segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Regência e Concordância

Novamente, como acontece com frequência,
o maior índice de erros cometidos por alunos
na prova de Língua Portuguesa do Enem 
foi com relação a concordâncias e regências. 
No entanto, 
existem maneiras bem simples de evitar esses erros. 

Novamente, os problemas relacionados a concordâncias e regências foram os principais motivos que causaram notas baixas na prova de Língua Portuguesa do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) deste ano. Certamente os alunos que não obtiveram boa pontuação em concordâncias e regências também não foram bem sucedidos no quesito redação - é impossível produzir uma redação de bom nível se não houver um bom nível de domínio de concordância e regência. No entanto, existem algumas regras facílimas que podem ajudar muito com relação a isto.

- O que é "regência"? 

"Regência" é a função subordinativa de um termo (regente) sobre outro (regido ou subordinado). Esta é a base fundamental de qualquer frase, pois é o que define seu sentido. A regência é estabelecida principalmente pela posição dos termos na frase ou oração, pelos conectivos (como as preposições "e", "de", "com", etc.) e pelos pronomes relativos (aquele, aquela, que, se, lhe, etc.). 
São de fundamental importância as regências por preposições. O termo (regido) subordinado por uma preposição atua como complemento ou adjunto a uma palavra anterior (regente). Exemplos:
- Deu um presente ao amigo. 
  • Neste caso, "ao" é a junção da preposição "a" com o artigo definido masculino, "o", e a palavra "amigo" tem a função de complemento de destinação, sendo, portanto, um objeto indireto. 
- Ele falou de você a mim. 
  •  Neste exemplo, "ti" e "Maria" estão subordinados respectivamente às preposições "de" e "a". "Ti" é um complemento de referência e "Maria" é um complemento de destinação. 
Há também os complementos de lugar: 
  • Eu vim de Vitória.
  • João foi à cidade
  • Pedro foi à casa de Maria
- O que é "concordância"?

A concordância é um princípio pelo qual certos termos determinantes ou dependentes se adaptam às categorias gramaticais de outros, determinados ou principais. Pode ser nominal ou verbal.
É uma concordância nominal quando o substantivo vem acompanhado por um adjetivo. Suponhamos que o substantivo seja, por exemplo, "carro". À frente, acrescenta-se uma palavra complementar - por exemplo, "vermelho". Temos aí a concordância nominal "carro vermelho", na qual "carro" é um substantivo e "vermelho" é uma palavra que, em muitos casos, é um substantivo, mas neste se transforma em adjetivo e tem a função de complemento nominal. 
A concordância é verbal quando a forma do verbo combina com o sujeito. Usemos como exemplo o verbo "trabalhar": "eu trabalho", "tu trabalhas", "Joana trabalhou ontem", "eu trabalharei amanhã", etc. 

5 comentários:

  1. carro é um substantivo concreto. Logo vermelho é um adjunto adnominal, não complemento!

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    1. É um complemento porque ajuda a identificar o carro pela cor, informando que não é qualquer carro, é um carro vermelho.

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    2. Na análise sintática não se deve confundir adjunto (acessório) e complemento (integrante). "vermelho" é um adjunto, não é um complemento. Todo complemento nominal é acompanhado de preposição.

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    3. Olá, Regina!

      Um complemento é algo que exerce uma função complementar. Ou seja: é algo que completa alguma coisa. Um adjunto pode ser também um complemento. Quando eu digo que alguém comprou um carro, informo apenas que a pessoa comprou um carro. Porém, quando eu digo que essa pessoa comprou um carro vermelho, completo a informação acrescentando a cor do carro. Neste caso, a palavra "vermelho" se torna um complemento.

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