O objetivo
é a maior aproximação
entre educadores
e educandos,
mas isto não acontece.
é a maior aproximação
entre educadores
e educandos,
mas isto não acontece.
Na minha opinião, "comunicação social" é uma redundância. A palavra "comunicação", por si mesma, já significa uma ocorrência social: estabelece-se quando ocorrem trocas de informações. Entretanto, usa-se a expressão "comunicação social" como referência a uma ciência social que estuda os meios de comunicação de massa - basicamente formada por jornais, emissoras de rádio e televisão, cinema e Internet. Esses meios formam o conjunto chamado "mídia". "Informar" não é o mesmo que "comunicar", mas não há comunicação sem pelo menos duas informações. Quando há evolução tecnológica da informação, ela não ocorre na comunicação, pois técnicas melhores não garantem comunicação melhor. O que garante a qualidade da comunicação é o grau de comunicabilidade do autor da mensagem. Por isto, é muito importante que os estudantes de nível médio já demonstrem esse grau em suas redações.
A globalização econômica avança, viabilizando grandes avanços nas áreas de tecnologia, especialmente no setor da informação - telefonia, rádio, televisão e principalmente a internet. Com isto, a informação chega cada vez mais rápido às pessoas em todo o mundo. Para muita gente, viajar de um país para outro é algo que, aos poucos, está se tornando mais fácil e mais frequente. Isto nos leva à evolução dos suportes de informação, que inclui desde hábitos simples como o uso de cartões magnéticos em caixas eletrônicos até os eventos mais sofisticados como as transmissões de televisão via satélite ou de imagens do Universo captadas por telescópios espaciais. Aparentemente uma coisa não tem nada a ver com outra, mas tudo isto permite que empresas, órgãos públicos e até profissionais particulares tenham mais condições de ampliar seu público-alvo.
Aí, entra em cena a importância de um dos principais ramos da comunicação social dos dias atuais: a educomunicação. O nome já nos permite perceber que é algo que tem a ver com educação e comunicação. Sua importância se evidencia não somente, mas também porque todos esses avanços proporcionam a divulgação de mensagens em escala cada vez maior, dentro de um processo que permite o surgimento de novos sistemas de comunicação sem que os anteriores desapareçam, mantendo-os em uso paralelamente. Sistemas de comunicação socioeconômica coexistem com os de simples trocas de mensagens. Em povoados onde a comunicação ainda é principalmente oral e pessoal, novas alternativas de comunicação já estão chegando via computadores e celulares conectados à Internet. Isto torna a educomunicação um elemento vital no processo de desenvolvimento das pessoas e das organizações.
A comunicação social habilita profissionais a atuar principalmente em publicidade, propaganda, relações públicas, jornalismo, rádio e televisão, cinema e vídeo e, por tudo isto, a importância da teoria da educomunicação se tornar realidade na prática é cada vez mais urgente. Tal teoria propõe a intervenção de linhas básicas como educação para a mídia, uso das mídias na educação, produção de conteúdos educativos e principalmente a prática epistemológica de um conceito que engloba tudo isto. "Epistemologia" é uma palavra usada com o significado de "teoria do conhecimento geral e principalmente científico", mas em termos mais restritos se refere às formas pelas quais os conhecimentos podem ser alcançados ou produzidos. Isto requer a aplicação da ética e da moral.
Para que isto se torne realidade, são necessárias as realizações de novos tipos de aprendizagem com a utilização de todos esses recursos tecnológicos. Além disto, são necessárias relações de comunicação mais democráticas, menos hierarquizadas, igualitárias. As ações têm que ser de planejamento, implementação e avaliação de processos, programas e produtos destinados a criar e fortalecer sistemas de comunicação em espaços educativos presenciais (escolas, universidades, etc.) e virtuais (redes sociais online, blogs, sites, etc.), envolvendo nesse processo todas as emissoras de rádio e televisão, estabelecimentos de ensino, centros culturais, associações de moradores de bairros, ONGs, entidades governamentais e todas as organizações formais e informais de ensino e aprendizagem. Infelizmente, num país como o Brasil, onde o sistema educacional se revela cada vez mais precário e o índice de analfabetismo funcional é alarmante, a possibilidade de tudo isto acontecer ainda parece estar muito longe.
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