Elias Alves foi locutor e redator noticiarista na Rádio Vitória, em Vitória, no estado do Espírito Santo - Brasil. Ele também trabalhou como redator comercial na TV Vitória entre 1990 e 1997. Antes, entre 1986 e 1990, foi redator noticiarista na Rádio Gazeta, também em Vitória. Posteriormente atuou na Superintendência Estadual de Comunicação Social (Secom) até dezembro de 2002.

quarta-feira, 22 de julho de 2020

A Importância do Uso Correto da Gramática

Há uma significativa diferença
entre "escrever", "falar"
e dizer através da escrita
ou da fala.

Uma amiga minha fez uma posategm no "Status", no WhatsApp, destacando a importância do uso correto da gramática. Ela tem razão: as regras gramaticais não existem apenas para as pessoas escreverem um belo texto ou para "falarem bonito". Elas existem para facilitar a comunicação entre as pessoas. "Comunicação" é a forma pela qual ocorrem trocas de informações ou de ideias entre duas ou mais pessoas através da fala ou da escrita. Para que a comunicação seja bem sucedida, é preciso que as mensagens sejam claras e, portanto, faladas ou escritas o mais corretamente possível. 
O "internetês", por exemplo, precisa ser evitado na maioria dos casos. Ele pode ser usado em mensagens enviadas através do WhatsApp ou do Messenger, e ainda assim com muitas restrições. Em outras situações, as palavras precisam ser pronunciadas, escritas ou digitadas corretamente e usadas de acordo com o contexto. Aquelas "abreviaturas" irregulares ("pq" ao invés de "porque", etc.), quando usadas demasiadamente, podem se tornar vícios que prejudicam a comunicação. Muitas delas têm sido usadas em redações no Enem, em concursos públicos, e isto é um erro grave. As redações nas provas têm a função de revelar o grau de comunicabilidade dos alunos e dos candidatos a empregos ou vagas em cursos. Nestes casos, palavras escritas incorretamente causam perda de pontos e reprovação, e palavras escritas tal como no "internetês" são palavras escritas incorretamente.
A linguagem usada no texto não precisa ser extremamente coloquial, mas tem que ser correta. Não apenas nas redações, mas em muitas situações até mesmo cotidianas, tanto ao escrever quanto ao falar, a pessoa precisa ter em mente que sua mensagem terá que ser entendida corretamente por quem a lerá ou a ouvirá. Portanto, é importante lembrar a diferença que existe entre "falar", "escrever", "digitar" e "dizer". "Falar" é apenas pronunciar palavras, "escrever" ou "digitar" é colocar as palavras num texto, mas "dizer" é expor a mensagem de maneira claramente compreensível através da fala, da escrita ou da digitação. Os erros mais frequentes que encontramos nas formas como as pessoas se expressam nas redes sociais, por exemplo, precisam ser evitados inclusive nessas redes. Saiba mais sobre eles lendo este artigo
Para produzir um ótimo texto, ponha-se no lugar do leitor e faça perguntas a você mesmo(a). Para entender o que quero dizer com isto, leia aqui.  

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Devo escrever "motivo" ou "motivação"?

As duas palavras 
estão corretas,
mas seus significados
são diferentes.

Às vezes, em reportagens sobre crimes, alguns repórteres costumam dizer que não se sabe qual foi a motivação do crime. Em casos assim, a palavra correta é motivo. O motivo e a motivação são duas coisas correlatas, mas diferentes. Ou seja: têm relações entre si, mas têm significados diferentes. Numa redação, pode-se incluir as duas palavras, mas com a devida atenção quanto ao que se quer dizer com elas.
Lembre-se do significado de "campanha motivacional". Uma campanha motivacional é uma atividade com o objetivo de incentivar uma equipe de trabalho, um grupo de estudantes ou qualquer grupo de pessoas (moradores de um bairro, a população de um país, etc.) a realizar uma tarefa, obter uma meta, etc. Em casos assim, geralmente se oferece uma recompensa a quem demonstrar maior dedicação ou conseguir melhor desempenho. Portanto, "motivacional" é qualquer coisa que vise causar o interesse de alguém em adotar comportamentos ou realizar algum com um determinado objetivo. Assim, conclui-se que "motivação" é o mesmo que "incentivo". Uma pessoa motivada é uma pessoa incentivada a realizar algo.
O motivo é algo que se baseia em necessidades pessoais ou coletivas, as sentimos consciente ou inconscientemnte. Um exemplo bem simples: o sono é o motivo que nos faz dormir. Portanto, o motivo é o fato causador de outro fato. Ou seja: é o que chmamaos de "causa". Em muitas situações, os motivos geram motivação. Se sentimos um motivo muito forte para fazer algo, sentimo-nos motivacionados a fazê-lo. É essa associação dos motivos com as motivações que nos ajuda nos nossos processos de organização de experiências ligadas à satisfação de necessidades. 
 

sábado, 4 de julho de 2020

O Significado do Prefixo "Pan"

A maioria das palavras
é formada 
por duas ou mais palavras. 

Como a palavra "pandemia" está sendo muito usada atualmente, muita gente que saber o que difere uma pandemia de uma epidemia. Na verdade, as pessoas precisam saber os significados de prefixos como "pande", "epi" e outros.
Tal como acontece em outros idiomas, na língua portuguesa existem muitas palavras compostas. Uma palavra composta é uma palavra surgida de uma união entre duas ou mais palavras. Este é o caso de "pandemia", que é a junção de "pan" e "demia".
Para facilitar o entendimento disto, lembremos outra palavra formada desta maneira:

- Colaborar:
"laborar" significa "trabalhar". "Co" é um prefixo proveniente da palavra "conjunto", que significa "junção", "combinação", "duas ou mais ações combinadas". Portanto, "colaborar" significa "trabalhar junto". Ou seja: "ajudar". 

Cada parte de uma palavra que, unida a outra, forma outra palavra se chama morfema. Esse fenômeno é estudado e explicado através da morfologia, ciência dedicada ao estudo da formação e da origem das palavras. Como o objetivo deste artigo é explicar o significado de "pandemia", basta dizer que "pan" é um prefixo de origem grega que significa "todos". Por exemplo, "pan-americano" é qualquer evento que envolve a participação de todos os países da América do Norte, Central e do Sul. É importante lembrar que sempre que a parte principal da palavra começar por uma vogal (como "americano"), a partícula "pan", há um hífen após o prefixo. No caso de "pandemia", há a junção do prefixo "pan" e da palavra "demia". Ambos são de origem grega, "pan" significa "todos" e "demia" significa "doença". Portanto, "pandemia" é uma situação em que há uma doença que pode atingir ou está atingindo todas as pessoas do mundo. 

Sugestão:

Para você compreender melhor como e porque ocorrem essas palavras, e também como empregá-las nos contextos de forma mais adequada, sugiro que leia os artigos que podem ser acessados nos links colocados neste texto. 

terça-feira, 30 de junho de 2020

Interpretação de Texto - o problema pode estar no próprio texto.

Em muitos casos
a dificuldade de interpretação
é causada 
pelo texto mal escrito.


Num concurso público, num vestibular ou no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), as questões relacionadas à interpretação de texto são sempre importantíssimas. Saber interpretar textos é saber ler, e isto é muito importante na vida de qualquer pessoa. "Interpretação", neste caso, é o que resulta do estabelecimento de uma comunicação entre alguém que emite uma mensagem e a pessoa que a recebe. No caso de uma intepretação de texto, essa comunicação se dá entre o autor do texto e o leitor. Para isto, não basta que o leitor tenha facilidade em leitura. É preciso também que a redação esteja bem feita, mesmo que os textos sejam curtos. Lembrem-se que "redação" é uma coisa e "texto" é outra. O texto é qualquer conjunto de palavras escritas. A redação é a forma como essas palavras são organizadas no texto para facilitar a compreensão da mensagem. 
A interpretação de textos é uma das atividades mais importantes no dia a dia da maioria das pessoas. Sempre precisamos analisar o texto e obter nossas conclusões sobre uma reportagem, uma notícia, uma carta, um relatório, um recado, etc. É por isto que a interpretação de textos é tão importante nas provas. Entretanto, ao ver alguns exemplos de textos apresentados em provas, notei uma coisa importante: a grande dificuldade de interpretação de textos por parte dos estudantes pode estar nos textos mal escritos e também em questões mal elaboradas. Alguns textos apresentam apenas uma frase como se fosse um parágrafo, o que me faz pensar que o autor não sabe o que é um parágrafo.
É verdade que os estudantes, principalmente os do ensino médio, precisam treinar cada vez mais para melhorar seus níveis de capacidade para interpretar textos. Por outro lado, também é verdade que os organizadores das provas precisam selecionar textos melhores para que sejam devidamente interpretados pelos estudantes. 

terça-feira, 23 de junho de 2020

O que é "renderizar"?

"Tela" do Pitivi - editor de vídeo.
"Renderização"
é um processo
para obter 

o resultado desejado
com a maior durabilidade possível. 

Algumas pessoas usam programas de edição de vídeos em computadores, nos quais existe um recurso chamado "renderização", e perguntam o que isto significa e para quê serve. Um desses editores de vídeo é o PitiVi, muito usado por quem usa o sistema Linux (veja a ilustração). Atualmente a edição de vídeos é algo muito importante em grande número de tarefas a serem realizadas em diversas profissões, o que faz com que o conhecimento do significado de "renderização" seja igualmente importante.
Os dicionários informam que "renderização" tem o mesmo significado de "compilação" ou "agregação". Quando se trata de um recurso a ser usado numa redação, a compilação é o ato de citar partes de vários textos combinando-os para expor uma ideia ou uma informação através dessa combinação. Nesse processo, cada informação contida num trecho citado é agregada às demais, completando a informação final - isto é, a conclusão
Isto significa que, de uma forma geral, "renderizar" é estabelecer e realizar um processo visando a maior permanência possível da durabilidade do resultado desejado. Neste sentido, em computação, a renderização é aplicada para obter o produto final de um processsamento digital usando-se progremas de modelagem em em duas dimenções (2D) ou em três dimensões (3D) e para adicionar efeitos nas produções de áudio e imagem dos vídeos. Quando o projeto estiver concluído, o trabalho estará renderizado.

sexta-feira, 19 de junho de 2020

O Significado de "Consignado"

"Consignado"
pode ter significados específicos
de acordo com o contexto.

Uma pessoa me perguntou qual é o significado de "consignado" em termos comerciais. Geralmente a palavra "consignação" é usada como sinônimo de "inscrição", "anotação", "encomenda" ou "recomendação". Portanto, "consignado" tem os mesmos significados de "inscrito", "anotado", "encomendado" ou "recomendado". 
Em termos comerciais ou financeiros, a palavra "consignado" pode fazer parte de nomes dados a determinadas operações. Uma das mais conhecidas é o "empréstimo consignado", que é um empréstimo recomendado: algumas vezes, por telefone, um funcionário de um banco recomenda a um aposentado ou pensionista esse tipo de empréstimo oferecido pelo banco.
O empréstimo consignado também é conhecido como "crédito consignado". É um empréstimo com pagamento parcelado indireto. As parcelas são deduzidas diretamente da folha de pagamento do funcionário, se este ainda estiver empregado, ou do benéficio do aposentado ou pensionista. É necessário ter muito cuidado com esse tipo de empréstimo porque ele pode comprometer até 35% da renda mensal do usuário (30% em forma de empréstimo e 5% em forma de saque no cartão de crédito consignado) (*). Além desses 35%, são cobrados juros e outros encargos que variam de acordo com o valor do empréstimo.
Existe também um procedimento comercial chamado "contrato estimatório" que é geralmente mais conhecido como "consignação". É um processo de venda cujo risco maior é do fornecedor. Nesse sistema, o fornecedor disponibiliza para o empresário vendedor uma certa quantidade de produtos com margem de lucro predefinida e também com data predefinida para o acerto. Como o risco do empresário vendedor é menor, ele pode priorizar menos os produtos consignados, o que pode provocar uma venda menor do que a esperada pelo fornecedor. 

(*) Wikipedia

quarta-feira, 17 de junho de 2020

O Ensino Especial e a Educação Inclusiva

Ilustração: Arquivo Google
Não se pode 
confundir 
as duas coisas.

Quando fazem redações sobre educação, algumas pessoas costumam confundir "educação especial" com "educação inclusiva". São coisas diferentes, mas pode-se dizer que a ideia de educação inclusiva surgiu por meio de um processo evolutivo envolvendo o ensino regular e o ensino especial.
O ensino regular inclui a organização dos ensinos fundamental, básico, médio, técnico e superior. No Brasil, considera-se que uma criança com sete anos de idade já deva estar cursando o segundo ano do ensino fundamental. Porém, durante essa jornada, podem ocorrer alguns atrasos por motivos de versos. Porém, um aluno ou uma aluna com 15 anod de idade que ainda não concluiu o ensino fundamental não faz parte do ensino regular, pois está fora do padrão de faixa etária estabelecido para isto. Neste caso, será necessário recorrer a outros meios para finalizar seus estudos.
Para isto existe o EJA (Educação para Jovens e Adultos), cujo objetivo é envolvê-los em atividades sistemáticas e sustentadas de autoeducação. A autoeducação é um sistema de ensino que dispensa a necessidade de um professor ou uma professora para ministrar o ensino. No entanto, esse conceito tem causado muitas divergências.
Para alguns educadores, essa forma de tentar padronizar o sistema de ensino e aprendizagem prejudica a maioria dos estudantes, já que nem todos podem se tornar autodidatas com a mesma facilidade. Isto fez surgir a ideia da criação de sistemas de educação especial, que têm como função principal promover o desenvolvimento das habilidades de alunos com deficiência. com distúrbios de aprendizagem e os superdotados (com altos níveis de habilidades). Entre os alunos considerados "com deficiência", incluem-se os com problemas alditivos, visuais, intelectuais, físicos ou deficiâncias múltiplas. Merecem atenção especial os disléxicos e os autistas.
É aí que entra em cena a educação inclusiva. Ela surge como um processo de ensino que tem como base o processo esducativo na forma de uma atividade social em que todas as pessoas têm o direito à escolarização. Ou seja: inclui "deficientes" e "não deficientes" no mesmo processo. Esse processo é visto como uma forma de educação voltada a formação completa, sem segregacionismo, sem preconceitos, reconhecendo diferenças, mas dando a todas elas o seu devido valor. Porém, para isto ocorrer, é fundamentalmente necessária a participação das redes de apoio. Essas redes devem ser formadas basicamente pelas famílias e por profissionais de saúde. A família, porque é o principal grupo responsável pela educação de qualquer pessoa. Os profissionais de saúde (médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, etc.) podem ajudar os educadores a entender as necessidades especiais do aluno e fornecer orientações sobre como corresponder a essas necessidades.