Interar-se ou inteirar-se - tornar-se parte de um todo.
  • Interação - o ato de participar de algo ou compartilhar algo.
  • Interatividade - a capacidade de participar ou de promover participações.
  • Iteração - repetição do que já foi dito ou feito.
  • Iterar - repetir. 
No ambiente de trabalho, num grupo de estudantes ou em qualquer grupo de pessoas, uma redação interativa é um sistema de informação por escrito através da qual se busca interar ou inteirar os participantes numa atividade ou numa informação que faça com que todas as pessoas do grupo tomem conhecimento de um ou mais fatos nela relatados. É por esta razão que os usos das palavras "interação" e "inteiração" estão corretos. Não exatamente porque significam a mesma coisa, mas porque "interação" é o envolvimento de todos na mesma ação e porque "inteiração" é a participação de todos num "inteiro" (isto é, no grupo). 

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Educomunicação - uma teoria que, na prática, seria ótima.

O objetivo
é a maior aproximação
entre educadores
e educandos,
mas isto não acontece.


Na minha opinião, "comunicação social" é uma redundância. A palavra "comunicação", por si mesma, já significa uma ocorrência social: estabelece-se quando ocorrem trocas de informações. Entretanto, usa-se a expressão "comunicação social" como referência a uma ciência social que estuda os meios de comunicação de massa - basicamente formada por jornais, emissoras de rádio e televisão, cinema e Internet. Esses meios formam o conjunto chamado "mídia". "Informar" não é o mesmo que "comunicar", mas não há comunicação sem pelo menos duas informações. Quando há evolução tecnológica da informação, ela não ocorre na comunicação, pois técnicas melhores não garantem comunicação melhor. O que garante a qualidade da comunicação é o grau de comunicabilidade do autor da mensagem. Por isto, é muito importante que os estudantes de nível médio já demonstrem esse grau em suas redações.
A globalização econômica avança, viabilizando grandes avanços nas áreas de tecnologia, especialmente no setor da informação - telefonia, rádio, televisão e principalmente a internet. Com isto, a informação chega cada vez mais rápido às pessoas em todo o mundo. Para muita gente, viajar de um país para outro é algo que, aos poucos, está se tornando mais fácil e mais frequente. Isto nos leva à evolução dos suportes de informação, que inclui desde hábitos simples como o uso de cartões magnéticos em caixas eletrônicos até os eventos mais sofisticados como as transmissões de televisão via satélite ou de imagens do Universo captadas por telescópios espaciais. Aparentemente uma coisa não tem nada a ver com outra, mas tudo isto permite que empresas, órgãos públicos e até profissionais particulares tenham mais condições de ampliar seu público-alvo. 
Aí, entra em cena a importância de um dos principais ramos da comunicação social dos dias atuais: a educomunicação. O nome já nos permite perceber que é algo que tem a ver com educação e comunicação. Sua importância se evidencia não somente, mas também porque todos esses avanços proporcionam a divulgação de mensagens em escala cada vez maior, dentro de um processo que permite o surgimento de novos sistemas de comunicação sem que os anteriores desapareçam, mantendo-os em uso paralelamente. Sistemas de comunicação socioeconômica coexistem com os de simples trocas de mensagens. Em povoados onde a comunicação ainda é principalmente oral e pessoal, novas alternativas de comunicação já estão chegando via computadores e celulares conectados à Internet. Isto torna a educomunicação um elemento vital no processo de desenvolvimento das pessoas e das organizações.
A comunicação social habilita profissionais a atuar principalmente em publicidade, propaganda, relações públicas, jornalismo, rádio e televisão, cinema e vídeo e, por tudo isto, a importância da teoria da educomunicação se tornar realidade na prática é cada vez mais urgente. Tal teoria propõe a intervenção de linhas básicas como educação para a mídia, uso das mídias na educação, produção de conteúdos educativos e principalmente a prática epistemológica de um conceito que engloba tudo isto. "Epistemologia" é uma palavra usada com o significado de "teoria do conhecimento geral e principalmente científico", mas em termos mais restritos se refere às formas pelas quais os conhecimentos podem ser alcançados ou produzidos. Isto requer a aplicação da ética e da moral.
Para que isto se torne realidade, são necessárias as realizações de novos tipos de aprendizagem com a utilização de todos esses recursos tecnológicos. Além disto, são necessárias relações de comunicação mais democráticas, menos hierarquizadas, igualitárias. As ações têm que ser de planejamento, implementação e avaliação de processos, programas e produtos destinados a criar e fortalecer sistemas de comunicação em espaços educativos presenciais (escolas, universidades, etc.) e virtuais (redes sociais online, blogs, sites, etc.), envolvendo nesse processo todas as emissoras de rádio e televisão, estabelecimentos de ensino, centros culturais, associações de moradores de bairros, ONGs, entidades governamentais e todas as organizações formais e informais de ensino e aprendizagem. Infelizmente, num país como o Brasil, onde o sistema educacional se revela cada vez mais precário e o índice de analfabetismo funcional é alarmante, a possibilidade de tudo isto acontecer ainda parece estar muito longe.

A Importância do Organograma numa Redação Empresarial

Um exemplo de organograma simples.
Na comunicação empresarial,
um organograma
sempre facilita
a compreensão do texto. 


O organograma é uma representação gráfica da estrutura de uma organização. Usado para ilustrar uma redação para comunicação interna ou externa, um cronograma simples como o mostrado aqui auxilia muito a facilitar a compreensão da mensagem. Ele mostra com clareza, aos funcionários e aos clientes, as seções às quais eles devem dirigir suas mensagens para relatar problemas ou buscar entendimentos para negociações.
De maneira simples, os cronogramas eliminam a necessidade de informações mais extensas nos textos, mostrando através dos desenhos, e com palavras apenas indicando funções, quais são as unidades funcionais da organização e como se dá, hierarquicamente, a relação entre elas. Essas unidades funcionais são mais conhecidas como "órgãos", "departamentos", "seções" ou "setores". Alguns exemplos dessas unidades: "Departamento de Recursos Humanos", "Tesouraria", "Biblioteca", "Almoxarifado", "Depósito", "Manutenção", "Presidência", "Gerência Administrativa", "Gerência de Recursos Financeiros", etc. Cada setor funciona sob a administração de um responsável geralmente chamado "supervisor", "gerente", "coordenador" ou simplesmente "administrador".
Uma redação acompanhada por um coronograma como ilustração facilita a comunicação interna porque o desenho substitui as palavras, simplificando a configuração global dos cargos e da relação entre os setores, funções, líderes e subordinados no ambiente interno da organização. É, portanto, ideal para mensagens destinadas, por exemplo, a funcionários novatos e estagiários. É também de grande utilidade quando a mensagem se destina a pessoas de fora da empresa, pois o organograma já ajuda o interessado a identificar quem ele deverá procurar para conseguir soluções, fechar negócios, etc.
Alguns organogramas são detalhados demais. Neles são incluídos nomes e até fotos dos gerentes, números de funcionários subordinados a eles e outros detalhes que não têm relação com a mensagem principal. Um organograma simples como o mostrado acima é bem mais funcional, inclusive porque o esquema se desatualiza caso haja uma repentina necessidade de mudança de liderança. O objetivo da ilustração de um texto é substituir muitas palavras. Portanto, não há sentido em colocar nela nomes e outras palavras em excesso. Como a ilustração substitui muitas palavras, a leitura do texto se torna muito mais efetiva na apresentação dos órgãos competentes, no entendimento das relações de interdependência entre os setores e na indicação dos níveis hierárquicos da empresa. 

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Temas Objetivos e Temas Subjetivos

Antes de iniciar a redação,
busque o melhor entendimento possível
quanto ao tema.


Alguns estudantes perguntam o que são temas objetivos e temas subjetivos para redações. A objetividade é a melhor condição possível do que representa o tema proposto. A subjetividade é o caráter tendencioso, pessoal, de parcialidade quanto à descrição do tema. Por isto eles estão no caminho certo. Se não quiserem demonstrar parcialidade na forma de tratar o tema, é realmente necessário saber separar a objetividade da subjetividade. Porém, ao tratar de um tema numa redação, ninguém consegue ser totalmente imparcial. Principalmente numa redação dissertativa-argumentativa como as que são exigidas na maioria das provas. Para argumentar, é preciso expor opiniões, e não se pode revelar um ponto de vista e, ao mesmo tempo, ser imparcial. O que fazer, então?
Primeiro procure ter certeza de que entendeu bem o tema proposto. Leia atenta e calmamente o enunciado que contém a proposta para a redação. Esta é a melhor forma de descobrir se o tema é objetivo ou subjetivo. Um tema é objetivo quando é baseado em dados concretos como resultados de estudos, acontecimentos políticos, fatos confirmados, etc. São exemplos de temas objetivos o aquecimento global, as crises econômicas, acidentes aéreos, acidentes em trânsitos, etc. O tema se torna subjetivo quando prevalecem nos textos os pontos de vista do autor, mesmo sendo baseados em fatos comprovados. Isto não é um problema. Na verdade, numa redação argumentativa, a opinião do autor é importantíssima, desde que esteja bem argumentada.
Alguns professores cometem uma redundância quando mencionam a "dissertação subjetiva". Quando querem que você faça a dissertação de um assunto, querem que  você descreva o assunto com suas próprias palavras. Isto provoca inevitavelmente a inclusão de seus pontos de vista. Portanto, sua dissertação não tem como não ser subjetiva. Nela sempre prevalecerá o desenvolvimento de seu ponto de vista. Mesmo que seja baseada em fatos comprovados, a argumentação é sua, é a revelação da sua opinião. Note, porém, que os temas subjetivos também podem estar descritos em forma de poemas, crônicas ou em obras de ficção - inclusive porque muitas obras de ficção são baseadas em fatos reais.

Se o tema exigido for objetivo, busque ideias antes de começar a redigir. Se for subjetivo, busque ideias e enumere-as. "Enumerá-las" significa organizá-las numa sequência de números, da primeira à última. O próximo passo será estabelecer uma relação entre as ideias para realçar o enfoque no texto. Por isto é importante saber antecipadamente o o que será discutido através da sequência de parágrafos do texto. Para saber melhor sobre isto, leia o artigo sobre a paragrafação.
A paragrafação é a estrutura básica da redação. Ela deve ser feita sem que se perca a coerência interna, a coerência externa e coerência da relação entre ambas. Essas qualidades não podem faltar em redação alguma. Portanto, não acredite quando lhe disserem que uma redação com apenas um ou dois parágrafos já é suficiente. Uma boa redação tem que ter pelo menos três ou quatro parágrafos. A partir disto torna-se mais fácil contrapor as ideias no texto. A contraposição, isto é, a exposição de ideias contrárias, comprova que o autor do texto está revelando sua opinião mas não a está impondo. A imposição de ideias é um erro grave.
Antes de tudo isto, estude bem a gramática. Erros gramaticais podem fazer todo esse trabalho perder sua qualidade. É por isto que os principais destaques nas correções de redações nas provas (Enem, vestibulares, concursos públicos, etc.) são relacionados à obediência às regras gramaticais. Palavras e expressões ortograficamente erradas, ou escritas corretamente mas mal empregadas no contexto, dificultarão a compreensão do texto por parte de quem o lerá.


terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Os Significados de "Emprego", "Relação de Emprego" e "Empregabilidade"


1 - Emprego; 2 - Relação de emprego;
3 - Empregabilidade.
Numa redação no Enem,
será muito importante
demonstrar esse conhecimento.


Tanto para quem pretende obter o primeiro emprego como para quem pretende se manter empregado ou conseguir uma recolocação no mercado de trabalho, saber as diferenças entre estas três coisas é muito importante. Por isto, é ainda mais importante que alunos de ensino médio já demonstrem esse conhecimento em suas redações. Ainda não sabemos qual será o tema proposto para redação no Exame Nacional de Ensino Médio deste ano, mas temas relacionados a emprego, desemprego e mercado de trabalho sempre são atuais e, por isto, sempre são possíveis. Portanto, é importante que os estudantes já estejam preparados para isto desde já. Preparados não somente para fazer uma redação no Enem, mas porque precisarão muito desses conhecimentos no futuro.
Pode-se dizer, de forma bem resumida, que o emprego é simplesmente o uso que o empregador faz do trabalho do empregado. A relação de emprego ou vínculo empregatício é o que erroneamente se costuma chamar de "emprego", ou seja, a relação configurada legalmente quando a pessoa empregada (pessoa física) presta serviço a outra pessoa (também pessoa física) ou a uma pessoa jurídica (empresa particular, órgão público, etc.). É a relação em que a pessoa física ou jurídica que contrata o profissional assume a condição de empregador. 
Para o desempregado ou o empregado, obter um emprego ou ser mantido nele é o principal recurso para que possa suprir suas principais necessidades materiais e se manter integrado à sociedade - isto é, é o principal recurso para manter uma renda. Para o empregador, o empregado precisa comprovar suas condições profissionais, físicas e morais atender às necessidades da pessoa física ou jurídica que o contrata ou o mantém empregado. Isto significa que o emprego é a condição básica para que a pessoa que trabalha em regime temporário ou permanente em qualquer atividade econômica satisfaça suas principais necessidades e, ao mesmo tempo, as do empregador. Para isto, o candidato a um emprego ou o empregado que queira ser mantido em suas funções precisa estar sempre comprovando sua empregabilidade, que é todo o conjunto de condições que ele precisa ter para ser considerado empregável. Uma pessoa empregável é alguém que esteja com as todas as condições físicas, mentais e capacitacionais de competir com outros profissionais de sua mesma área no mercado de trabalho. Atualmente, já não basta ser competente ou muito competente: precisa ser o mais competente possível. Com a atual situação em que o mercado de trabalho se encontra no que se refere à competitividade, uma pessoa só demonstra ser empregável quando revela claramente seus talentos para as funções que pretende exercer ressaltando, ao mesmo tempo, sua capacidade de se adaptar facilmente às novas necessidades que surgem constante e inevitavelmente. 
Isto pode ser resumido da seguinte forma: "Empregabilidade" é a capacidade do profissional ou empregado estar sempre se adaptando às novas exigências que surgem em função das constantes mudanças no mercado de trabalho. O tempo do "eu só faço o que sou pago para fazer" já acabou. Mesmo porque o funcionário é pago para exercer suas funções profissionais, mas também para para fazer o que a empresa ou o empregador precisarem que ele faça, desde que a determinação que ele receba para isto não seja ilegal nem fira princípios éticos. Em outras palavras, a empregabilidade é a capacidade do profissional ser empregado e ser mantido no emprego considerando-se sua capacidade profissional somada à capacidade de se proteger dos riscos que as mudanças no mercado de trabalho lhe possam representar.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

A Oratória e a Redação

As regras para
a "arte de falar em público"
também podem - 
e devem -
ser aplicadas
em redações.


A oratória é conhecida como "a arte de falar em público". É a capacidade de uma pessoa falar perante uma plateia, durante uma entrevista num programa de televisão ou de rádio, etc., demonstrando fluência na forma de dar informações, explicações, etc. Equivocadamente, algumas pessoas dizem que a oratória é a arte de convencer a audiência. O objetivo da oratória não é convencer quem quer que seja, é transmitir informações expressando opiniões com bons argumentos.
Na Grécia Antiga, a oratória era considerada uma parte da retórica. Porém, desde então, ainda mantém como significado o conjunto de regras e técnicas adequadas para produzir e apresentar um discurso revelando as qualidades profissionais e pessoais do orador. É uma das habilidades mais importantes para o sucesso profissional em qualquer área de atividade, pois em todas as profissões é necessária uma boa transmissão para o desenvolvimento profissional através da fala e da escrita.
Na oratória, tal como nas redações, é preciso considerar como elementos básicos informações como o que foi dito, quem o disse, quando foi dito, por que foi dito e quais são as possíveis consequências do que foi dito. Assim como o propósito de falar perante uma plateia ou para o público por meio de rádio ou de televisão, via internet, etc., o propósito de uma redação também pode da simples transmissão de informações à necessidade, não necessariamente de convencer, mas de motivar as pessoas a tomarem atitudes. 

Uma pessoa capaz de fazer uma ótima redação é também uma pessoa capaz de dominar muito bem a oratória. Esta é uma das principais razões pelas quais a redação é considerada a parte mais importante do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), de um vestibular ou de um concurso público. Através de seu texto, o autor demonstra o domínio sobre a língua que fala. Ou seja: releva sua eloquência.

sábado, 3 de fevereiro de 2018

O Significado de "Religião"

Não confunda
"denominação cristã"
com

"religião".


Ao fazer uma redação sobre religião ou sobre qualquer tema relacionado às religiões, é preciso que você tenha certeza de que sabe realmente o significado correto da palavra religião. Geralmente quando perguntamos às pessoas quais são as religiões que elas seguem, umas dizem que são católicas, outras dizem que são batistas, outras dizem que são da Assembleia de Deus, etc. Na verdade todas essas pessoas são seguidoras da mesma religião: o Cristianismo, também conhecido como  "Religião Cristã". O que elas definem como "religião" são segmentos do cristianismo surgidos a partir da Reforma Protestante, e que hoje são conhecidos como "denominações cristãs".  "Protestante" é toda denominação cristã que não seja a católica. 
A Reforma Protestante foi um movimento cristão iniciado no século XVI sob a liderança do ex-padre alemão Martin Luther, conhecido no Brasil como "Martinho Lutero" contra o que ele considerava abusos anticristãos praticados pelos líderes religiosos da época. Sua dissociação da Igreja Católica ocorreu a partir do momento em que sua proposta de reforma na Igreja Católica foi rejeitada. Com apoio de seus seguidores, surgiu a Igreja Luterana, considerada a primeira igreja protestante. Com o tempo surgiram todas as outras, e outras mais têm surgido recentemente, tais como a Igreja Universal do Reino de Deus, no Brasil.
Para entender o significado de "religião", é preciso entender um pouco sobre a etimologia da palavra. "Religião" proveio do verbo "religare", do latim, que significa "religar" ou "religar-se". Em sentindo mais religioso, representa a busca das pessoas em recuperar sua ligação com o que é espiritual, com o que é divino, com o que está acima de sua capacidade de compreensão do que é natural e, por isto, às vezes chamado de "sobrenatural". Às vezes a religião é confundida com "fé", que na verdade é apenas uma forma de impor algo como "verdade" sem exigir a necessidade de um questionamento, uma especulação. Por outro lado, se uma pessoa acredita em algo - por exemplo, em Deus - isto não quer dizer que ela tenha fé nele. Ao mesmo tempo, a falta de fé não é necessariamente uma falta de crença. A fé não admite dúvidas, mas a dúvida, em muitas situações, faz uma pessoa buscar maior certeza da existência daquilo em que ela realmente acredita.
São exemplos de religião o Cristianismo (a Igreja Católica e todas as demais denominações cristãs: Igreja Batista, Assembleia de Deus, Igreja Maranata, etc.), o Budismo, o Judaísmo, o Hinduísmo, o Islamismo, etc. "Religião" também não é "crença". "Crença" e uma forma particular de uma pessoa acreditar em algo. "Religião" é um sistema que reúne muitas crenças tendo em comum símbolos (como a cruz e o peixe, no Cristianismo), tradições e histórias sagradas que, sendo verdadeiras ou não, se destinam a dar sentido a fatos que ocorrem na vida, relacionando-os com Deus ou com os deuses, espíritos, etc.
As religiões se desenvolvem e se destacam de formas diferentes segundo a cultura dentro da qual a religião ocorre. Muitas delas se tornam instituições organizadas, incluindo líderes que ocupam diferentes graus numa hierarquia chamada "clero". Tal como ocorre no Cristianismo, elas também se dividem em diferentes denominações. O clero, em qualquer religião, é o conjunto de sacerdotes que ministram cultos e ensinamentos religiosos. Na Igreja Católica, o líder máximo do clero é o Papa, que é seu líder mundial e monarca vitalício do Vaticano, a cidade-Estado situada no centro de Roma (Itália) e sede mundial do Catolicismo.  


Fonte: "The World's Religions" ("As Religiões do Mundo"), de diversos autores. Livro publicado pela Lion Handbooks, de Londres, Inglaterra.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

A Multimidialidade

Atualmente 
a multimidialidade
está muito presente
em sua vida.


A multimidialidade envolve o uso e de computadores e de celulares para envio e recepção de mensagens de textos, para fazer postagens em sites e blogs, etc. Portanto, é uma palavra que tem muito a ver com os recursos e sistemas modernos para a produção de redações. Ela se refere às formas de se apresentar os textos com o auxílio de imagens (no caso desta postagem, a foto acima), vídeos e outros tipos de ilustração. Também podem ser acrescentadas gravações de áudio.
O objetivo desses áudios, vídeos, etc., é substituir palavras que, graças a eles, não precisam estar no texto. Porém, se o texto não for lido, a presença desses recursos não terá utilidade para o leitor. Ou seja: não deve haver ilustração demais nem texto demais ou de menos. Enfim, a multimidialidade é a capacidade de saber usar os recursos de multimídia adequadamente.
Às vezes, o nome do sistema é usado em inglês: multimedia, com pronúncia igual à da sua correspondente em português. O termo foi usado pela primeira vez pelo cantor norte-americano Bobb Goldstein na abertura de seu show em Nova York em 1966. Tinha como significado o conjunto de aparelhagem de som e a exibição de imagens. Atualmente, é o sistema utilizado principalmente em informática para combinar formas de conteúdo que incluem texto, imagens (vídeos ou fotografias, desenhos, etc.), animações (efeitos luminosos, por exemplo) e conteúdo interativo (que permite ao leitor participar expndo comentários, debatendo com outros leitores, etc.). 
No jornalismo, a multimidialidade acontece pela combinação dos formatos de imagem, texto e som com a narração do apresentador de um telejornal. No jornalismo online, pela combinação de imagem, texto e som relacionados ao fato narrado no texto. Essa convergência acontece por meio de um processo de digitalização da informação e sua disposição em múltiplas plataformas. Essas "plataformas". Em informática, "plataforma" uma parte de um software projetado para ser executado internamente. "Software" é um conjunto de instruções executadas para redirecionar ou modificar uma informação.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Resultados do Enem 2017 Revelam Crescimento no Índice de Analfabetismo Funcional

Isto agrava a situação
dos estudantes
e do país.


Segundo os dados oficiais apresentados pelo Ministério da Educação, apenas 53 alunos obtiveram a  nota máxima (nota mil) em redação no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) em 2017. Um índice preocupante, considerando-se que foram avaliadas mais de quatro milhões de redações. A queda quanto a isto nas últimas quatro edições do Enem foi assim: 250 em 2014, 104 em 2015, 77 em 2016 e apenas 53 no ano passado. Dados extremamente lamentáveis. Mais lamentável ainda é o fato de que, em relação ao resultado de 2016 quanto aos alunos cujas redações não tinham relação com o tema proposto, em 2017 o índice aumentou em absurdamente 542%. Ou seja: mais de cinco vezes o total de 2016, que já foi preocupante. Segundo o Ministério da Educação, apenas 6,5% dos participantes do Enem 2017 receberam nota zero nas redações. Em termos percentuais parece pouca coisa, mas 6,5 por cento de quatro milhões de participantes são 260 mil alunos. Como o número de participantes foi mais de quatro milhões, esses 6,5% foram mais de 260 mil. Isto é preocupante. A nota zero em redação ocorre quando o aluno não faz a redação ou quando foge ao tema proposto.
Isto agrava um problema chamado "analfabetismo funcional". Este é o nome dado à situação em que as pessoas com mais de 15 anos de idade conhecem bem as letras, as palavras, sabe formar frases, mas têm dificuldade para interpretar textos. A dificuldade prejudica a capacidade para fazer uma redação, especialmente quando o tema é algo sobre o que ele precisa ler para se manter informado. O aluno não tem condições de expor corretamente em seu próprio texto o que ele não consegue entender nos textos que lê. 
Como o problema está tão evidente entre os alunos de ensino médio, é claro que ele também se evidencia no nível superior. O fato do candidato ter sido aprovado no vestibular ou conseguido uma vaga numa universidade por ter obtido as condições estabelecidas para isto através do Enem não descarta a possibilidade dele ser um analfabeto funcional. A maioria deles diz que não gosta de ler textos longos porque são leituras cansativas, mas entre muitos destes a verdade é outra: são considerados "tecnicamente alfabetizados", mas são incapazes de interpretar textos longos corretamente. 
Este é um fato diversas vezes revelado através do PISA (Programme for Internatinal Students Assessment - Programa de Avaliação Internacional de Estudantes). O programa é um estudo mundial da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), organização intergovernamental da qual o Brasil faz participa com outros 34 países. Nessas avaliações feitas anualmente, envolvendo estudantes com idade mínima de 15 anos, o nível brasileiro sempre se revela insatisfatório, principalmente quanto à interpretação de textos e à redação.  

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Saiba o que está realmente acontecendo no Facebook.

Um provável equívoco
está sendo compartilhado 
na própria 
rede social. 


Uma postagem que está sendo compartilhada atualmente no Facebook diz que novas mudanças na rede social estão fazendo com que os usuários vejam menos postagens de seus amigos e que estes não vejam suas postagens. Ao procurar saber mais detalhes a respeito, concluí que isto surgiu a partir de um equívoco cometido por alguém que leu sobre as novidades mas não as entendeu. 
Em seu próprio perfil no Facebook, o co-fundador da rede social, Mark Zuckerberg, publicou o seguinte no dia 11 de janeiro deste ano:

"
Nossa próxima atualização em 2018 tem o objetivo garantir que o Facebook não seja apenas divertido, mas também bom para o seu bem-estar e para a sociedade. Estamos fazendo uma série de atualizações para mostrar mais alta qualidade, notícias confiáveis. Na semana passada fizemos uma atualização para mostrar mais notícias de fontes que são amplamente confiáveis em toda a nossa comunidade. Hoje a nossa nova atualização visa promover notícias de fontes locais. 
As pessoas sempre nos dizem que querem ver mais notícias locais no Facebook. As notícias locais as ajudam a compreender as questões que interessam em suas comunidades e afetam suas vidas. A pesquisa sugere que a leitura das notícias locais está diretamente relacionada com o envolvimento cívico. As pessoas que sabem o que se passa com elas têm mais probabilidades de se envolver e ajudar a fazer a diferença.
Quando viajei pelo país (Estados Unidos, eu suponho) no ano passado, um tema que as pessoas me sugeriram é o quanto todos nós temos em comum se podemos passar por algumas das questões nacionais mais polêmicas (isto é o que também ocorre no Brasil). Muitas pessoas me disseram que pensam que se os usuários do Facebook focarem mais em questões locais concretas, todos terão mais progressos juntos. 
A partir de hoje (quinta-feira, 11 de janeiro de 2018), mostraremos mais informações de fontes de notícias na sua cidade. Se você seguir um editor local ou se alguém compartilhar uma informação sobre um fato local, ela poderá aparecer com mais destaque no feed de notícias. Vamos começar isto primeiro nos EUA, e o nosso objectivo é expandir-se para mais países este ano. 
As notícias locais ajudam a construir a comunidade, tanto online como offline. É uma parte importante de garantir que o tempo que todos nós gastamos no Facebook é valioso. Estou com expectativa para compartilhar mais atualizações em breve."

A ideia é priorizar conteúdos que ajudem na formação de laços entre os participantes da rede e que contribuam para a interação social. Realmente, se analisarmos bem a maioria dos conteúdos publicados e compartilhados inclusive por muitos de nossos próprios amigos, grande parte das atividades se desviou da finalidade principal do Facebook, que é a conexão entre seus usuários sob o ponto de vista social.
Também não é verdade o que alguns sites informam: que serão enfatizadas publicações de amigos, não notícias. O que Zuckerberg disse, segundo o texto acima, é que, em caso de notícias, serão priorizadas as notícias confiáveis - ou seja, aquelas provenientes de jornais, programas de televisão, etc., citando-se as fontes (nome do jornal ou da revista, do programa de televisão, dia da publicação, nome do programa e dia em que foi ao ar, etc.). Mesmo porque, se as notícias não forem consideradas importantes, a página principal não terá razão para ser chamada "Feed de Notícias".
Isto fará com que os usuários melhorem suas redações. Isto será necessário para que suas publicações não deixem dúvidas. Isto também criará um hábito para que procurem sempre escrever corretamente, o que será ótimo para aprimorarem seus níveis redação para outros momentos na vida. 
O que não será mais permitido no Facebook:
- Propagandas de criptomoedas, inclusive das Bitcoins;
- Notícias sem citações importantes das fontes (nome, número e data do jornal ou da revista; nome, data e horário do programa de TV e do canal, etc.).
- Postagens de empresas, marcas de produtos e meios de comunicação no Feed de Notícias (o Facebook já permite a criação de "páginas" exatamente para isto).
- Postagens pedindo ou exigindo que as pessoas as curtam, compartilhem ou copiem e colem (isto eu, particularmente, acho ótimo, pois acredito que muitas delas podem ser links para conseguir dados pessoais de quem as compartilha).
O que já é proibido mas muitos usuários não sabem disto:
Muitos usuários que criaram seus perfis sem antes ler os termos de conduta do Facebook não sabem que concordaram com o que não leram. Por isto, muitas postagens são excluídas - e às vezes o próprio perfil - quando o usuário extrapola limites e, depois, faz postagens dizendo que não entendeu o motivo da exclusão. Se você já é usuário e nunca leu a página de "Padrões da Comunidade do Facebook", acesse-a e leia-a integralmente (clique aqui). Onde você ver o link "próxima seção", clique nele todas as vezes em que aparecer e leia integralmente todos os textos que surgirão. A razão é simples: se você quer participar de uma rede social, tem que concordar com tudo que for e não for permitido. Afinal, se você continua a usá-la, entende-se que você concorda com todas as determinações.

Fontes:

1 - Perfil de Marck Zuckerberg no Facebook.
2 - G1 - Portal da Globo

3 - Exame