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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

As Diferenças entre "Preconceito" e "Discriminação"




No Exame Nacional de Ensino Médio (Enem),
em vestibulares em concursos públicos,
frequentemente as redações revelam
que a maioria dos participantes
usam as palavras "preconceito" e "discriminação"
como se fossem sinônimas.


As duas coisas são associadas entre si em muitas situações, mas são diferentes. Por isto as duas palavras podem ser usadas numa mesma redação, mas o autor terá que demonstrar, no texto, que sabe qual é o significado de cada uma e, ao mesmo tempo, conduzir o leitor no raciocínio referente a essas diferenças sem desviar-se do raciocínio geral do tema abordado. Para isto, é preciso saber que o preconceito, como mostra o vídeo, é um juízo preconcebido e discriminatório, mas a discriminação é o ato de diferenciar, separar, destacar, salientar, muitas vezes - mas nem sempre - de forma preconceituosa. Repare que, às vezes, quando você tem que preencher um formulário, exige-se que você discrimine, por exemplo, suas aptidões profissionais, seus dados pessoais (números de documentos, data de nascimento, etc.). 
A forma de discriminação relacionada ao preconceito é a discriminação social. O problema é que nem sempre a palavra "social" é usada nesses casos, o que gera a confusão. Isto quer dizer que todo preconceito é discriminatório, mas nem toda discriminação é preconceituosa. As formas de preconceito mais comuns são o racial, o social, o cultural (religioso, educacional, etc.), de nacionalidade, regional (relacionado ao local onde a pessoa nasceu ou vive - bairro, cidade, estado, região do país, etc.) e o sexual.
Para muitas pessoas, o que é ou não é preconceito é, em muitas situações, uma questão de opinião. Entretanto, para sabermos se uma pessoa é preconceituosa, é preciso avaliar seu histórico de socialização. A socialização é a assimilação de hábitos comuns em seu grupo social, associando-a a todo um processo através do qual a pessoa passa para se tornar integrante funcional de uma comunidade assimilando a cultura desta, mas não necessariamente abandonando seus aspectos culturais anteriores. Desta forma, pode-se identificar o indivíduo discriminando-o por seus hábitos preservados, porém respeitando seu direito de mantê-los. Neste caso, a discriminação nada tem a ver com o preconceito.