Elias Alves foi locutor e redator noticiarista na Rádio Vitória, em Vitória, no estado do Espírito Santo - Brasil. Ele também trabalhou como redator comercial na TV Vitória entre 1990 e 1997. Antes, entre 1986 e 1990, foi redator noticiarista na Rádio Gazeta, também em Vitória. Posteriormente atuou na Superintendência Estadual de Comunicação Social (Secom) até dezembro de 2002.

quinta-feira, 5 de junho de 2025

Demissão Humanizada

Foto: Arquivo Google
Esta é 
uma competência
do Departamento de Recursos Humanos 

Na postagem anterior, expliquei sobre algumas diferenças entre demissão e exoneração. Ao final do artigo, fiz uma breve menção sobre o desligamento humanizado humanizado com a promessa de fazer outra postagem a respeito. Esse processo também é conhecido como "demissão humanizada". 
Como demissões e exonerações são coisas relacionadas a recursos humanos, é interessante saber um pouco mais sobre o que é o DRH (Departamento de Recursos Humanos). Atualmente mantém-se a sigla DRH mas oficialmente o nome é Departamento de Recursos Humanos e Previdência. Trata-se de um órgão responsável pela gestão do pessoal (funcionários) de uma organização (empresa particular, órgão público, etc.). Entre suas competências estão atividades relacionadas à contratação, demissão e previdência complementar, incluindo aposentadoria e outros benefícios.
Para saber mais sobre demissões e exonerações, clique no link acima, Quanto à demissão humanizada, o objetivo é realizar o desligamento de um funcionário respeitando princípios éticos e minimizando ou eliminando impactos negativos que possam afetar ambas as partes (funcionário e organização) e também demais colegas de trabalho. O responsável por informar ao funcionário sobre sua demissão deve se comunicar com ele de forma clara, transparente e objetiva, esclarecendo os motivos do desligamento para que o demitido entenda a situação. 
Entretanto, a abordagem deve ser feita de modo que o funcionário entenda que o empregador reconhece sua importância como colaborador para a empresa ou qualquer que seja o tipo de organização. Além disto, é importante que a organização, antes de efetuar definitivamente a demissão, ofereça ao funcionário a ser demitido suportes como orientação profissional, facilidade de acesso a meios de busca de emprego e principalmente apoio psicológico.  
 

quarta-feira, 21 de maio de 2025

"Demissão" e "Exoneração" - Qual é a diferença?

A
Foto: Arquivo Google
 exoneração só ocorre

no âmbito do serviço público, mas esta não é

a única diferença.



Suponha que você tenha que fazer uma redação sobre demissões. Um erro que ocorre algumas vezes até em redações jornalísticas é o uso da palavra "exoneração" com o mesmo significado de "demissão". Em casos ocorrentes no setor privado (empresas e outras organizações particulares ou não relacionadas a governos federal, estaduais ou municipais), a palavra correta é sempre demissão, e pode ser voluntária (a pedido do funcionário) ou não. Se for como punição devido a um ato grave do funcionário, é chamada "demissão por justa causa".
A exoneração ocorre no setor público federal, estadual ou municipal. Nesse setor, o desligamento do funcionário é exoneração por ser voluntário ou por não representar um ato punitivo. É demissão quando se trata de uma sanção aplicada ao servidor que tenha cometido um ato grave. Ou seja: no setor público, a demissão ocorre como punição e a exoneração é o desligamento voluntário ou sem caráter punitivo.

Existe também a "demissão humanizada" ou "desligamento humanizado". Com a mania, que muita gente tem, de usar palavras em inglês em casos assim - sem qualquer necessidade - há também a denominação "offboarding humanizado". Existe a palavra que representa a tradução de offboarding em português: "desligamento". Portanto não há razão para usar a palavra inglesa num texto em português para leitores brasileiros. O mais importante neste caso é saber que se trata de uma forma aplicada por uma empresa privada para tornar o processo de demissão um funcionário menos traumática para ele e mais respeitosa para ele e a empresa. Porém este é um tema que pretendo abordar com mais detalhes na próxima postagem.

sexta-feira, 9 de maio de 2025

Professores têm que Ensinar Noções de Lógica em Redação

A aplicação da lógica na redação
é mais importante do que o número de linhas ocupadas.

 Não basta dizer aos alunos

que eles têm que fazer uma redação clara e objetiva 

em poucas linhas.

É preciso lhes ensinar

como se faz isto.


Tenho notado que muitos professores e muitas professoras estão recomendando aos alunos para que façam suas redações ocupando o menor número possível de linhas e, ao mesmo tempo, desenvolverem um texto conciso, claro, objetivo dentro desse tão limitado espaço. No entanto, raramente explicam com clareza como os alunos devem conseguir isto. Isto requer noções básicas de lógica que os professores precisam conhecer e transmitir aos alunos.

Lembro-me de Spok, o icônico personagem da série "Jornada nas Estrelas", dizendo que "a lógica não deve ser uma finalidade, deve ser um princípio". Spok é um personagem fictício, mas creio sua fala seja um pensamento de Gene Rodenberg, o criador da série, expressa através dele. A lógica é uma técnica fundamental para embasar uma linha de raciocínio em qualquer atividade, inclusive no desenvolvimento de um texto. É através dela que se traça a necessária proporcionalidade entre os argumentos. É ensinando isto que o professor facilita ao aluno o entendimento sobre como planejar uma redação concisa e objetiva sem ser muito extensa mas também com o cuidado para não ser curta demais. 

Dizer ao aluno que ele tem que escrever em poucas linhas e que o texto precisa ser conciso, objetivo, claro, com argumentos bem definidos, é dizer-lhe o óbvio. O professor precisa mostrar ao aluno meios de desenvolver as técnicas básicas para conseguir esse "óbvio". Resumindo: o ensinamento do professor ou da professora precisa ser lógico.

sexta-feira, 18 de abril de 2025

Um Resumo da História e das Tradições da Semana Santa



 

Desenho feito por Elias Alves
 Dizem que a Páscoa
representa 
a Ressurreição de Jesus,
mas já era celebrada 
antes de Jesus ter nascido.
É fácil entender a razão disto.


De acordo com historiadores, a Semana Santa foi estabelecida pelos cristãos de Jerusalém no século IV d.C. para relembrar os últimos passos de Jesus no mundo. Antes disto, os cristãos faziam toda a celebração no Domingo de Páscoa. Na verdade a Páscoa já era celebrada milhares de anos antes pelos Hebreus como forma de comemorar o dia em que, sob a liderança de Moisés, seus antepassados que viviam como escravos no Egito foram libertados e migraram para a Terra Prometida (Israel). Portanto, no século IV d.C., a Páscoa passou a ser comemorada também pelos cristãos como esperança de uma nova vida representada na ressurreição de Cristo. 
Desde então, a Semana Santa começa no Domingo de Ramos, quando se comemora a volta de Jesus a Jerusalém então sob o domínio do Império Romano, até o Domingo de Páscoa. Dentro deste período, há a Quinta-Feira Santa, que representa a noite em que Jesus ceou pela última vez com os 12 apóstolos, seguida pela Sexta-Feira Santa ou "Sexta-Feira da Paixão", quando Jesus foi crucificado por soldados romanos. O Sábado Santo, ou Sábado de Aleluia, representa a esperança do surgimento do Novo Reino - uma metáfora que não tem sentido político, mas significa melhoria de vida segundo promessas de Deus através da pessoa de Jesus. O período de celebração se encerra no Domingo de Páscoa como lembrança da Ressureição de Jesus e esperança de dias melhores para a humanidade. 
Os católicos mais tradicionais evitam consumir carne na Quarta-Feira de Cinzas (após a terça-feira de Carnaval, que ocorre 40 dias após o Domingo de Páscoa. A data não é fixa, varia a cada ano, o que facilita a reserva de carne para os dias seguintes. 
A privação da carne como alimento não é obrigatória. No entanto, para os católicos que preferem seguir esta tradição, a orientação é para que não se trata apenas de excluir tal alimento do cardápio. A abstinência deve estar aliada à caridade: fazer com que haja mais carne nos próximos dias para as famílias mais pobres, pois sempre foi um dos tipos de alimentos mais caros. Muitas pessoas substituem a carne de outros animais pela de peixe - que também é carne e não é tão barata. Por isto alguns padres recomendam que não sejam consumidos "peixes nobres" - os mais caros. De qualquer forma, não é uma obrigatoriedade, é questão opcional.

Fontes:
Diversos artigos da Enciclopédia Conhecer.



quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

A forma correta é "os óculos", não "o óculos".

Quem usa óculos usa sempre dois.

 A palavra "óculos"

está na forma plural.
Portanto, não se deve dizer

"um óculos", "aquele óculos", etc.


Muita gente está habituada a falar "um óculos", "meu óculos", etc. Em muitos anúncios apareçam pessoas falando "meu óculos", "o óculos", "seu óculos" ou "aquele óculos". O mesmo erro também é frequente em muitos textos comerciais, jornalísticos, publicitários, etc., mas o fato é que é um erro. 

A palavra "óculo" tem o mesmo significado de "lente". Cada lente é um óculo. Apesar do conjunto com a armação e as lentes ser um, há duas lentes. Portanto, as formas corretas são "os óculos", "meus óculos", "aqueles óculos", etc. Se você usa óculos, você usa sempre dois. Por isto a palavra vem na forma plural: "óculos".

Para explicar de forma mais clara, lembro que "óculos" é um substantivo masculino plural cujo correspondente na forma singular é "óculo". A palavra "óculos" se refere a duas lentes (ou seja, dois óculos) ligadas pela armação, como mostra a ilustração. Portanto, são chamados "óculos" porque são sempre dois. Por esta razão, os artigos ("os", "uns") e os pronomes indicativos ("estes", "esses", "aqueles") ou possessivos ("meus", "seus") devem estar sempre na forma plural.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Debêntures e Títulos de Crédito, Deveres e Obrigações

Um dia, 

talvez você tenha

que interpretar um texto 

ou fazer uma redação sobre isto.


Toda vez que uma pessoa precisa obter financiamentos, surgem algumas dúvidas. Afinal, todo financiamento requer muita responsabilidade de todas as partes envolvidas. Palavras muito comuns no vocabulário dos economistas, mas nem tanto entre os leigos, estão sempre presentes em documentos como contratos, etc., e geram dúvidas quanto aos seus significados. Isto causa certa insegurança principalmente entre novos empreendedores. Estudantes também precisam estar atentos a isto, pois elas poderão estar presentes em textos para interpretação ou em temas propostos para redação.

Realmente, qualquer pessoa que necessite de financiamentos  precisa conhecer bem os significados de palavras e termos como "títulos de crédito", "debêntures", "deveres" e "obrigações". Precisa, por exemplo, saber que "dever" e "obrigação" não são a mesma coisa. O desconhecimento desses conceitos ou o fato de interessado achar que os conhece mas talvez não os conheça (o que agrava a situação), abre um leque muito amplo de problemas graves que poderão ocorrer.  Por isto, eis aqui algumas dicas que podem ser muito úteis a pessoas que queiram trabalhar por conta própria, iniciar negócios, adquirir imóveis, comprar um carro, ou que necessite de financiamentos para qualquer que seja a finalidade. 
Muita gente pensa que "debênture" é o mesmo que "título de crédito". Isto já é um erro grave que pode trazer consequências ainda mais graves. O debênture é um tipo específico de título de crédito. O título de crédito é um papel que representa uma obrigação e que tem que ser emitido em total conformidade com as leis vigentes segundo cada caso. Ele é fundamental para garantir os direitos de todos os envolvidos (credor, devedor e financiador) na negociação, mas o debênture é um título de crédito que representa empréstimos que uma empresa faz junto a terceiros para assegurar seus próprios direitos. Em qualquer caso, seja qual for o tipo de título de crédito, é dele que dependem todos os elementos importantes para configurar o crédito, ou seja, para estabelecer a confiança necessária para assegurar o pagamento da dívida dentro de um determinado tempo. Afinal,  todo empréstimo é uma dívida que sempre causa a necessidade de redistribuição de bens financeiros entre o devedor e o credor dentro de um período. Esse período é chamado "serviço de empréstimo".
Isto funciona assim:
O devedor recebe uma quantia em dinheiro do credor.  Essa quantia pode ser dada totalmente no início, como no caso da compra de um apartamento ou uma casa já construída, ou aos poucos (em parcelas), como no caso da aquisição de uma casa a ser construída. No segundo caso, o dinheiro é disponibilizado de acordo com  as fases da construção, isto é, à medida em que for necessário.  O devedor devolve o dinheiro ao credor em prestações regulares. Geralmente - mas nem sempre - esse serviço tem um preço, que é cobrado como juros da dívida. 
Geralmente os empréstimos fornecidos por bancos são financiados por meio de depósitos.  Quando são fornecidos por outros tipos de instituições financeiras, estas costumam recorrer a contratos de dívidas como fontes de financiamento. Entre esses contratos constam as "obrigações", que não são o mesmo que "deveres".  As obrigações ou "direitos de crédito" são normas que regulam as relações de crédito para que se concretize uma prestação.
A diferença entre "obrigação" e "dever" é que a obrigação necessita da sujeição de uma das partes envolvidas no processo, mas o dever apenas se relaciona a uma grande possibilidade da concretização de um determinado comportamento.  O dever é estabelecido pela análise da interação entre toda as partes envolvidas. 

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

As Diferenças Entre a Publicidade e a Propaganda

Imagem do Arquivo Google
Mesmo não sendo

profissional nestas áreas,

você pode escrever sobre elas

mas para isto 

precisa saber as diferenças básicas.


Qualquer pessoa tem o direito de expressar sua opinião sobre o que quiser. Porém, para escrever e publicar essa opinião, precisa pelo menos ter conhecimentos básicos sobre o tema, pois terá que incluir na redação argumentos plausíveis. Muita gente expressa opiniões sobre publicidade e propaganda como se as duas coisas fossem a mesma coisa, e isto causa em muitos leitores interpretações equivocadas, já que o objetivo de toda redação é conduzir o leitor na linha de raciocínio do autor. 
A publicidade e a propaganda têm um mesmo objetivo: tornar algo de conhecimento público. Porém, as finalidades da propaganda são diferentes das finalidades da publicidade. A publicidade visa divulgar a existência de produtos e serviços à disposição de consumidores enquanto a propaganda divulga ideias de cunhos político, religioso, social, etc. Na publicidade a comunicação ocorre de forma direta, inclusive com informações sobre como as pessoas podem adquirir os produtos ou serviços oferecidos, e na propaganda a comunicação pode ser direta ou indireta sem precisar estar especificamente associada a produtos ou marcas. 
A publicidade pode ser veiculada através de rádio, televisão, Intertet, outdoors, cartazes, etc., e a finalidade principal é sempre lucrativa. A propaganda pode ter fins lucrativos ou não, mas as finalidades mais importantes devem ser informar, alertar, causar reflexões, e pode ser usada para estimular comportamentos, mudanças de atitudes, ideias e princípios. 
 

sábado, 25 de janeiro de 2025

A Liberdade de Expressão e Palavras Estrangeiras na Redação

Imagem do Arquivo Google

 Numa redação numa prova,

palavras em idioma estrangeiro

devem ser evitadas.


Numa postagem no Facebook, eu disse que as palavras em inglês, atualmente tão comuns nas relações através das redes sociais, devem ser evitadas se houver palavras com o mesmo sentido em português. Isto tem uma razão bem simples: nestes casos as palavras em inglês não são necessárias e a comunicação com todas as palavras em português se torna muito mais fácil. Entretanto, quando digo isto, algumas pessoas dizem que é preciso respeitar a liberdade de expressão. Isto significa que elas não sabem qual é o conceito de liberdade de expressão. 

A liberdade de expressão dá a qualquer pessoa o direito de emitir a opinião que quiser, sobre o que quiser, receber e transmitir informações, expor ideias, desde que não se expresse de maneira hostil, deselegante, não cometa calúnias e não dissemine informações falsas. Esse conceito se refere ao que você expressa, não às palavras de outros idiomas. No entanto, embora não seja proibido, o uso de palavras estrangeiras deve ser evitado, principalmente quando se trata de uma redação numa prova do Enem, do vestibular, etc. A redação numa prova tem dois objetivos básicos. Um deles é verificar a profundidade do seu conhecimento a respeito do tema proposto. O outro é avaliar a sua capacidade de comunicação no idioma oficial de seu país (no nosso caso, o português) e o nível do seu domínio sobre as regras gramaticais. Portanto, se você usar termos em outro idioma, isto poderá causar a impressão de que você não conhece os termos adequados em seu próprio idioma. Isto pode causar a perda de pontos.



sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

O Verdadeiro Significado de "Mercado Livre"

Imagem do Arquivo Google
"Mercado livre" ou "livre mercado" - as duas expressões são corretas.


É correto dizer "mercado livre" ou "livre mercado". Porém, a popularidade do aplicativo de compras pela Internet com o nome "Mercado Livre" faz com que se use a expressão "livre mercado" para evitar interpretações equivocadas quando o tema é o modelo econômico, não o aplicativo. É um modelo econômico cujas principais características são a livre iniciativa, a livre concorrência e o fato de não haver intervenção governamental na economia. 

No livre mercado as trocas econômicas e comerciais são voluntárias, há uma autorregulação do mercado e os preços dependem da relação entre a oferta e a demanda de produtos e serviços. Além disto a propriedade privada é defendida e a iniciativa privada domina a indústria, o comércio e a prestação de serviços. É uma das bases principais do capitalismo, sistema econômico baseado na propriedade privada, na acumulação de capital e no lucro.




 

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

As Diferenças entre "Logística" e "Marketing"

Para fazer 
uma redação
sobre o tema,
saber essas diferenças é fundamental.

Um bom trabalho de marketing depende muito de um bom desempenho de logística, Por isto, para o melhor desempenho de ambas as coisas, é preciso conhecer as diferenças entre as duas coisas e os pontos em que elas se combinam. Portanto, ao se produzir uma redação a esse respeito, é necessário abordar com muita clareza os aspectos específicos e em comum entre elas. 
"Logística" é uma área de gestão que visa prover uma empresa ou organização com recursos, equipamentos e implementos para melhorar a execução de todas as suas atividades. Fazem parte da logística o planejamento, a implementação e o controle de fluxo de caixa e armazenamento de matérias primas, materiais semi acabados e produtos acabados (ou "produtos finais") ou serviços prestados. Por extensão, também integram todas as informações relativas a esses itens, desde o planejamento para a produção até a chegada do produto final ou do serviço prestado ao consumidor. 
Quando o assunto é marketing, mesmo muitos profissionais desse setor assumem que encontram dificuldades para estabelecer diferenças entre o marketing e a logística. "Marketing" e "logística" não são a mesma coisa, mas se não houver um bom trabalho logístico no preparo de um plano de marketing, este não será bem sucedido. Assim, a definição de "logística" no início deste texto pode ser resumida dizendo-se que sua função principal é fazer com que o cliente valorize não apenas o produto adquirido ou o serviço recebido, mas também a empresa fabricante do produto ou prestadora do serviço. 
"Logística" é a tradução em português da palavra francesa "logistique", que por sua vez é proveniente da palavra grega "logos". A prática, já com este nome, se originou nas táticas militares de guerra, especialmente as ocorridas na Europa durante a Idade Média. Referia-se ao planejamento e realização de projetos e desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte e manutenção de materiais com finalidades operacionais e administrativas. 
Longe das guerras, a logística assume características menos militares e mais voltadas à satisfação da clientela com menor custo possível para as empresas. Como a palavra grega "logos" significa "estudo", torna-se evidente que a parte principal da logística é o planejamento - no caso do marketing, o planejamento para promover produtos, serviços, marcas e empresas ou organizações. 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

"Bastante" e "Bastantes" - Como devemos usar as duas palavras?

Ilustração: Arquivo Google
As duas palavras estão corretas, 

mas o uso correto

de cada uma

depende do contexto 

da frase.



Uma postagem no Facebook gerou uma série de conflitos de opiniões sobre as palavras "bastante" e "bastantes". Algumas pessoas comentaram que a palavra "bastantes" não existe porque "bastante" já significa "muitos". No entanto, este é um pensamento equivocado. A palavra “bastante” deve ser usada tanto no singular como no plural, dependendo da função que exerce na frase. Ou seja, dependendo do contexto. Quando é um advérbio de intensidade ("li bastante livros" ou "li livros o bastante"), não sofre alterações e deve permanecer no singular porque "bastante" neste caso significa "o que basta", "o suficiente". Outro exemplo: “Eles são bastante bons." Neste caso "bastante bons" significa "suficientemente bons".
Acontece que há situações em que “bastante” é um adjetivo. Quando isto ocorre a flexão de número é necessária para concordar com o substantivo, devendo ser utilizada a forma “bastantes”. Exemplos: “Eles são bastantes” (que significa "eles são muitos, em grande quantidade, em quantidade suficiente"). Também há casos em que “bastante” tem a função de pronome indefinido, e aí também pode ser necessária a variável “bastantes”. Por exemplo: “bastantes empresas faliram”. Neste caso significa "inúmeras empresas".
A regra é bem simples: para saber se deve usar “bastante” ou “bastantes”, substitua “bastante” por “muito”. Se “muito” tiver que ir para o plural ("muitos"), a opção certa será "bastantes". Por exemplo, "li bastantes livros" (ou seja: "li muitos livros"). Não aprendi isto na China, aprendi fazendo redações como principal atividade profissional durante décadas e estudando sistematicamente durante muitos anos a gramática da língua portuguesa para esta finalidade.

sexta-feira, 17 de maio de 2024

O que é um "Deboísmo Financeiro"?

A dúvida 

certamente é causada 

por uma nova palavra

ainda desconhecida

por muita gente.


Este é um fenômeno que acontece em todos os idiomas: frequentemente surgem novas palavras, novas expressões, etc. Atualmente, em alguns sites e aplicativos de vendas, surge frequentemente a expressão "deboísmo financeiro", e já há muitas pessoas querendo saber o que é isto. Uma preocupação natural, pois estão lidando com uma expressão ainda pouco conhecida e relacionada a finanças. 

Parece-me evidente que isto tenha sua origem no fato de que uma nova palavra está começando a ser muito usada por pessoas que postam nas redes sociais e se comunicam com amigos através da Internet: "deboísmo". Trata-se de uma espécie de "corrente filosófica" cuja principal regra é procurar viver tranquilamente, sem grandes preocupações, etc. Vem daí o uso da expressão "deboísmo financeiro" através dos canais de vendas, que aproveitam a oportunidade para garantir aos consumidores a ideia de tranquilidade financeira nas compras. 

Muitas palavras terminadas em "ismo" têm o significado de algum tipo de doutrina, conjunto de ideias, corrente filosófica, etc. Como exemplos, podemos citar "cristianismo", "catolicismo", "romantismo", "comunismo", "socialismo", "capitalismo", etc. Portanto, "deboísmo", que já tende a ingressar como palavra oficialmente integrada ao nosso idioma, já pode ser considerada uma palavra desta categoria. Isto provoca a necessidade do surgimento de outras palavras relacionadas a ela, tal como "deboísta" - pessoa bem-humorada, despreocupada, tranquila. 

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Você sabe o que é uma mídia?

Imagem do Arquivo Google

 Muita gente 

usa a palavra "mídia",

mas nem sempre 

no contexto adequado. 


Muita gente usa a palavra "mídia" para se referir a fatos ou informações veiculados através do jornalismo (radiojornalismo, telejornalismo, jornalismo impresso ou via Internet, etc.). Parecem não saber que tal palavra tem um significado muito mais extenso e que, quando generalizam dizendo que todos estão usando a mídia de forma inadequada, e dizem isto em postagens ou comentários no Facebook, no Linked In, no Instagram ou no WhatsApp, estão incluindo elas mesmas. 
Essas pessoas precisam saber que "mídia" é todo o conjunto existente de formas de veiculação de informações e de comunicação, incluindo sistemas de televisão, rádio, jornais, revistas, telefonia fixa, telefonia móvel e tudo que se faz através da Internet. Ou seja: todas as formas usadas para a divulgação de informações, opiniões, ideias, através de mensagens particulares ou públicas. Os meios específicos para isto (televisão, rádio, Internet, etc.) são chamados "veículos ou meios de comunicação", "veículos ou meios de informação" ou "veículos ou meios midiáticos". A propaganda e o marketing também são atividades midiáticas. 

Na verdade, "mídia" é uma forma "aportuguesada" da palavra inglesa "media", que é uma abreviação de "mass media", cuja tradução correta é "comunicação de massa". Em termos mais simples, isto significa que "mídia" é literalmente todo o conjunto de atividades relacionadas à comunicação social. "Comunicação social" é o nome que se dá à veiculação de informações para grandes públicos através de qualquer dos veículos midiáticos (televisão, rádio, Internet, etc.). Deve-se lembrar que "comunicação" significa troca de informações. Compreende-se, então, que "comunicação social" é a disponibilidade de informações considerando como respostas ou "trocas de informação" as reações do público. 
À medida em que o tempo avança, muita coisa muda porque tem que mudar, porque precisa se atualizar, tornar-se mais eficaz. Evidentemente, no caso da mídia não poderia ser diferente, e a mudança mais significativa veio através da popularização da Internet. Através dela, a mídia perdeu totalmente seu antigo caráter de homogeneidade. Os assuntos mais debatidos não são mais os de interesse exclusivo das grandes empresas de comunicação. Nem mesmo das grandes empresas de qualquer setor de atividade. Existe agora uma tal "mídia alternativa", fundamentada principalmente na formação de "grupos" nas redes sociais online, nos quais diversos tipos de assuntos variados ou específicos são postados e discutidos. Isto trás à tona, dentro da comunicação social, a necessidade de amplos debates sobre mídia analógica, mídia digital, mídia eletrônica e seus respectivos conceitos. Como a Internet está à disposição de um número cada vez maior de pessoas, há muito tempo isto já não é mais de interesse específico dos empresários e dos profissionais de comunicação. É do interesse de todos.