Temos que impor limites
sobre todos os hábitos
que adquirimos.
Inclusive quanto ao uso
do "internetês".
sobre todos os hábitos
que adquirimos.
Inclusive quanto ao uso
do "internetês".
"Internetês" é um neologismo. "Neologismo" não é o uso de uma palavra que não existe gramaticalmente, é o nome que se dá ao fenômeno do surgimento de novas palavras em função de mudanças de comportamento ou devido a influências. "Internetês" é o nome que tem sido dado à "linguagem" usada principalmente pelos jovens e adolescentes que se comunicam através da Internet. Ocorre que muitos deles estão usando esse tipo de linguagem em seu dia-a-dia também fora da Internet e até em redações no Exame Nacional de Ensino Médio. Eles parecem não ter noção do quanto isto pode ser potencialmente prejudicial às suas próprias vidas.
Ontem, ao abrir a página de pesquisas do Yahoo, vi que alguém expôs a seguinte pergunta: "Por que tanta gente está escrevendo 'mais' ao invés de 'mais'?". As respostas eram várias, mas todas elas relacionadas ao "internetês". A maioria dos que responderam parecia ser constituída por jovens demonstrando preocupação com o excessivo uso da "linguagem da Internet". Alguns chegaram a destacar essa preocupação pelo fato de que seus amigos a estão usando também "fora da Internet" (isto é, em outros momentos da vida). Eles têm razão em estar preocupados com isto. "Excesso" significa "além dos limites necessários", "abuso"; portanto, tudo que é excessivo é abusivo e, consequentemente, prejudicial.
É preciso estabelecer limites quanto ao uso das palavras abreviadas ("pq" ao invés de "por que" ou "porque", "nd" substituindo "nada", etc.) até mesmo durante o uso na própria Internet. O uso desses recursos demonstra que a maioria dos que o usam tem mesmo "preguiça" para escrever corretamente. Eles alegam que o objetivo é transmitir a mensagem de forma rápida, mas a maioria deles passa uma hora ou mais usando a Internet. Portanto, têm tempo de sobra para digitar e para ler as palavras corretas.
O problema quanto ao uso da palavra "mais" em substituição" é que, neste caso, não se trata apenas do uso do uso do Internetês. Trata-se da troca de palavras com significados diferentes. "Mais" é uma palavra que representa uma soma, uma adição, um acréscimo. Exemplos:
- Eu trouxe mais um amigo para o nosso grupo.
- Eu sei mais sobre isto do que vocês imaginam.
É preciso estabelecer limites quanto ao uso das palavras abreviadas ("pq" ao invés de "por que" ou "porque", "nd" substituindo "nada", etc.) até mesmo durante o uso na própria Internet. O uso desses recursos demonstra que a maioria dos que o usam tem mesmo "preguiça" para escrever corretamente. Eles alegam que o objetivo é transmitir a mensagem de forma rápida, mas a maioria deles passa uma hora ou mais usando a Internet. Portanto, têm tempo de sobra para digitar e para ler as palavras corretas.
O problema quanto ao uso da palavra "mais" em substituição" é que, neste caso, não se trata apenas do uso do uso do Internetês. Trata-se da troca de palavras com significados diferentes. "Mais" é uma palavra que representa uma soma, uma adição, um acréscimo. Exemplos:
- Eu trouxe mais um amigo para o nosso grupo.
- Eu sei mais sobre isto do que vocês imaginam.
- Este é mais um problema que teremos que resolver.
A palavra "mas" é uma preposição adversativa. Ele representa uma contrariedade, uma condição contrária, uma oposição. Exemplos:
- Eu pretendia ir ao cinema ontem, mas tive que estudar para a prova de hoje.
- Eu quero comprar este computador, mas ele está muito caro.
Quando você substitui "mas" por "mais", você substitui uma palavra com um significado por outra palavra com outro significado. Embora isto não lhe pareça à primeira vista, isto muda totalmente o sentido do que você está querendo dizer: ao invés de justificar um impedimento ou demonstrar uma adversidade, você está adicionando um complemento como se representasse uma soma. Mesmo que o leitor perceba que você quis dizer "mas", o que você fez de fato foi uma adição à informação, não uma explicação justificando um impedimento, e isto dá ao leitor o direito de ter dificuldade quanto à interpretação.
De uma forma geral, o uso do internetês ("naum" ao invés de "não", e as palavras "abreviadas" sem necessidade: "pq", "nd", etc.) é aceitável se você estiver usando o Messenger ou o WhatsApp, e mesmo assim apenas se estiver se relacionando com alguém com quem você tenha muita intimidade. Se você fizer uma postagem ou um comentário num blog, é recomendável que escreva de forma rigorosamente correta, pois as pessoas que lerão seu texto não são obrigadas a entender o que você digita como você quiser ao invés de digitar corretamente. Se você usa o Internetês numa redação no Enem, no vestibular ou num concurso público, perde pontos exatamente porque um dos objetivos da redação nessas provas é verificar sua capacidade de escrever corretamente.
As regras ortográficas têm que ser rigorosamente seguidas em todos os momentos da sua vida. Em primeiro lugar porque, quanto mais você praticá-las, mais você se habituará a elas e eliminará muitas dificuldades nos momentos em que isto for necessário. Em segundo lugar, porque as regras gramaticais existem exatamente para facilitar a comunicação entre as pessoas. A "falta de tempo" não é justificativa para não escrever ou digitar as palavras corretamente: ninguém demora tanto assim para apertar algumas teclas ou para mover um lápis ou uma caneta. O problema não está no uso da linguagem, está no fato de que essas pessoas não estão respeitando seus próprios limites. Elas não estão separando o que pode ser usado na Internet (mesmo assim, com restrições) do que deve ser usado em muitos outros momentos na vida. É preciso ter muito cuidado com isto.
De uma forma geral, o uso do internetês ("naum" ao invés de "não", e as palavras "abreviadas" sem necessidade: "pq", "nd", etc.) é aceitável se você estiver usando o Messenger ou o WhatsApp, e mesmo assim apenas se estiver se relacionando com alguém com quem você tenha muita intimidade. Se você fizer uma postagem ou um comentário num blog, é recomendável que escreva de forma rigorosamente correta, pois as pessoas que lerão seu texto não são obrigadas a entender o que você digita como você quiser ao invés de digitar corretamente. Se você usa o Internetês numa redação no Enem, no vestibular ou num concurso público, perde pontos exatamente porque um dos objetivos da redação nessas provas é verificar sua capacidade de escrever corretamente.
As regras ortográficas têm que ser rigorosamente seguidas em todos os momentos da sua vida. Em primeiro lugar porque, quanto mais você praticá-las, mais você se habituará a elas e eliminará muitas dificuldades nos momentos em que isto for necessário. Em segundo lugar, porque as regras gramaticais existem exatamente para facilitar a comunicação entre as pessoas. A "falta de tempo" não é justificativa para não escrever ou digitar as palavras corretamente: ninguém demora tanto assim para apertar algumas teclas ou para mover um lápis ou uma caneta. O problema não está no uso da linguagem, está no fato de que essas pessoas não estão respeitando seus próprios limites. Elas não estão separando o que pode ser usado na Internet (mesmo assim, com restrições) do que deve ser usado em muitos outros momentos na vida. É preciso ter muito cuidado com isto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pela sua participação!