sexta-feira, 11 de maio de 2018

"Internetês" Pode Prejudicar as Atividades Profissionais

A "linguagem da internet"
está sendo
motivo de preocupação
para especialistas em educação.



Se o "internetês" fosse usado apenas na Internet, e ainda assim apenas de vez em quando, seria menos mal. O grande problema é que muita gente está usando esse mesmo tipo de "linguagem" em redações nas provas, em trocas de informações nas relações de trabalho, etc. Isto é uma péssima ideia. Em muitos casos, já está se tornando um vício, e é tão prejudicial quanto qualquer vício. Cabe aos professores de Língua Portuguesa alertar os jovens sobre isto e buscar meios de controlar a situação junto com eles. 
O "internetês" já está sendo considerado uma "variação de linguagem" nas formas de comunicação entre as pessoas através das redes sociais online (existem também as redes sociais presenciais). Isto pode prejudicar o rendimento escolar e limitar muito o grau de comunicabilidade de quem usa muito esse recurso. Ninguém está sendo proibido de usá-lo, mas aconselho que seja imposto um limite, pois limite é algo que é necessário em tudo na vida.
Eu concordo com o que a professora de língua portuguesa e escritora Wilma Ramos diz a esse respeito. Ela diz que no internetês não são usadas apenas "abreviaturas" que não existem no nosso idioma, mas também há um excesso de erros ortográficos, muitos até propositais, como "aki" ao invés de "aqui" e outros que não têm razão alguma para serem praticados. Ela alerta: isto é uma armadilha para quem participará de um vestibular, do Enem, de um concurso público ou de qualquer tipo de processo seletivo. 
Antes que alguém diga que toda essa preocupação é exagerada, lembro mais uma vez: isto já está acontecendo até nas relações profissionais.  Por maior que seja a intimidade entre o profissional e seus colegas ou seus clientes, este é um erro grave, pois dificulta a comunicação. A existência das regras ortográficas a serem cumpridas existe exatamente para facilitar a comunicação, e o que está ocorrendo é o contrário disto.
Não acredite nessa história de que "o internetês ajuda a fazer uma comunicação mais rápida". A "rapidez" na comunicação só por causa da exclusão de algumas letras não acontece, ela é uma ilusão. Use todas as oportunidades que tiver para escrever ou digitar sempre corretamente. Isto não somente facilitará a comunicação como evitará o risco de você esquecer como certas palavras são escritas e empregadas corretamente. Leia aqui para saber como escolher adequadamente as palavras e expressões que devem ser inseridas em suas redações.

quinta-feira, 10 de maio de 2018

"Aprendizagem", "Ensino", "Ensinagem" e "Ensinamento"

Foto: Construir Notícias
Pode parecer
estranho para você,
mas a palavra "ensinagem"
existe na Língua Portuguesa.


Quase sempre que alguém usa a palavra "ensinagem", alguém pergunta: "A palavra correta não é 'ensinamento'?". As duas palavras estão corretas, mas é preciso prestar atenção aos detalhes de seus significados específicos para, numa redação, incluí-las de acordo com o contexto.
"Ensinagem" não é o mesmo que "ensinamento". O ensinamento é um conjunto de ideias transmitidas pela pessoa que ensina à pessoa que pretende aprender. A ensinagem é o processo que envolve o ensinamento e a aprendizagem. "Aprendizagem" é a capacidade de aprender. O ensino é um sistema de transmissão de conhecimentos para instruir e educar pessoas. Há o ensino formal, o informal e o não formal.
Provavelmente você gostaria de me perguntar se "informal" e "não formal" não são a mesma coisa. Uma atividade informal visa à socialização do indivíduo sem considerar formalidades. Ocorre durante a vida inteira e nem sempre intencionalmente. Um processo não formal é sempre intencional. O ensino formal é o praticado através das instituições de ensino (escolas, faculdades, universidades, etc.).  O ensino informal se relaciona ao processo de socialização das pessoas. O não formal é intencional, relaciona-se a processos de consciência política e relações sociais de poder entre os cidadãos. O ensino não formal costuma ser praticado por organizações como associações e movimentos populares.
A aprendizagem é o processo pelo qual o aluno, discípulo ou aprendiz adquire conhecimentos, habilidades e capacitação através de estudos, experiências, formação, raciocínio e observação. Relaciona-se à educação como processo de desenvolvimento pessoal. É uma das funções mentais mais importantes para os humanos. "Educação" é o conjunto que inclui o ensinamento e a aprendizagem. A educação consiste em promover a sociabilização das pessoas para prepará-las para exercer profissões, facilitar seu convívio social, adequando-as para sua participação na sociedade. 

quarta-feira, 9 de maio de 2018

"Partilhar" ou "Compartilhar"?

É preciso saber
a diferença
entre "partilha"
e "compartilhamento".


Acostumados ao frequente uso das redes sociais na Internet, as pessoas em geral, mas principalmente os jovens, se deparam sempre com o verbo "compartilhar" e começam a achar que seu significado se refere apenas a dividir algo - uma informação, por exemplo - com alguém. Na verdade, isto se chama "partilhar". O uso da palavra "compartilhar" na rede social não está errado, o erro está nesta interpretação.
"Compartilhar" é praticar o compartilhamento de algo. "Compartilhamento" é o mesmo que "comunhão" ou "coparticipação". Significa fazer parte de algo, tomar parte em algo. Na Internet, quando você compartilha uma postagem, você participa da divulgação da informação entre várias pessoas. Mesmo que você não clique na palavra "compartilhar", não "marque" seus amigos numa postagem, basta que você publique algo em sua rede social, blog ou site, e já estará compartilhando com muita gente que visualizará sua publicação. Ocorre o mesmo quando a publicação é de outra pessoa mas você participa na divulgação.
Embora o verbo "partilhar" seja apresentado até em dicionários como se tivesse o mesmo significado de compartilhar, não é bem assim. "Partilhar" significa "partir", "dividir uma coisa em partes". Você pode, por exemplo, partilhar uma pizza para duas ou três pessoas. Pode partilhar um pão para ser comido por você e outras pessoas. Uma família pode partilhar uma herança.
Conclusão: "compartilhamento" é participação; "partilha" é divisão. Portanto, "compartilhar" é participar e "partilhar" é dividir em duas ou mais partes. 

segunda-feira, 7 de maio de 2018

As Diferenças entre "Meta", "Objeto", "Objetivo" e "Objetividade"

Ilustração feita pelo autor do texto.
Seus significados
se relacionam
entre si,
mas não são
o mesmo significado. 

Numa redação, o contexto é a relação entre entras as palavras e e expressões e as frases em que elas são usadas, entre essas frases e o parágrafo em que estão contidas e entre os parágrafos para estabelecer a linha de raciocínio que conduzirá o leitor do início ao fim do texto. Portanto, embora muitas palavras tenham aparentemente o mesmo significado, é preciso observar certos detalhes relacionados a elas e que possam se relacionar com o contexto geral da redação. 
Este é o caso de palavras como "meta", "objeto", "objetivo" e "objetividade". Frequentemente citadas até em alguns dicionários como sinônimas, são palavras com significados bem distintos, embora em certas circunstâncias algumas delas possam substituir uma das outras. "Objeto", por exemplo, é uma palavra que define coisas como um lápis, um brinquedo, uma faca, um copo, etc., mas também às vezes tem como significado a causa ou a consequência de algum fato ou alguma ação. Quando a ação é a execução de plano, o "objeto" também passa a ser "objetivo", que significa o que se pretende alcançar, obter ou realizar. Também, quando dizemos que seu texto precisa ser objetivo, estamos dizendo que ele precisa ser escrito de forma sucinta, clara, direta. Desta forma, torna-se fácil perceber que "objetividade" é a capacidade de escrever o texto nestas condições - ou seja, é a capacidade de ser objetivo.
Toda objetividade tem como principal objetivo o alcance de uma meta. "Meta" pode ser tanto a finalização da própria redação como a finalidade da mesma. Portanto, lembre-se que "finalização" e "finalidade" são coisas diferentes. Na redação, a finalização é o encerramento do texto e a finalidade é a razão pela qual você o escreveu. Não confunda "finalização" com "conclusão". A conclusão é o ato de finalizar o texto deixando claro para o leitor o raciocínio do autor com relação a seus próprios argumentos

sábado, 5 de maio de 2018

Redafácil Atrai Especialistas em Política, Marketing e Vendas

O público
que acessa o Redafácil
se diversifica
cada vez mais.

Iniciei as atividades no Redafácil em 9 de janeiro de 2010 com o intuito de contribuir para que principalmente estudantes de nível médio tivessem uma opção a mais como pesquisa para melhorar seus níveis de redação. A ideia foi baseada no fato de que a maioria das notas em redação no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) era sempre péssima. Infelizmente isto ainda ocorre, mas vez por outra surgem aqui comentários de estudantes agradecendo por terem obtido notas melhores depois que passaram a visitar o blog.
Nos artigos, não abordo apenas técnicas de redação, embora elas constem em alguns deles. Isto já ocorre em muitos outros blogs e sites sobre redação. O que busco expor aqui são principalmente coisas extremamente importantes que, pelo que vejo, a maioria dos websites relacionados a este tema raramente abordam: o cuidado com as palavras e expressões de acordo com os contextos, a observância relacionada ao tipo de público ao qual o texto é dirigido, as formas como determinados temas devem ser abordados, etc. Ao que parece, isto tem trazido para o Redafácil acessos não somente de estudantes, mas também de profissionais de várias áreas e de vários países. Segundo o Blogger, serviço do Google que hospeda o Redafácil, nos últimos sete dias o blog tem recebido acessos de grande número de leitores do Brasil, Estados Unidos, Espanha, Portugal, Irlanda, Moçambique, Rússia, Reino Unido e Quênia. 

O Similar Sites, que revela dados estatísticos de websites em geral, informa que a maioria das pessoas que acessam o Redafácil o fazem a partir de seus locais de trabalho. Segundo o site de relacionamentos profissionais LinkedIn, entre as pessoas que consultaram o Redafácil entre 24 de abril e primeiro de maio, no Brasil, 33% são especialistas em políticas governamentais, 11% são especialistas em marketing, 11% são corretores de investimentos e 11% são vendedores. As palavras-chaves mais usadas por quem encontrou o Redafácil através do LinkedIn foram "Rede Vitória de Comunicação".  

sexta-feira, 4 de maio de 2018

Luxo, Luxúria e Luxuosidade

 A aparente semelhança
entre as três palavras
gera confusão quanto aos significados.
Nas duas fotos (Arquivo Google),
dois exemplos de luxo e luxuosidade.

Em textos religiosos, a palavra "luxúria" aparece com certa frequência, citada como um dos "Sete Pecados Capitais". Muita gente confunde seu significado com os de "luxo", "luxuosidade", "ostentação", etc. Percebe-se tal confusão facilmente em muitas redações. 
Realmente a palavra "luxo" se relaciona à ostentação, à pompa, à suntuosidade, a tudo que seja uma beleza material excessiva, não necessária, e que envolve ou aparenta envolver gastos exorbitantes em dinheiro. A luxuosidade é de fato o conjunto de características de tudo que é luxuoso, que revele luxo. A luxúria, porém, se refere a práticas sexuais.
A luxúria é o mesmo que "lascívia". É uma emoção de intenso desejo pelos prazeres sexuais causados através da prostituição, da sodomia, da pornografia, da pedofilia, etc. Segundo a Igreja Católica, é um dos Sete Pecados Capitais e serve como "porta" para levar a outros pecados. Independentemente de pontos de vista religiosos, a luxúria (isto é, a prática sexual desregrada) estimula o abuso sexual (incesto, pedofilia, estupro, pedofilia, etc.), a exploração comercial do sexo (prostituição) e facilita a geração de DST (doenças sexualmente transmissíveis).

quinta-feira, 3 de maio de 2018

A Competência

Esta é
mais uma palavra
com vários significados
inter-relacionados. 


Quando o assunto é eleição, vem a preocupação sobre a honestidade ou desonestidade dos candidatos a cargos políticos. Por outro lado, mesmo se o candidato for uma pessoa honesta, é preciso avaliar se ela é competente para o cargo que pleiteará. Neste caso, avaliar a competência de alguém é algo mais complicado do que parece.
"Competência" é uma palavra frequentemente usada quando os temas são relacionados ao mercado de trabalho. É usada sempre para significar a capacidade profissional de uma pessoa. O uso da palavra para esta finalidade não está incorreto, mas tem uma série ampla de significados que induzem a este. "Competência" é um substantivo feminino proveniente da palavra latina "competere", que significa aptidão para cumprir uma tarefa ou executar uma função. 
Às vezes usamos a frase "isto não compete a mim", não para dizermos que não temos aptidão para fazer algo, mas para dizer que não temos a obrigação de fazê-lo. Neste caso, "competência" assume o significado de recebimento de uma ordem ou confiança para realizar algo, cumprir uma missão, realizar uma função. Aliás, é bom lembrar que "funcionário" não é a pessoa que tem um emprego, é a pessoa que tem como função a obrigação de cumprir algo, é a pessoa a quem é dada a obrigação de fazer algo funcionar.
No âmbito jurídico, a palavra "competência" representa qualquer atributo legal que permite a um juiz o direito de julgar uma causa. Ao mesmo tempo, indica aptidão ou conhecimento relacionado a uma determinada área. Isto coincide com "competência profissional", que no mercado de trabalho indica um conjunto de características de uma pessoa que lhe permitem realizar funções profissionais. 
Tudo isto nos leva à conclusão de que "competência" e "habilidade" são duas palavras com conceitos relacionados. A habilidade é a capacidade de praticar teorias e conceitos aprendidos e/ou adquiridos. A competência é a junção desses conhecimentos e a combinação entre duas ou mais habilidades.