Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta pronomes oblíquos. Ordenar por data Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta pronomes oblíquos. Ordenar por data Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

39 - Colocação Pronominal - 1.ª Parte: A Próclise

A próclise, 
a ênclise e a mesóclise
integram um conjunto de regras
muito importantes para que uma redação
tenha um bom nível qualitativo:
a colocação pronominal.


Próclise, ênclise e mesóclise. Estas três palavras causam muitas preocupações entre as pessoas que pretendem participar de um exame vestibular ou um concurso público.  "Parecem nomes de filósofos gregos", disse-me um dia um amigo, brincando. Não são, evidentemente, nomes de pessoas, mas realmente são de origem grega, e seus significados estão relacionados às posições que os pronomes oblíquos átonos ocupam em relação ao verbo numa oração ou período. Na linguagem popular essas posições raramente são respeitadas, mas para uma boa redação, principalmente com finalidades formais, devem ser rigorosamente consideradas. 
Neste artigo, ater-me-ei (isto é uma mesóclise) aos principais pontos referentes à próclise. Nos próximos, referir-me-ei à ênclise e à mesóclise.
Como já está definido no parágrafo anterior, a colocação nominal é a posição que os pronomes pessoais oblíquos átonos ocupam numa oração ou frase em relação ao verbo a que se referem. Os pronomes são palavras cujos significados são apenas categoriais. Ou seja: são relacionados a determinados conceitos ou categorias. Por isto, a análise de um pronome isoladamente não nos permite identificar um significado específico e definitivo para ele. Esse significado dependerá do sentido que o autor do texto quer dar à frase e das outras palavras inseridas na mesma. Os pronomes oblíquos apresentam flexões que variam em relação ao número (singular ou plural), gênero (masculino ou feminino) e pessoa. Esta última é a principal flexão, porque define a pessoa no contexto. 
Os pronomes oblíquos átonos são aqueles com acentuação tônica fraca. Exemplos: me, te, o, a, lhe, nos, vos, los, as, las, lhes, etc. O "lhe" é o único pronome oblíquo átono que apresenta uma contração. Isto acontece porque resulta da união entre os pronomes "o" ou "a" e as preposições "para" ou "a". Por estar sempre na condição de acompanhante direto de uma preposição, é também um objeto indireto. Todos os demais pronomes oblíquos átonos são sempre objetos diretos. 
Próclise é um caso específico de colocação pronominal em que o pronome oblíquo átono é situado antes do verbo. Embora popularmente seja utilizada nas falas de forma generalizada, na escrita correta a próclise nunca deve ser utilizada no início de uma oração ou frase. Popularmente costuma-se dizer "Me faz este favor.", mas a forma correta é "Faça-me este favor."(*)
Outro exemplo?  Popularmente se diz: "Naquele lugar se trabalha o dia inteiro." Formas corretas: 
  1. Naquele lugar, trabalha-se o dia inteiro.
  2. Naquele lugar as pessoas trabalham o dia inteiro.

(*) Este é um exemplo de ênclise. 

No próximo artigo: Colocação Pronominal - 2.ª Parte: A Ênclise


quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Significados de "Palavra", "Vocábulo", "Termo" e "Expressão".

Saber os significados específicos
destas três coisas
pode ajudar muito
numa redação. 



Temos uma forte tendência em acreditar que "palavra", "vocábulo" e "termo" são sinônimos - ou seja, que tem o mesmo significado. Isto não é verdade. Uma palavra pode ser interpretada sob os aspectos fônico, mórfico e frásico. O fônico é relativo à voz e ao som. O mórfico se refere à forma da palavra e, ao mesmo tempo, às formas de pensamento ou sentimento que se pode perceber através da palavra. O frásico é referente ao significado da palavra no contexto da frase. 
Quanto ao aspecto fônico, a palavra é vista como um conjunto de fonemas e sílabas podendo ter ou não ter tonicidade. No aspecto mórfico, a palavra se revela como unidade de significação lexical ou gramatical. A significação lexical está relacionada a condições externas, ao ambiente social, à interação social realizada por meio de um idioma. A significação gramatical se restringe às regras da gramática. 
O vocábulo é uma palavra considerada apenas quanto à sua forma vocal. Ou seja, quanto à sua pronúncia. O vocábulo contém partes átonas, que são sílabas sem acento de intensidade. Muitos vocábulos são pronomes oblíquos e artigos que se unem a outros para originar um termo fonético. Há também vocábulos que são conjunções e preposições. Em resumo, o vocábulo é o nome que se dá à palavra quanto ao som e quanto às letras.
O termo é a palavra referente à situação em que algo se encontra. São exemplos os termos de um contrato, termos de responsabilidade, etc. Designa também expressões próprias de determinadas áreas profissionais ou de conhecimento: termos médicos, científicos, geográficos, matemáticos, históricos, etc. O termo é, em síntese, uma palavra que tem uma função dentro de uma 
oração.
A expressão pode ser uma palavra ou um conjunto de palavras representando um pensamento. É também toda palavra que revele algo sobre quem a diz: expressão de alegria ou de tristeza, de dor ou de alívio. Também representa a fluência de uma pessoa ao falar ou redigir. Leia mais sobre expressões aqui: 
Conectivos ou Elementos de Conexão.

Fontes: 

Significados de "Palavra", "Vocábulo", "Termo" e "Expressão".

Saber os significados específicos
destas três coisas
pode ajudar muito
numa redação. 



Temos uma forte tendência em acreditar que "palavra", "vocábulo" e "termo" são sinônimos - ou seja, que tem o mesmo significado. Isto não é verdade. Uma palavra pode ser interpretada sob os aspectos fônico, mórfico e frásico. O fônico é relativo à voz e ao som. O mórfico se refere à forma da palavra e, ao mesmo tempo, às formas de pensamento ou sentimento que se pode perceber através da palavra. O frásico é referente ao significado da palavra no contexto da frase. 
Quanto ao aspecto fônico, a palavra é vista como um conjunto de fonemas e sílabas podendo ter ou não ter tonicidade. No aspecto mórfico, a palavra se revela como unidade de significação lexical ou gramatical. A significação lexical está relacionada a condições externas, ao ambiente social, à interação social realizada por meio de um idioma. A significação gramatical se restringe às regras da gramática. 
O vocábulo é uma palavra considerada apenas quanto à sua forma vocal. Ou seja, quanto à sua pronúncia. O vocábulo contém partes átonas, que são sílabas sem acento de intensidade. Muitos vocábulos são pronomes oblíquos e artigos que se unem a outros para originar um termo fonético. Há também vocábulos que são conjunções e preposições. Em resumo, o vocábulo é o nome que se dá à palavra quanto ao som e quanto às letras.
O termo é a palavra referente à situação em que algo se encontra. São exemplos os termos de um contrato, termos de responsabilidade, etc. Designa também expressões próprias de determinadas áreas profissionais ou de conhecimento: termos médicos, científicos, geográficos, matemáticos, históricos, etc. O termo é, em síntese, uma palavra que tem uma função dentro de uma 
oração.
A expressão pode ser uma palavra ou um conjunto de palavras representando um pensamento. É também toda palavra que revele algo sobre quem a diz: expressão de alegria ou de tristeza, de dor ou de alívio. Também representa a fluência de uma pessoa ao falar ou redigir. Leia mais sobre expressões aqui: 
Conectivos ou Elementos de Conexão.

Fontes: 

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

A Linguagem Mais Adequada na Redação

A linguagem tem que ser
adequada para a finalidade da redação. 


Numa redação, é preciso considerar o que se chama correção de linguagem. Para isto é importante lembrar que a linguagem é o sistema que uma pessoa usa para se expressar através da fala ou da escrita. Num conceito mais simples, é a forma pela qual uma pessoa se expressa.
O conceito de correção da linguagem é vinculado a padrões de língua culta e, por isto, geralmente se relaciona a regras gramaticais. Entretanto esse conceito de correção, no caso de uma redação como a exigida no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), obrigatoriamente recebe uma inevitável flexibilidade que o transforma em adequação da linguagem. 
Isto acontece porque, numa redação, a linguagem deve ser adequada ao tema, ao leitor, à situação, etc. A linguagem a ser usada depende de fatores individuais, influências da língua popular (embora na redação gírias e termos chulos devam ser evitados) e interferências de diferenças regionais e locais. É para evitar possiveis problemas provenientes destas dependências que existe a gramática. 
Nestes casos, a gramática é uma disciplina normalizadora. As regras gramaticais orientam estabelecendo critérios para a obtenção de um bom desempenho linguístico. Esses critérios são quanto a:

- Emprego do plural.
Deve-se estar atento quanto ao uso correto do plural e às concordâncias verbais e nominais. Merecem especial atenção os nomes compostos.

- Emprego dos gêneros.
Refere-se ao uso correto dos gêneros masculino e feminino.

- Formas verbais. 
Refere-se ao uso correto dos verbos e suas variações.

- Formas pronominais. 

Refere-se ao uso correto dos pronomes.

É importante salientar que o uso de pronomes pessoais oblíquos e de tratamento exige atenção especial. Eles têm complexidades muito peculiares. Há outros artigos sobre isto no Redafácil.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

38 - A Formação das Palavras

Para produzir uma boa redação,
não basta dominar técnicas redacionais.
É preciso escolher as palavras mais adequadas
aos objetivos da redação. 
Para isto, 
é preciso conhecer bem
alguns detalhes 
sobre a formação das palavras.

Uma redação de bom nível não pode contar palavras escolhidas ao acaso. Toda redação tem uma finalidade específica, formal ou informal, mas de qualquer forma necessita conter palavras que estejam de acordo com a finalidade e o contexto. Por isto é muito importante o conhecimento dos significados e da formação das palavras.
No idioma português, existem vários processos de formação das palavras que sempre foram usados ao longo da história do idioma, passando por adaptações de acordo com o avanço do tempo, as razões culturais próprias e os graus de influências de outros idiomas e outras culturas nos países ou regiões onde o português se tornou a língua oficial. Atualmente essas modificações acontecem principalmente por influência do inglês, que cada vez mais se firma como o principal idioma do mundo sob o ponto de vista comercial e cultural, e do surgimento constante de novas palavras relacionadas à tecnologia, às novas descobertas científicas, ao surgimento de novas profissões, etc. Essas modificações são estudadas através da neologia, uma palavra de origem grega ("neo", que significa "novo"; e "logos", que significa "estudo"), que significa "estudo do que é novo". Gramaticalmente, "neologia" é o estudo de novas palavras, e "neologismo" é o nome que se dá ao surgimento delas. 
Os principais processos de formação das palavras são a derivação, a composição, o estrangeirismo e o acrônimo. A derivação é o acréscimo de um ou mais morfemas a uma palavra (radical ou raiz) já existente. "Morfema" é uma unidade gramatical existente numa palavra, a qual não pode ser fragmentada. Em "irresponsabilidade", por exemplo, a palavra raiz é "responsabilidade", e o morfema é o prefixo "ir". Ainda neste caso, é possível considerar que a raiz seja a palavra "responsável", e que há, portanto, dois morfemas: o prefixo "ir" e o sufixo "bilidade". 
Num conceito mais simples, o morfema é uma partícula que encerra um significado básico com uma função que modifica a palavra raiz ("responsável" - "responsabilidade") ou gera outro significado oposto ao inicial ("irresponsabilidade"). 
O morfema pode ser léxico, e então é também chamado "lexema". Isto acontece, por exemplo, com a palavra "provavelmente", cuja raiz ou radical é "provável" e cujo fonema é o sufixo "mente". Ao mesmo tempo, a própria raiz é também um morfema, já que a palavra "provável" encerra um significado propriamente definido. O exemplo citado é um caso em que o sufixo ("mente") é um morfema com a função de transformar um adjetivo ("provável") em um advérbio ("provavelmente"). Porém, lembrando novamente que "provável" é uma palavra completa, isto é, com significado próprio, a palavra raiz é também um morfema livre.
"Adjetivo" é uma palavra que caracteriza um substantivo dando-lhe uma característica específica. Pode ser flexionado de acordo com o gênero, o número ou o grau. "Gênero" é a classificação de palavras em números fixos de categorias chamadas "classes gramaticais": substantivos, verbos e adjetivos. O substantivo pode ser determinado por um artigo que o precede, por um pronome ou por um numeral, ou pode ser modificado por um adjetivo. O artigo pode ser definido masculino singular ("o") ou plural ("os"), definindo feminino singular ("a") ou plural ("as"), indefinido masculino singular ("um" ou "algum") ou plural ("uns" ou "alguns") ou indefinido feminino singular ("uma" ou "alguma") ou plural ("umas" ou "algumas"). 
Os pronomes podem ser pessoais (eu, tu, ele, nós, vós, eles), oblíquos ("-lo", "lhe", "-lhe", "-la"), demonstrativos (aquele, aqueles, esses, estes, etc.) e possessivos (nosso, nossa, meu, seu, meus, seus, minhas, suas, etc.). Um pronome não tem significado independente, pois tem que estar de acordo com a frase e o texto em que se insere. 
O número ou numeral, em termos gramaticais, determina a quantidade de itens à qual  uma classe gramatical estiver relacionada. A classe pode ser singular ("Ele vai ao cinema.") ou plural ("Eles vão ao cinema."). Nestes dois exemplos, as classes gramaticais são os pronomes pessoais "ele" e "eles". 
O grau é um atributo que define o nível de grandeza de um substantivo ou de um adjetivo. Pode ser comparativo ou superlativo. Sendo superlativo, pode ainda ser aumentativo ou diminutivo. 
Um exemplo de grau comparativo: "O Botafogo está mais propenso a ser campeão este ano do que o Vasco."
Um exemplo de grau superlativo aumentativo: "afinadíssimo" (relativo a "afinado"). Neste caso o morfema é o sufixo "íssimo". 
Um exemplo de superlativo diminutivo: "subnutrição" (relativo a "nutrição"). O morfema é o prefixo "sub", que significa "abaixo de", "menos", "pouco", "menor". 
De forma mais resumida, pode-se dizer que os morfemas se dividem basicamente em prefixação, sufixação e parassíntese. A prefixação é a adição de um prefixo, a sufixação é a de um sufixo e a parassíntese e a adição de um prefixo e um sufixo. Um exemplo de parassíntese: "reabilitação", no qual "habilitar" é a raiz, "re" é o sufixo e "ação" é o sufixo.