Quando o assunto é "redação", a principal preocupação dos estudantes é com relação às provas, especialmente aos vestibulares. O mesmo acontece com pessoas que desejam se preparar para concursos públicos. Nessas provas, o objetivo principal da redação não é apenas verificar a capacidade do participante para redigir. O objetivo principal é verificar se ele está bem informado sobre o que acontece na cidade em que vive, no Estado, no país e no mundo. Geralmente são propostos temas relacionados a assuntos importantes do momento nas áreas de política, economia, etc. Portanto, é importante que os candidatos se mantenham bem informados, lendo jornais e revistas como a "Veja", a "carta Capital" e outras com maior frequência possível, assistindo diariamente a todos os telejornais que puder.
Quanto à construção da redação, deve-se seguir as orientações contidas no artigo "Primeiro Escolha o Tema e Organize as Ideias". Depois, leia o artigo a seguir, cujo título está no rodapé do aqui citado. Recomendo também que leia o terceiro artigo da série.
Deve-se evitar redundâncias
As redundâncias aparecem com muita frequência nas redações de alunos em provas como o Enem. Também são comuns em vestibulares e concursos públicos. Entre as mais usadas, estão "...entrou para dentro do quarto...", "...saiu para fora da sala...", "falou dizendo coisas...", etc. As palavras "falar" e "dizer" não tem o mesmo significado(*), mas expressões como "falou dizendo" e "falou e disse" são redundâncias porque é impossível falar sem dizer algo.
Frequentemente os narradores de jogos de futebol cometem redundâncias. Eles dizem coisas como, por exemplo, "a bola saiu pra fora", ou que o jogador "entrou dentro do gol com bola e tudo", etc. Redundâncias são perdoáveis quando são usadas como ênfase em momentos de empolgação ou expressões de surpresa, alegria, etc. Numa redação, porém, devem ser evitadas. Não se deve escrever "entrou dentro" ou "entrou para dentro" porque o ato de entrar já determina um movimento para dentro de algo. A redundância, portanto, não é o uso errado de uma expressão, mas é o uso de palavras que expressam ênfases do óbvio, sendo por isto desnecessárias. Em qualquer redação, tudo que é desnecessário deve ser evitado.
(*) "Falar" e "dizer" são palavras com significados diferentes. "Falar" é expressar-se oralmente; "dizer" significa revelar ou informar uma idéia, um fato, etc. através da fala ou da escrita. Exemplos:
O presidente Luis Inácio "Lula" da Silva falou sobre a importância do pré sal para o Brasil.
- A frase informa o tema sobre o qual o presidente falou, mas não informa o que ele disse.
Em entrevista aos jornalistas, o presidente Lula disse que o pré sal é muito importante para a economia brasileira.
- Como se trata de uma entrevista, já se percebe que o presidente falou, mas a frase esclarece que, em sua fala, o presidente disse - ou seja, informou - que o pré sal é muito importante para a economia do país.
Numa mensagem enviada por e-mail à redação do jornal, o presidente Lula disse que o pré sal elevará as condições econômicas do país.
- Esta frase informa que o presidente disse (informou) que o pré sal favorecerá a economia nacional.
A seguir: "Erros muito comuns, mas que podem e devem ser evitados"
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pela sua participação!