segunda-feira, 6 de novembro de 2017

O Que Você Precisa Saber Sobre Pesquisas de Opinião Pública

Podem as opiniões
de algumas pessoas
representar
as de um grande grupo?



As próximas eleições em que os eleitores brasileiros escolherão seus candidatos a presidente e vice-presidente da República, governadores e vice-governadores de seus estados, deputados estaduais e federais e senadores, ocorrerão em outubro do próximo ano. Portanto, já falta menos de um ano. Até lá, poderão ocorrer muitas ocasiões em que alguns de vocês terão que fazer redações sobre as tais "pesquisas de opinião pública.  Um pensamento muito comum entre pessoas que duvidam dos resultados dessas pesquisas: "Eu nunca fui entrevistado por um pesquisador, e não conheço alguém que tenha sido." E têm razão. Afinal, é difícil acreditar, por exemplo, que a maioria dos eleitores brasileiros prefere este ou aquele candidato à eleição se muitos desses eleitores não foram entrevistados - isto é, não tiveram a oportunidade de revelar suas opiniões.
Esta é a razão pela qual os estudantes, assim como todos nós, precisam saber como essas pesquisas são realizadas pelo Ibope, Datafolha, etc. Em primeiro lugar, é preciso saber que "opinião pública" é o nome que se dá à participação popular com críticas às diretrizes de uma sociedade. Em outras palavras: a opinião pública é o senso comum no qual estão inseridas as ideias compartilhadas pela maioria das pessoas da sociedade, de um povo, etc. Quando se diz que a opinião pública demonstra a insatisfação do povo quanto ao governo, isto quer dizer que a sociedade civil expressa sua posição contra o governo. 
"Sociedade civil" é o conjunto de instituições (as famílias, por exemplo, mas não somente estas) que constituem as bases e os alicerces da sociedade. "Senso comum" é uma suposta compreensão de um grupo de pessoas sobre um determinado assunto revelando pontos em que as opiniões são iguais ou pelo menos se assemelham. Portanto, a sociedade civil não inclui grupos de pessoas ditas "marginalizadas". Considera apenas as pessoas que, de alguma forma, participam da sociedade. 
Às vezes, a pesquisa de opinião ou pesquisa de opinião pública é chamada "sondagem". Seu resultado é proveniente de um levantamento estatístico de uma amostra de opinião pública. Geralmente as pesquisas são realizadas através de algumas perguntas feitas a um determinado grupo de pessoas extrapolando as respostas como se estas representassem as opiniões de um grupo maior considerando o que os pesquisadores chamam de "intervalo de confiança". Ocorre que esse intervalo é um tipo de estatística baseada num parâmetro populacional desconhecido. Para explicar o que é esse parâmetro populacional, suponhamos, por exemplo, um pesquisa sobre futebol. O número total de entrevistados que se revelaram interessados em futebol representa o parâmetro. Se considerarmos que, entre os entrevistados que gostam de futebol, a maioria tem entre 30 e 35 anos de idade, este será um outro parâmetro: o parâmetro por faixa etária.
Como está dito no parágrafo anterior, esses parâmetros são de fato desconhecidos. Conhecê-los é muito difícil ou impossível, pois não há como obter dados da população inteira, nem mesmo em apenas uma cidade. Essa dificuldade é ainda maior quando se trata de uma pesquisa nacional, pois aí estaremos nos referindo às opiniões de mais de 200 milhões de pessoas. No exemplo acima eu citei a faixa etária, mas no caso de opiniões sobre eleições, temos que lembrar que todos os brasileiros com idades acima de 16 anos já são eleitores.
Na tentativa de resolver esse problema, também há a opção das "pesquisas por amostra". Neste caso, usam-se as expressões "número de elementos", "média" e "variância". O "número de elementos" é o total de pessoas incluídas na pesquisa. A média é o número de pessoas entrevistadas pelo qual se revela um ponto em comum entre algumas opiniões. Ela funciona como um ponto de equilíbrio das frequências num histograma, que é uma representação gráfica como a da ilustração abaixo.


O histograma tem caráter preliminar e é considerado muito importante como indicador na distribuição de dados. Esses dados são previamente tabulados e divididos em categorias. Uma dessas categorias pode ser, por exemplo, a faixa etária, tal como na ilustração. Ele ajuda a fortalecer a teoria da probabilidade que leva à variância. Esta, como o nome indica, é uma variável aleatória. É quantitativa, mas dependente de valores aleatórios.
Suponha o resultado do lançamento de um dado que pode dar qualquer número de 1 a 6. Pode-se conhecer possíveis resultados, mas o resultado de fato dependerá de fatores de "sorte" ou "coincidências". Lembrei-me do exemplo de "um número qualquer de 1 a 6" porque, para imaginar como isto funciona, o dado ao qual me refiro não significa informação obtida. Refiro-me mesmo ao dado como o da ilustração que está no centro da postagem.

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