A forma como escrevemos
tem relações
com a forma
como falamos.
tem relações
com a forma
como falamos.
Há pessoas que pensam que não é necessário observarmos a forma de falar corretamente para nos expressarmos corretamente também através da escrita. Tal pensamento é um grande equívoco. Na fala, o acento tônico ou átono de uma palavra (o acento que não aparece na grafia mas se evidencia na pronúncia) causa influências sobre a palavra seguinte. A observação desse fenômeno é de fundamental importância para nos orientamos sobre as palavras mais adequadas para usarmos e a sequência em que elas devem ser colocadas para melhor nos expressarmos na escrita.
Estou me referindo a dois fenômenos conhecidos como "ênclise" e "mesóclise". Na ênclise, a situação de cada palavra depende do acento tônico da anterior para formar um todo fonético. Na próclise, é a palavra átona que faz com que o acento tônico da seguinte seja subordinado a ela. Os artigos definidos (o, a, os, as) e indefinidos (um, uma, uns, umas) e as preposições (a, e, de, que, etc.) são sempre procliticos (palavras que causam uma próclise).
A ênclise e principalmente a próclise causam frequentes alterações nos vocábulos (palavras pronunciadas). Quando um vocábulo perde seu valor tônico, perde sua resistência. Por isto importante observarmos as palavras e a sequência de palavras mais adequadas na redação, pois as palavras escritas são representações gráficas dos vocábulos.
Lembre-se: "palavra" é uma coisa, "vocábulo" é outra. A palavra é escrita e pronunciada, mas o vocábulo é a pronúncia da palavra. Basta observar que a própria palavra "vocábulo" é uma referência ao fenômeno vocal (relativo à voz).
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