domingo, 3 de setembro de 2017

O Significado de "Fascista"

Benito Mussolini
foi primeiro-ministro da Itália
de 1922 a 1943.
É preciso 
ter certeza 
sobre os significados
das palavras
usadas na redação.


Em todos os momentos em que conversamos com alguém, fazemos postagens  ou comentários na Internet ou enviamos mensagens por qualquer meio e para qualquer finalidade, temos que ter cuidado com as palavras que usamos. Não se trata de um sistema de ditadura com o objetivo de impedir que nos expressemos como quisermos, mas de preservar a qualidade da informação, de termos certeza de que os textos que elaboramos realmente revelam o que queremos dizer. Com frequência, vê-se a palavra "fascista" ser utilizada nas redações e em postagens nas redes sociais online, mas raramente com o significado correto. Por isto, o uso dessa palavra tem gerado muitas contradições dentro do contexto em que ela é empregada. 
Para entender o significado da palavra "fascista", é preciso conhecer um pouco da história política da Itália, especialmente a parte relacionada ao período de 1921 a 1943. A palavra originou-se de "Fascismo", um movimento iniciado na Itália em 1919 por Benito Mussolini (foto: Arquivo Google), e que trouxe à tona um partido com o mesmo nome a partir de 1921. Tal nome veio da palavra italiana "fascio", que significa "aliança". Foi um regime autoritário que colocou Mussolini no poder como primeiro-ministro a partir de 1922. Era um sistema de ditadura cuja doutrina era contra o comunismo e ao mesmo tempo antiliberal, atuando contra as liberdades individuais.
Com o passar dos anos, muitas palavras são tão usadas com significados diferentes dos originais que estes acabam sendo oficialmente aceitos como corretos. Foi o que aconteceu com "fascismo", que atualmente significa um regime de ditadura que não é exercido por militares, mas tem uma autoridade única levada ao poder por organizações de massa cujos membros são principalmente provenientes da classe operária e de áreas rurais. "Fascista" é, portanto, a pessoa que participa desse regime ou concorda com ele. O que se percebe em muitas redações feitas pelos estudantes e até em discursos de políticos é o uso abusivo da palavra "fascista" como se significasse qualquer tipo de ditadura. Isto é um erro.

sábado, 2 de setembro de 2017

Uma novidade que pode ser tema para redação.

A biomimética
é uma nova tendência
tecnológica e comercial.


O avanço dos conhecimentos científicos e tecnológicos causa constantes necessidades de mudanças repentinas nas próprias ciências, na indústria, no comércio e, consequentemente, nas vidas de todos nós. Por isto, também frequentemente surgem novas palavras e, ao mesmo tempo, novos conceitos relacionados a palavras há muito tempo bem conhecidas. Há, no entanto, uma nova palavra que está começando a ocupar mais espaços na linguagem comercial, o que a torna importantíssima para nós: "biomimética". 
A técnica não é tão nova assim, mas para muita gente "biomimética" ainda é uma palavra desconhecida que começou a ser muito utilizada recentemente. Portanto, é uma nova palavra para essas pessoas. Como já ocorreu com muitas outras palavras que você conhece, esta surgiu da combinação de outras duas palavras provenientes do grego: "bios", que significa vida, e "mímesis", que significa "imitação". Em síntese, "biomimética" significa "imitação da vida", mas ultimamente essa palavra vem sendo cada vez mais empregada com um significado muito mais amplo e importante para a vida moderna. Isto amplia muito suas possibilidades de se tornar um tema para redação no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), nos próximos vestibulares e/ou em concursos públicos. 
Como mostram as fotos do Arquivo Google que utilizei para compor a ilustração nesta postagem, a biomimética é uma área científica cujo objetivo é estudar as funções das estruturas da natureza para aplicar suas estratégias em busca de soluções para diversos problemas nas nossas vidas. Pode-se dizer que é uma nova versão da "biônica", uma palavra que se tornou muito popular principalmente a partir da década de 1970 através do sucesso de séries da televisão como "O Homem de Seis Milhões de Dólares", "A Mulher Biônica", etc. "Biônica" é a aplicação de conhecimentos de biologia para a solução de problemas de engenharia, mas é também um sistema de investigação da natureza para combinar suas características com recursos tecnológicos. 
Esse avanço da biônica para a biomimética, se podemos dizer assim, abrange uma área multidisciplinar. Ou seja: inclui várias ciências relacionadas a muitas profissões: biologia, química, física, informática, matemática, design e eletrônica são apenas algumas dentre elas. A biomimética está sendo vista por muitos especialistas em arquitetura e engenharia como a solução para alguns problemas na construção civil. Isto porque estudos biológicos comprovaram que é possível inspirar-se nos recursos naturais de milhões de espécies animais para a solução de espécies de engenharia e de tecnologia em geral. Portanto, caros e caras estudantes, pesquisem e estudem muito sobre a biomimética, não apenas para fazer uma boa redação, mas principalmente para obter informações que serão necessárias para suas vidas.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

O Teorema na Redação

O teorema
não deve ser confundido
com
a teoria. 


Quando se fala em teorema, muitos estudantes logo se lembram do "teorema de Tales" - aquele que o matemático grego Tales de Mileto usou para mostrar que era possível, através da matemática, comprovar uma afirmação. Acontece que os teoremas não existem somente na matemática. Nas redações dissertativas eles são fundamentais exatamente porque um teorema é um processo pelo qual se busca comprovar uma afirmação baseando-se em outras afirmações já comprovadas. No entanto, essas afirmações anteriores não devem ser consideradas como "provas". Uma prova é apenas um processo pelo qual se mostra que uma afirmação está correta. Essas afirmações anteriores são axiomas.
"Axioma" é o mesmo que "postulado". Apesar de ser uma proposição ou informação óbvia, não pode ser considerado como uma prova. Embora seja uma informação com conteúdo que possa ser verdadeiro, essa proposição é a descrição de um conteúdo de asserções. Por sua vez, as asserções são enunciados com a finalidade de se assumir uma possibilidade de haver ou não haver relação entre diferentes afirmações e informações. Uma proposição é algo que se julga ser verdadeiro mas não é necessariamente uma verdade.
Um teorema consiste numa implicação que possa ser provada. Portanto, numa redação, o teorema precisa ser demonstrado para ser provado. Não deve ser confundido com "teoria". A teoria é uma ideia baseada numa hipótese. O teorema se baseia no fato de que será necessária uma prova da prova - ou seja, uma comprovação. Neste caso, o conjunto de afirmações concluídas é o que se chama "tese". Portanto, de forma resumida, pode-se dizer que o teorema é a implicação das hipóteses na tese. 
Com base nisto, ressalta-se a importância dessas inferências. "Inferência" é o processo pelo qual uma conclusão é obtida a partir de várias observações. Dependendo do contexto, esse processo pode ser dedutivo ou indutivo. É dedutivo quando se trata de uma análise lógica para a formação dos argumentos. É indutivo quando segue uma linha de raciocínio por meio de indícios para identificar uma causa. 
Mesmo depois de provados, alguns problemas são inapropriadamente chamados de "conjecturas". Uma conjectura é uma afirmação que pode não ser verdadeira porque nunca foi provada. É uma ideia baseada em suposições ou em outras ideias sem a necessária verificação de seus fundamentos. Portanto, o termo "conjetura" é inadequado para casos em que as provas já ocorreram. 

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

"Mundo" e "Universo"

O planeta Terra é o nosso mundo. 
Ele não é o Universo,
está no Universo.
"Mundo" e "Universo"
são coisas diferentes.



Não são raras as vezes em que muita gente usa a palavra "mundo" para se referir ao "universo" - e vice-versa. Usam as duas palavras como se fossem sinônimas. Em sentido figurado, ambas costumam ter mesmos significados, mas o conhecimento dos significados originais ajuda muito a evitar equívocos numa redação. 
Quando nos referimos ao mundo em que vivemos, referimo-nos à Terra, o planeta em que vivemos. Conclui-se, desta forma, que existem no Universo muitos mundos, já que existem neles vários planetas. Os mundos podem ser habitados ou não. 
Às vezes a palavra "mundo" é confundida com a palavra "universo" porque em sentido figurado ambas são usadas para definir um conjunto de coisas que compõem a realidade ou nosso ponto de vista sobre ela. Isto quer dizer que as palavras "mundial" e "universal" também têm significados diferentes. "Mundial" é algo relativo ao mundo, isto é, ao nosso planeta. "Universal" é o que se refere ao Universo.
Nas religiões e nas mitologias há os "submundos", que são geralmente descritos como lugares para onde vão as almas das pessoas que cometeram crimes, tiveram vidas desregradas, etc. Entre os cristãos, o submundo é chamado "inferno", mas "mundo" também é uma palavra frequentemente usada para se referir à existência do pecado, das tentações do demônio e de tudo que os cristãos devem abominar. É uma palavra usada também para se referir a uma determinada área de conhecimento, de atividades, etc., tal como em expressões como "o mundo dos esportes", "o mundo da ciência", "o mundo político", etc. Às vezes é uma referência a uma área existente no próprio mundo mas ainda desconhecida por muita gente, o que fez com que os europeus se referissem à América no século XVI como "Novo Mundo".
"Universo" é literalmente o conjunto de tudo que existe e de tudo que pode existir no nosso mundo, em todos os outros mundos e distante deles. Por esta razão, na astronomia e na ficção científica, o Universo é tudo que inclui espaço, tempo, matéria e tudo que é relacionado a planetas, estrelas, galáxias, etc. Em sentidos contextuais, tal como ocorre com a palavra "mundo", também pode significar uma determinada área de conhecimentos; um grupo humano específico e seus costumes, etc. (exemplo: o universo dos índios Yanomami - suas lendas, sua religião, seus costumes, etc.). 

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

"Risco de Vida" ou "Risco de Morte"

"Risco", neste caso,
significa a possibilidade
de algo ocorrer,
não o que já está ocorrendo.


Com muita frequência, muita gente demonstra ter dúvida sobre isto. Há até quem diga que "risco de vida" é a forma correta. "Risco", neste caso, significa "perigo". O perigo é de morte, não de vida. Portanto, se a expressão for relacionada à possibilidade de alguém morrer, a correta é "risco de morte" ou "perigo de morte". Há também até professores de Língua Portuguesa que dizem que a expressão "risco de vida" não é incorreta porque é a vida que está correndo risco, mas isto é um erro. Quando dizemos que "a vida corre risco", a frase está incompleta: é uma forma popular de dizer que "a vida corre risco de acabar". Isto também confirma que o risco é de morte, não de vida.
Outro detalhe importante que se deve observar: já que neste caso a palavra "risco" significa "possibilidade de algo ocorrer", não se pode dizer "risco de vida". Isto significaria "possibilidade de viver". Se a pessoa ou qualquer outro ser ainda não morreu, não há apenas uma possibilidade da vida ocorrer: ela está ocorrendo. Por outro lado, "risco de morte" significa que a morte pode ocorrer ou não, mas o contrário do risco de morrer é o risco de sobreviver, não de viver. "viver" é estar vivo; "sobreviver" é que é continuar ou permanecer vivo. 

Um Passatempo que Ajuda Muito a Melhorar Seu Nível de Reação

Clique na ilustração para vê-la melhor.
O criptograma
é um jogo
que ajuda muito
a descobrir 
mais palavras
e seus significados. 


Este é um tipo de jogo muito útil para quem deseja descobrir palavras desconhecidas tanto quanto for possível, e o descobrimento dessas palavras é importantíssimo para o desenvolvimento do nível de redação. Na ilustração, são apresentados dois tipos de criptogramas: num deles, o objetivo foi descobrir a resposta para uma pergunta que provavelmente foi, talvez: "Qual é o nome que se dá às grandes porções de terra como a África, a América ou a Europa?" Para descobrir a resposta ("continentes"), foi preciso responder às outras questões. O jogador respondeu as que sabia e, por dedução, descobriu as que não sabia, e assim prosseguiu até chegar ao resultado final. 
O do outro tipo contém uma mensagem. Em cada quadrinho há um número, cada número representa uma letra que o jogador descobre enquanto joga. É desta forma que ele descobre as palavras e, consequentemente, toda a mensagem. Neste tipo de criptograma geralmente já são mostradas algumas letras correspondentes a alguns números para facilitar o início do jogo. Ambos são passatempos ideais principalmente para crianças em início de alfabetização. É claro que o grau de dificuldade do criptograma deve ser adequado à idade e ao grau de escolaridade do jogador. Ao mesmo tempo, quanto mais difícil, melhor. 
"Cripto" é uma palavra de origem grega que significa "escondido", "oculto" ou "secreto". Por isto, a criptografia, um sistema muito utilizado em informática, por exemplo, é uma escrita secreta que pode ser decifrada por quem consegue interpretar determinados sinais ou códigos nela apresentados. A palavra "criptograma" tem o o mesmo significado de "criptografia". Muitos dos benefícios que o jogo proporciona às pessoas já são bem conhecidos. Recomendado para idosos, ajuda muito a retardar o mal de Alzheimer e outros problemas relacionados a dificuldades de cognição (capacidade de adquirir conhecimento). Também é recomendado para crianças, adolescentes e pessoas em qualquer faixa etária exatamente porque proporciona um exercício mental que as torna mais capacitadas para a aprendizagem e a capacidade de memória. A isto se soma o enriquecimento do vocabulário, e isto é importantíssimo para os momentos em que há necessidade de receber ou transmitir informações oralmente ou por escrito. Ou seja: ajuda a melhorar sempre o grau de comunicabilidade.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Assuma a Sua Opinião

A opinião 
é sua;
portanto,
assuma-a.


Alguns sites estão informando que no Enem deste ano, quanto às redações, a prioridade será dada à construção do texto. Isto não é novidade. Em todas as provas a prioridade sempre foi e sempre será esta, pois a "construção do texto" inclui cuidados com ortografia correta, uso das palavras adequado das palavras, paragrafação correta e todos os detalhes já explicados no Redafácil. O que eu interpreto como um grande erro em muitos desses sites é o aconselhamento do uso da primeira pessoa do plural ("nós") quando você expressar sua opinião numa redação.
Se o objetivo do uso de "nós" ao invés de "eu" for demonstrar humildade, simplicidade, isto já faz parecer ao leitor que é uma demonstração falsa, apenas para cumprir uma regra que não traz contribuição alguma. Além disto, a opinião exposta na redação é sua. Você pode até citar opiniões de outras pessoas para estabelecer comparações, mas a opinião principal tem que ser a sua. Assuma-a como "minha opinião", não "nossa opinião". Quando você a expressa, exerce um direito que é seu. Está expressando o seu modo de pensar, não o seu e de outras pessoas. Portanto, não há razão para o uso da primeira pessoa do plural.

domingo, 27 de agosto de 2017

Verdades e Mentiras sobre Redações

Quem erra hoje
tem mais chances 
de acertar amanhã 
e de obter mais sucesso
futuramente.


Não acredite em tudo que dizem sobre como serão os critérios para notas em redações no Enem, nos vestibulares, etc. Quando quiser obter informações corretas quanto a isto, procure-as no site do Ministério da Educação. Aqui, referir-me-ei ao que algumas pessoas estão dizendo sobre as estruturas das redações. Umas dizem que bastará escrever em cinco ou dez linhas. Outras dizem que dois parágrafos serão suficientes. Meu conselho: não acredite nisto.
Uma redação razoável tem que ter no mínimo quatro parágrafos com pelo menos quatro ou cinco períodos. O texto deve ocupar pelo menos 30 linhas. Quando o Ministério da Educação ou uma instituição de ensino superior anunciam que serão aceitas redações tão reduzidas como algumas pessoas estão informando, isto quer dizer que, nas provas, os candidatos até poderão escrever redações assim, mas obviamente a prioridade será dada aos textos melhor elaborados.
Ao fazer sua redação, tente fazê-la da melhor forma que puder, mas não tenha receio de errar. Aqueles que a corrigirão também já erraram muito em redações. Além disto, como diz um ditado, é errando que se aprende. 
Treine em casa. Escreva bastante. Não digite no celular ou no computador, pois estes têm corretores automáticos. Ouse correr o risco de escrever errado. Quando houver dúvida sobre como se escreve uma palavra, recorra a um dicionário. Isto lhe ajudará a aprender a escrevê-la. Quando estiver usando o Messenger, o WhatsApp, redes sociais, etc., evite "abreviar" palavras digitando, por exemplo, "pq" ao invés de "porque". Faça isto por duas razões: 
- As palavras reduzidas em poucas letras permitem mais rapidez na digitação, mas as palavras completas facilitam a comunicação.
- O hábito de escrever ou digitar as palavras sempre corretamente contribui para que a ortografia nunca seja esquecida. Nas provas e em muitos momentos da vida lembrar dela será muito importante.
Leia muito. Livros, revistas, jornais, etc. Quem lê mais escreve melhor porque se mantém mais em contato com as palavras escritas. O hábito da leitura ajuda a retardar problemas cerebrais e a descobrir novas palavras, novas expressões. Consequentemente, ajuda muito a melhorar a capacidade de redigir.

sábado, 26 de agosto de 2017

Como Fazer Analogias nas Redações

Use analogias
nas redações,
mas com moderação 
e certos cuidados.


A ilustração  (Google Fotos) já informa o que é uma analogia. Muita gente acha que "análogo" significa "igual". "Análogo" é algo que tem algumas semelhanças com outra coisa. "Analógico" é um caso em que são identificadas semelhanças entre duas ou mais coisas extremamente diferentes. Portanto a analogia é o estabelecimento de uma ralação entre duas ou mais coisas, ideias, etc., apontando semelhanças mesmo quando elas são muito diferentes entre si.
Nas redações, as expressões linguísticas - ou "expressões idiomáticas - são os exemplos de analogias mais frequentes. Uma delas é bem popular: "Não entre nesse barco." Neste caso, "barco" é uma metáfora, pois não significa um veículo de transporte aquático, significa a possibilidade de ser um problema. As expressões linguísticas são frases ou expressões com palavras com significados diferentes dos originais. Numa redação é preferível evitar o excesso de informalidade, mas o uso de analogias é inevitável. Elas se tornam processos de transferência de informação buscando estabelecer pontos em comum entre a origem ou fonte de informação e o destinatário  (o leitor). Elas se opõem à sedução, mas não a impedem nem a substituem.
Entretanto, essas relações entre a origem da informação e o leitor não são necessariamente semelhanças. Posso, por exemplo, que os esquis são para o esquiador como os sapatos são para quem está sempre descalço porque não possui sapatos. A analogia está no fato de que tanto os esquis como os calçados têm que ser usados nos pés. Acontece que os esquis são para quem sabe ou quer aprender a esquiar e os sapatos são para todas as pessoas que necessitam deles. Isto significa que, nas redações, as analogias são fluídas, sendo por isto necessário muito cuidado ao usá-las. Para um experiente corretor de textos, uma simples análise do texto será suficiente para identificar comparações ou relações mal apresentadas ou sem sentido. Quanto ao exemplo que citei aqui, é  bem simples: esquis e sapatos são para serem usados nos pés, mas têm finalidades bem diferentes.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

"Baixar" ou "Abaixar"?

Os dois verbos
estão corretos?
Têm significados diferentes?


Estas dúvidas são comuns entre a "redação online". É compreensível, já que esses jovens estão frequentemente diante de orientações como "baixe este aplicativo", "baixe o vídeo", etc. As duas palavras estão corretas. São diferentes mas representam verbos que não podem ser usados como se fossem diferentes.
Sei que isto parece confuso, mas é fácil de entender. São verbos que têm o mesmo significado, mas há uma certa preferência pelo verbo "abaixar" quando é relacionado a um objeto direto. Já o uso do verbo baixar é obrigatório quando é intransitivo. Para entender isto melhor, leia no Redafácil os artigos sobre objetos diretos e indiretos e verbos transitivos e intransitivos. 
Podemos resumir da seguinte maneira:
Abaixar - tornar algo (preço, volume de um som, etc.) mais baixo. Diminuir a altura, a intensidade ou o volume de algo.
Baixar - transferir algo de um local para outro mais baixo. Diminuir a altura (em metros, centímetros, etc.) de algo. 
Numa redação durante uma prova, não se preocupe. Embora cada um dos dois verbos seja mais usado nos casos citados acima, os dois são corretos e têm o mesmo significado. Portanto, preste atenção apenas à situação em que o uso do verbo "bsixar" é obrigatório, tal como está explicado neste texto.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

A Paragrafação

A paragrafação correta
é fundamental
para uma boa redação.

Em concursos públicos, principalmente, a redação precisa ser de ótimo nível. Nível bom não basta. Entretanto, mesmo para uma redação apenas de bom nível, ela precisa ser bem estruturada. A estrutura de um texto é, em resumo, a organização, a dispposição ordenada dos elementos essenciais que o compõem. Entre esses elementos estão os parágrafos.
"Paragrafação" é uma palavra pouco usada, mas existe, e é muito importante que seu significado seja bem conhecido. Dele depende o nosso sucesso toda vez que nos encontramos diante da necessidade de escrever, e isto ocorre em muitos momentos na vida. É a forma como os parágrafos são ou têm que ser dispostos. Essa organização é determinante para que todo o texto seja bem avaliado. Não basta que apenas as palavras e as frases tenham uma sequência lógica; é preciso que isto também ocorra ente os parágrafos. É isto que fundamenta a lógica da redaação.
É importantíssimo que frases longas sejam evitadas. Uma boa redação tem no mínimo três ou quatro parágrafos, mas cada parágrafo deve ter pelo menos cinco frases e períodos (*). Escritores famosos escrevem frases e períodos longos, mas eles têm "jogo de cintura" para isto. Se numa prova do Enem você fizer isto, corre o risco de perder pontos. 
Procure aprender mais sobre os parágrafos e os períodos lendo os artigos sobre os mesmos. Para encontrá-los, digite a palavra "parágrafo" no espaço perto de "G+", no alto da tela, e clique sobre o ícone semelhante a uma lupa.

(*) Procure numa das colunas os artigos sobre frases e períodos.