quinta-feira, 8 de maio de 2014

O Real Significado de "Virtual"

O uso frequente
de expressões
como "amigo virtual" ou "realidade virtual" na internet
tem causado confusão quanto ao significado correto da palavra "virtual".


Isto é o que se tem percebido em redações nas provas do Exame Nacional de Ensino Médio e em concursos públicos. Como as pessoas que se relacionam entre si nas redes sociais online são frequentemente chamados de "amigos virtuais", muita gente interpreta a palavra "virtual" como se significasse algo ou alguém com que (ou quem) se pode manter contato mesmo estando distante. Já as pessoas acostumadas a jogos como os "videogames", também acostumadas à expressão "realidade virtual", consideram como virtual algo que não é real embora pareça ser. 
A palavra "virtual" se refere ao que não é ainda uma realidade confirmada, mas tem possibilidades de ser real. É algo suscetível de ser realizado ou de se realizar. Também é algo que existe e pode substituir outra coisa causando o mesmo efeito. É também o que está predeterminado ou planejado e pronto para ser realizado.  
É virtual também algo que pareça inexistente por não poder ser visto, nem tocado e nem sentido, mas que provoca efeitos que podemos perceber. Eis por que as imagens dos videogames são chamadas "realidade virtual": é algo que aparentemente não existe, mas provoca efeitos reais: as imagens que vemos e os sons que ouvimos.
A palavra vem do latim, língua em que "virtualis" significa "virtude", "força", "potência". Significa, portanto, algo que existe, e não algo irreal. Pode-se ter uma ideia melhor de seus significados e de suas implicações através da semiótica perciana. A semiótica é uma ciência que estuda os significados. "Perciana" (não "persiana", que é o mesmo que "persa") é assim escrita (com "c", não com "s"), por não se tratar de algo relativo à Pérsia. É uma referência a Charles Sanders Pierce (1839-1914), filósofo, cientista e pedagogo norte americano que realizou importantes estudos como simbologista. Estudando as relações entre os fenômenos do Universo, ele estabeleceu como "virtuais" os espaços reais existentes entre esses fenômenos. 

É por isto que que a criações que pressupõem uma imitação básica da realidade, principalmente em programas de computação e na internet, são chamas "virtuais". Essas criações são modelagens com o auxílio de computadores. Elas resultam em modelos que assumem a equivalência de coisas reais ou até extrapolam. 

Fontes:

  • Dicionário Aurélio Buarque de Holanda.
  • "O que é Realmente o 'Virtual'", de Renato Rocha Souza (Engenheiro de Sistemas da PUC (Pontifícia Universidade Católica) do Rio de Janeiro.

4 comentários:

  1. Olá professor Elias, queria por gentileza que o senhor analisasse minha redação não tenho muita técnica em criar textos argumentativos, estou treinando para o Enem.


    A inutilidade da consciência humana

    Em vazão do fato ocorrido com o jogador Daniel Alves pode perceber o quão a mentalidade humana está regressando ao falar sobre racismo. Pessoas que ao invés de ajudarem a eliminar esse preconceito “pré-histórico” perdem o conceito e o valor do ser humano querendo sobrepor ao achar que a cor da pele a cor dos olhos a sua estatura física te faz melhor que alguém, a ponto de se sentir soberano ao outro.
    Precisamos de cidadãos conscientes, que todos entendam a real razão pela qual existe a igualdade de direitos impostas por lei, onde é direito de todo ser, de ter respeito e ser respeitado cumprindo regras e seguindo normas. Extinguir totalmente este obstáculo que nos impedem de seguir como um país mais justo que valoriza á pessoa como realmente deve ser e assim diminuir a violência horrenda que existe em um país onde pessoas negras e humildes são vistas como bandidos. Uma pessoa racista só respeita um negro ao ver-lhe como autoridade! Um juiz, uma advogada e demais exemplos. É triste essa concepção, mas é o que acontece, temos que conscientizar as crianças para que não sejam vítimas de racismo e nem se tornarem racistas, aplicarem uma boa ética nas escolas para obtermos um bom resultado.


    Obrigado :)

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    1. Olá, "Anônimo"!

      Em primeiro lugar, você colocou um título que contradiz o que o que você diz na redação. Você usa o título "A Inutilidade da Consciência Humana", mas no testo destaca a utilidade dessa mesma consciência. Quanto a "vazão", creio que você quis digitar "razão" e errou na digitação.
      No texto, onde está "cumprindo regras e seguindo normas", há duas redundâncias: "regras" e "normas" são palavras com o mesmo significado. "Cumprindo" e "seguindo", neste caso especificamente, também. Basta dizer "cumprindo regras" ou "cumprindo normas". Também pode dizer "seguindo regras" ou "seguindo normas".

      O ponto de exclamação (!) só deve ser usado quando houver uma exclamação. É por isto que ele é chamado "ponto de exclamação". São exemplos de exclamação:
      - Veja!
      - Meu Deus!
      - Cruz, Credo!
      A frase "Uma pessoa racista só respeita um negro ao ver-lhe como autoridade." é uma afirmação, não uma exclamação. Portanto, deve ser encerrada com ponto simples (.). Além disto, nas mesma frase, deve-se dizer "vê-lo", não "ver-lhe". Em vez de um "Um juiz, uma advogada e demais exemplos", diga "Um juiz ou uma advogada, por exemplo".

      No segundo parágrafo, você o inicia desta forma: "Precisamos de cidadãos conscientes, que todos entendam a real razão pela qual...". Inicie desta forma: "Precisamos de cidadãos que entendam a razão pela qual existe a igualdade de direitos, imposta por leis." Em vez de "este obstáculo que nos impedem", a forma correta é "este obstáculo que nos impede" ou "estes obstáculos que nos impedem".
      Ao final, está escrito: "É triste essa concepção, mas é o que acontece...". Escreva da seguinte forma:
      "É triste esta concepção, mas é o que acontece. Temos que evitar que as crianças sejam vítimas de racismo e prepará-las para que não se tornem racistas. Para isto é preciso adotar no ensino escolar, desde cedo, princípios éticos que facilitem esse resultado."

      Grato pela sua participação.
      Grande abraço.

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    2. Foi um prazer poder ajudá-lo. Disponha sempre.

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Obrigado pela sua participação!